Como viver sem eles?
Não tenho uma resposta porque na realidade não sei.
Considero-me
credor de imensos dons que ao longo da minha vida fui recebendo mas, na verdade,
sinto que nos últimos tempos têm sido abundantes e de tal forma sensíveis que,
também não tenho dúvidas, se tem operado uma notória transformação em mim, na
minha vida.
Julgo sinceramente que para melhor.
Como tenho a certeza que como tal não se deve a qualquer mérito da minha parte só posso concluir que o Senhor me tem reservado algo que não sei o que possa ser.
Espero pela
santidade, quero definitivamente ser santo!
Parece-me viver uma outra vida, não uma vida dupla, mas única, uma só.
Estou a tornar-me num "místico?
Talvez mas não me assusta.
Deveria?
Rezo não mais que antes mas talvez reze melhor, sinto-me cada vez mais íntimo do Senhor.
Quanto devo?
Sim, assusta-me
um pouco a dimensão da dívida.
Como pagar?
Não me parece
que deva ser uma preocupação porque não me ocorre sequer que o Senhor dá com o
objectivo de receber.
Não!
Dá para que os
Seus filhos possam cumprir melhor a Sua Vontade porque sabe muito bem que por
nós próprios não conseguiríamos.
Mas saber que no fundo não existe dívida a pagar não exime que não se agradeça bem pelo contrário quanto mais se recebe mais se deve agradecer.
A gratidão é um sentimento de grande beleza e dignidade e ser grato traz uma satisfação íntima muito real e concreta.
(ama, reflexões, Malta, Maio, 2016)
(cont)
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