A
VOZ DOS POETAS
O
infinito Menino vai crescendo,
e
com garbo e graça sobrehumana
dá
passinhos pela mão asiendo
à
que pisa a imortal Diana;
dela
para o justo José parte correndo,
e
dos braços com que o universo aplana
asas
fazendo, voa para o doce ninho
do
terno coração do seu querido...
Pendendo
alegre do amado colo,
e
achando-Se seguro entre seus braços,
o
rosto grave junta ao Seu belo,
premiando
seus dulcíssimos abraços:
Talvez
deixe os braços de Sua mãe,
e
cheio de amoroso regozijo
por
ver que tal favor a José agrade,
balbuciando
com ele, pai! lhe disse.
Ele
com afecto e com amor de pai
filho!
lhe chama, sendo de Deus Filho;
encosta
o seu rosto ao de escarlate e neve,
e
das suas rosas o alento bebe.
Já
o Menino Deus os alvos peitos deixa
ricos
do seu alimento soberano,
e
nos pés de ouro já com maior força,
e
anda sem que ninguém Lhe dê a mão;
chora
se vê que seu José se afasta,
e
vendo-o voltar se alegra ufano;
ásele
e diz cheio de alegria:
"Pai,
dê-nos o pão de cada dia"...
José de Valdivielso (siglos
XVI-XVII). Vida, excelencias y muerte del glorioso Patriarca y Esposo de
Nuestra Señora San José, canto XIX.
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