O silêncio de José não é
sinal de um vazio interior, mas, pelo contrário, da plenitude da fé que tem no
seu coração e guia toda a sua acção.
Um silêncio graças ao qual
José, em uníssono com Maria, guarda a Palavra de Deus, conhecida através da
Sagrada Escritura, confrontando-a a cada momento com a vida de Jesus; um
silêncio feito de oração constante em que bendiz o Senhor, adora a sua santa
vontade e manifesta uma confiança sem reservas na sua providência.
Não será exagero pensar que
terá sido com o seu «pai» José que Jesus aprendeu - em termos humanos - aquela
sólida interioridade que constitui pressuposto da justiça autêntica...
Deixemo-nos contagiar pelo
silêncio de José!
Precisamos tanto dele, neste
mundo muitas vezes excessivamente ruidoso, onde não é possível o recolhimento
para escutar a voz de Deus!
Angelus,
(18.Dez.05)
(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”,
Lucerna 2006)
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