29/06/2017

Temas para meditar 721

Conhecer-se

O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se o não experimenta e se o não torna algo seu próprio, se nele não participa vivamente. E por isto precisamente Cristo Redentor (...) revela plenamente o homem ao próprio homem. Esta é - se assim é lícito exprimir-se - a dimensão humana do mistério da Redenção. Nesta dimensão o homem reencontra a grandeza, a dignidade e o valor próprios da sua humanidade (...). O homem que quiser compreender-se a si mesmo profundamente (...) deve, com a sua inquietude, incerteza e também fraqueza e pecaminosidade com a sua vida e com a sua morte, aproximar-se de Cristo. Ele deve, por assim dizer, entrar nele com tudo o que é de si mesmo, deve aproximar-se e assimilar toda a realidade da Encarnação e da Redenção, para se encontrar a si mesmo. Se no homem se actuar este processo profundo, então ele produz frutos, não somente de adoração a Deus, mas também de profunda maravilha perante si próprio. Que grande valor deve ter o homem aos olhos do Criador, se mereceu ter um tal e tão grande Redentor (Missal Romano, Hino Exultet da Vigília Pascal), se Deus deu o Seu Filho para que ele, o homem, não pereça, mas tenha a vida eterna. (...)
O homem que quer compreender-se até ao fundo de si mesmo (...), deve com a sua inquietação, incerteza e inclusive com a sua debilidade e pecaminosidade, com a sua vida e a sua morte, aproximar-se de Cristo. Deve, por assim dizer, entrar n'Ele com todo o seu ser, deve "apropriar-se" e assimilar toda a realidade da Encarnação e da Redenção para se encontrar a si mesmo.

(SÃO JOÃO PAULO II, Enc. Redemptor hominis, 1979.03.04 nr. 10)



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