Evangelho:
Mt 5, 20-28
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos
escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus. Ouvistes que foi dito aos
antigos: ‘Não matarás; quem matar será submetido a julgamento’. Eu, porém,
digo-vos: Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a
julgamento. Ouvistes que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. Eu, porém,
digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher com maus desejos já cometeu
adultério com ela no seu coração. Ouvistes ainda que foi dito aos antigos: ‘Não
faltarás ao que tiveres jurado, mas cumprirás diante do Senhor o que juraste’.
Eu, porém, digo-vos que não jureis em caso algum. A vossa linguagem deve ser:
‘Sim, sim; não, não’. O que passa disto vem do Maligno».
Comentário:
Há
uma “declaração” de Jesus neste trecho de São Mateus que, forçosamente, nos
fará pensar detidamente:
«todo
aquele que olhar para uma mulher, cobiçando-a, já cometeu adultério com ela no
seu coração»
Aqui
se vê a importância da “guarda da vista” porque ver é algo muito diferente de
reparar.
Quantos
pecados – por vezes bem sórdidos – têm a sua origem na vista?
Aliás,
todo o pecado, por assim dizer, é sórdido, mau, aberrante, mas, e no caso
vertente, ninguém ignora que o nosso pensamento e imaginação nos levam por
vezes por caminhos de incrível perversidade.
Basta
um segundo, um fugaz pensamento, um desejo mal expresso e, todavia, deixámo-nos
corromper.
Tenhamos
bem presente o seguinte:
Ao
demónio não lhe interessa nada que nos concentremos na oração, que, inclusive,
nos preparemos com todo o amor e compunção para receber a Comunhão Eucarística
e, assim, não raramente nos assedia com pensamentos ou desejos torpes
precisamente nesses momentos.
Eu
diria que “a força da tentação” estará em relação directa com a intensidade da
nossa união com Deus.
(ama,
comentário sobre Mt 5, 20-28, 2016.11.17)
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