Vi
na televisão, recentemente, um anúncio de uma conhecida bebida, que é o exemplo
“perfeito” de como este mundo caminha a passos largos para a total degradação.
O anúncio consta de um homem que está a trabalhar numa piscina,
quase em troco nu, e que via limpando o suor da sua cara. Obviamente o actor é
um suposto modelo de homem, passe o termo, irresistível!
Vê-se então uma rapariga nova, (que depois se depreende ser a
filha da família que vive na casa), que olha atentamente, podemos dizer,
excitadamente, para o “trabalhador” em causa.
Noutra janela, um rapaz, (que depois se depreende ser o filho da
família que vive na casa), com uma postura nitidamente efeminada, faz a mesma
coisa que a rapariga, ou seja, olha atenta e excitadamente para o “limpador” da
piscina.
Na cena seguinte, ambos, a rapariga e o rapaz, correm para o
frigorífico, para ir buscar uma garrafa da tal bebida, e fazem uma corrida, com
alguns percalços, para ver qual é o primeiro a servir o “trabalhador”, na mira
óbvia de lhe agradar para os fins que se percebem.
Espantamo-nos então porque ao chegarem perto do homem, verificam
que ele já está a beber a tal bebida, que lhe foi trazida por aquela que se
presume ser a mãe dos jovens, e que também está “embevecida” com a figura do
referido homem.
Não preciso explicar a ninguém o que tudo isto significa de
degradação moral, mas ainda posso acrescentar que, como é óbvio numa mensagem
destas, produzida para este mundo cada vez mais amoral, a figura do pai não
existe!
E assim nos entra pela casa adentro a agenda política e social de
um mundo em degradação.
Chamam-lhe “politicamente correcto”, o que em boa verdade se chama
e é apenas a “obra do diabo”!
Até mesmo, com tristeza o digo, algumas vozes da Igreja defendem
que a Palavra de Deus, os ensinamentos de Cristo, devem ser reinterpretados à
“luz” do mundo, ou seja, deste mundo amoral.
(Antes que alguém se aproveite deste escrito, aviso desde já que
não me refiro de modo nenhum ao Papa Francisco.)
Caminhamos apressadamente para o “fim do império romano”, ou seja,
uma degradação que não terá retorno, a não ser quando de alguma forma
“implodir” a sociedade de hoje, para renascer uma nova sociedade.
E quem se levantar para dizer algo, para protestar, para tentar
mostrar a imoralidade da mensagem, etc., é “apontado a dedo”, é gozado, é
perseguido pelas inúmeras organizações criadas por gente política com uma
agenda bem precisa de degradação da sociedade.
E, no entanto, a Palavra de Deus “nunca” foi tão actual:
«Envio-vos como ovelhas para
o meio dos lobos; sede, pois, prudentes como as serpentes e simples como as
pombas. Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e
açoitar-vos nas suas sinagogas; sereis levados perante governadores e reis, por
minha causa, para dar testemunho diante deles e dos pagãos.
Mas, quando vos
entregarem, não vos preocupeis nem como haveis de falar nem com o que haveis de
dizer; nessa altura, vos será inspirado o que tiverdes de dizer. Não sereis vós
a falar, mas o Espírito do vosso Pai é que falará por vós. O irmão entregará o
seu irmão à morte, e o pai, o seu filho; os filhos hão-de erguer-se contra os
pais e hão-de causar-lhes a morte. E vós sereis odiados por todos, por causa do
meu nome. Mas aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo.»
Mt 10, 16-22
«Então, irão entregar-vos à
tortura e à morte e, por causa do meu nome, todos os povos irão odiar-vos.
Nessa altura, muitos sucumbirão e hão-de trair-se e odiar-se uns aos outros.
Surgirão muitos falsos profetas, que hão-de enganar a muitos. E porque se
multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos; mas aquele que se
mantiver firme até ao fim será salvo.» Mt 24, 9-13
Não nos calemos, não deixemos sobretudo de dar testemunho cristão,
repitamos uns aos outros “não tenhas medo”, porque a nossa força, a nossa
confiança, a nossa esperança, vem de Deus, do Deus que nos criou no Seu amor.
«Foi-me dado todo o poder no
Céu e na Terra. Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto
vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos
tempos.» Mt 28, 19-20
(Joaquim Mexia Alves, Marinha Grande, 17 de Julho de 2017)
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