TEOLOGIA
Na primeira parte, Paulo expõe
o seu Evangelho (cap. 1-11): a salvação realizada por Deus em Cristo é
universal e exclusiva; estende-se a judeus e gentios e só pode adquirir-se pela
fé, já que, sem Cristo, nem sequer os judeus estão em condições de cumprir a
Lei e salvar-se, assim, pelos próprios meios (1,18-5,21). E é por causa disso
que Paulo é acusado de destruir as duas realidades constitutivas de Israel: a
sua eleição, como povo de Deus, e a Lei, como norma de vida (3,1-8). Nos cap.
6-8 responde à questão sobre a Lei: a fé em Cristo não é contra a Lei, mas é
mesmo o único meio que nos torna capazes de a cumprirmos. Nos cap. 9-11 mostra
como a Igreja de Cristo, ao acolher os pagãos, não perdeu as suas raízes no
povo cuja eleição começa em Abraão; pelo contrário, só quando todos, pagãos e
judeus, aderirem a Cristo, se cumprirão plenamente as promessas de Deus.
Na segunda parte (cap.
12-16), Paulo exorta à unidade, que provém da participação comum no amor de
Cristo e se manifesta no bom relacionamento entre os de dentro e os de fora da
Igreja (cap. 12-13) e, sobretudo, na aceitação da sensibilidade e diversidade
próprias de cada um (14,1-15,13). Temos aqui o Evangelho na sua expressão
prática. 15,14-16,27 é a conclusão.
(cont)
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