Capítulo 21
IV. PAULO PRISIONEIRO
DE CRISTO [i]
Prisão de Paulo no
templo
27Quando os sete dias estavam já a terminar, os judeus da
Ásia viram-no no templo e, amotinando o povo, 28gritaram: «Homens de Israel,
acudi! Este é o homem que a todos prega, e em toda a parte, contra o nosso
povo, contra a Lei e contra este lugar! Além disso, até gregos introduziu no
templo e profanou este lugar santo.»
29De facto, tinham visto antes, na cidade, o efésio
Trófimo com ele, e pensaram que Paulo o introduziu no templo. 30A cidade
inteira ficou alvoroçada e o povo corria de todos os lados. Apoderaram-se de
Paulo e arrastaram-no para fora do templo, cujas portas imediatamente fecharam.
31Preparavam-se para o matar, quando chegou ao tribuno da coorte a denúncia de
que Jerusalém se encontrava toda em alvoroço. 32Reunindo, sem perda de tempo,
soldados e centuriões, precipitou-se com eles sobre os manifestantes que, ao
verem o tribuno e os soldados, cessaram de bater em Paulo. 33Então, o tribuno
aproximando-se, mandou-o prender e ordenou que o algemassem com duas cadeias. Depois
perguntou-lhe quem era e o que tinha feito. 34Mas cada qual, no meio da
multidão, gritava o que lhe apetecia. Não podendo, devido ao tumulto, obter
nenhuma informação precisa, mandou conduzir Paulo para a fortaleza.
35Quando chegou aos degraus, os soldados tiveram de o
levar, por causa da violência da multidão, 36pois o povo seguia em massa, a
gritar: «À morte!»
37Já quase dentro da fortaleza, Paulo disse ao tribuno:
«Ser-me-á permitido dizer-te uma palavra?» Disse ele: «Tu sabes grego? 38Não
és, então, o egípcio que, há tempos, provocou uma rebelião e arrastou para o
deserto os quatro mil sicários?» 39Paulo respondeu: «Eu sou judeu, de Tarso,
cidadão de uma notável cidade de Cilícia. Peço-te que me autorizes a falar ao
povo.»
40Concedida a autorização, Paulo, de pé nos degraus,
acenou com a mão ao povo. Fez-se profundo silêncio, e ele dirigiu-lhes a
palavra em língua hebraica, dizendo:
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