20/06/2016

Querer a todos, compreender, desculpar

O amor às almas, por Deus, faz-nos querer a todos, compreender, des­culpar, perdoar... Devemos ter um amor que cubra a multidão das de­ficiências das misérias humanas. Devemos ter uma caridade maravi­lhosa, "veritatem facientes in caritate", defendendo a verdade, sem ferir. (Forja, 559)

Se vos examinardes com valentia na presença de Deus, vós, tal como eu, sentir-vos-eis diariamente carregados de muitos erros. Quando lu­tamos por arrancá-los com a ajuda divina, carecem de verdadeira im­portância e podem ser superados, embora pareça que nunca consegui­mos desarraigá-los totalmente. Além disso, independentemente des­sas fraquezas, tu contribuirás para remediar as grandes deficiências dos outros, sempre que te empenhares em corresponder à graça de Deus. Reconhecendo-te tão fraco como eles – capaz de todos os erros e de todos os horrores – serás mais compreensivo, mais delicado e, ao mesmo tempo, mais exigente, para que todos nos decidamos a amar a Deus com o coração inteiro.

Nós, os cristãos, os filhos de Deus, temos de prestar assistência aos outros, pondo em prática honradamente o que aqueles hipócritas re­torcidamente elogiavam ao Mestre: Não olhas à condição das pessoas. Isto é, havemos de rejeitar por completo a acepção de pessoas – inte­ressam-nos todas as almas! – embora, logicamente, devamos começar por ocupar-nos daquelas que, por esta ou aquela circunstância, e até só por motivos aparentemente humanos, Deus colocou ao nosso lado. (Amigos de Deus, 162)

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