08/08/2016

Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte
14 - [1]

Acontece que, muitas vezes, o que eu quero não é o que necessito.
É mal pedir a Deus tal coisa?

De facto, nem sempre coincidem estas duas: O que eu quero e o que necessito.
A dificuldade reside, quase sempre, na moderação e no critério ou seja a moderação da vontade de ter e a avaliação do que realmente me faz falta.
Aparentemente o que não tenho provoca uma vontade, um desejo de possuir e se não me detenho a pensar se isso me é absolutamente necessário, indispensável para um fim que me proponho, caio com fa­cilidade num mero desejo de posse sem um motivo sério, concreto, razoável.
Neste caso, não parece muito apropriado endereçar a Deus esse de­sejo, essa vontade de ter.
Sintética mas plenamente o Pai-Nosso resolve a questão: peço como o Senhor ensinou aquilo que preciso.

Mas, sendo assim, considerarei que o “resto” é supérfluo, desnecessá­rio, não deve englobar o pedido?

Não me parece que seja exactamente assim porque o que agora parece a “a mais” pode noutra circunstância não o ser e embora deva viver o dia-a-dia preparando o futuro não cabe este tipo de “previsões” quando se tem confiança absoluta que Deus é hoje e sempre um Pai atento às reais necessidades dos Seus filhos.


[1] Nota: Normalmente, estes “Diálogos apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase na íntegra.

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