Tempo Comum
Evangelho:
Mt 12, 46-50
46 Estando Ele ainda a falar ao povo, eis que Sua
mãe e Seus irmãos se achavam fora, desejando falar-Lhe. 47 Alguém
disse-Lhe: «Tua mãe e Teus irmãos estão ali fora e desejam falar-Te». 48
Ele, porém, respondeu ao que falava: «Quem é a Minha mãe e quem são os Meus
irmãos?» 49 E, estendendo a mão para os Seus discípulos, disse: «Eis
Minha mãe e Meus irmãos. 50 Porque todo aquele que fizer a vontade
de Meu Pai que está nos céus, esse é Meu irmão e Minha irmã e Minha mãe».
Comentário:
Então, Senhor, eu sou a Tua
Mãe e os Teus Irmãos? Se fizer a Vontade de Teu Pai?
Pois não quero eu outra
coisa.
Mas como, se sou o que sou,
fraco, débil, pusilânime, preconceituoso?
“Eu, Teu pobre filho tão falho de
tudo, tão disperso por tantas coisas que não interessam, tão pouco dedicado ao
cumprimento da Tua Vontade;
Eu, que me esqueço constantemente
que Tu e só Tu tens palavras de Vida Eterna, és o verdadeiro Caminho, a única
Verdade, a Vida que vale a pena;
Eu, que me distraio por tantos
problemas, por mim próprio criados, fruto da minha inconstância, da minha
insensatez, da minha ânsia de ter e possuir, e tão pouco ciente de que não
tenho absolutamente nada;
Eu, tão exigente com os outros,
tão ávido e cioso da minha "importância", e tão pouco ciente de que
não valho absolutamente nada;
Eu, tão convencido da minha
ciência, das minhas capacidades, do meu conhecimento das coisas, com opinião
formada sobre tudo e sobre todos, sempre pronto a emitir parecer e enunciar
princípios, e tão pouco ciente de que não sei absolutamente nada;
Eu, tão seguro da minha
capacidade, da minha força, dos meus valores, da minha fortaleza, e tão pouco
ciente de que não posso absolutamente nada;
Eu, que me esqueço de ser amigo e
filho;
Eu, que me esqueço de ser
agradecido e obrigado;
Eu, que me esqueço Te pago com
esquecimentos e rejeições;
Eu, que não sei amar, amo muito
pouco e muito mal, quer com o coração, quer com as palavras, mas, sobretudo,
com as obras;
Eu, que não sei querer, quero mal
e quero coisas que não interessam;
Eu, que ponho a minha esperança
em coisas vãs e fátuas.“ [i]
Nada mais me resta, senão
insistir repetidamente na petição diária:
Docere me facere voluntatem Tuam, quia Deus meus es Tu!
Assim, seguramente, serei digno
da Tua promessa e serei Tua Mãe e Teus Irmãos.
(ama, comentário sobre Mt 12, 46-50,
27.05.2016)
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