III. DEFESA DE PAULO (10,1-13,13)
Capítulo
12
Revelações e
fraquezas de Paulo
1É necessário que me glorie? Na verdade, não convém!
Apesar disso, recorrerei às visões e revelações do Senhor. 2Sei de um homem, em
Cristo, que, há catorze anos - ignoro se no corpo ou se fora do corpo, Deus o
sabe! - foi arrebatado até ao terceiro céu. 3E sei que esse homem - ignoro se
no corpo ou se fora do corpo, Deus o sabe! - 4foi arrebatado até ao paraíso e
ouviu palavras inefáveis que não é permitido a um homem repetir. 5Desse homem gloriar-me-ei; mas de mim próprio não me
hei-de gloriar, a não ser das minhas fraquezas. 6Decerto, se quisesse
gloriar-me, não seria insensato, pois diria a verdade. Mas abstenho-me, não vá
alguém formar de mim um juízo superior ao que vê em mim ou ouve dizer de mim. 7E porque essas revelações eram extraordinárias, para que
não me enchesse de orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de
Satanás, para me ferir, a fim de que não me orgulhasse. 8A esse respeito, três
vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. 9Mas Ele respondeu-me: «Basta-te a
minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.» De bom grado, portanto, prefiro gloriar-me nas minhas
fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. 10Por isso me comprazo nas
fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias,
por Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte.
Ministério de Paulo
em Corinto
11Procedi como um insensato! Mas vós é que me forçastes a
isso. Por vós é que eu deveria ter sido recomendado, pois em nada fui inferior
a esses super-apóstolos, embora eu nada seja. 12Os sinais distintivos do
Apóstolo realizaram-se entre vós, por uma paciência a toda a prova, por sinais,
milagres e prodígios. 13Em que fostes, na verdade, inferiores às outras
igrejas, a não ser que, pessoalmente, não vos fui pesado? Perdoai-me esta
injustiça. 14Eis que estou pronto a ir ter convosco pela terceira
vez, mas não vos serei pesado, porque não procuro as vossas coisas mas a vós
mesmos. Não compete aos filhos entesourar para os pais, mas sim aos pais para
os filhos. 15Quanto a mim, de bom grado darei o que tenho e dar-me-ei a mim
mesmo totalmente, em vosso favor. Será que, por vos ter mais amor, sou menos
amado? 16Mas seja! Não vos fui pesado, mas, astuto como sou,
conquistei-vos pela fraude. 17Será que vos defraudei por algum daqueles que vos
enviei? 18Insisti com Tito e enviei com ele outro irmão. Será que Tito vos
defraudou? Não caminhamos segundo o mesmo espírito? Não seguimos os mesmos
passos?
Apreensões e
advertências
19Desde há muito pensais que queremos justificar-nos
diante de vós. Não. Perante Deus, em Cristo, é que falamos. E tudo, caríssimos,
para vossa edificação. 20De facto, temo que à minha chegada, possa não vos
encontrar como desejaria e que vós não me encontreis como desejaríeis. Temo que
haja entre vós contendas, invejas, rixas, dissensões, calúnias, murmurações,
arrogâncias e desordens. 21Temo que, ao voltar, o meu Deus me humilhe em
relação a vós, e tenha de lamentar muitos dos que pecaram no passado e não se
converteram da impureza, da imoralidade e da devassidão que praticaram.
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