20/05/2016

Ano Jubilar da misericórdia - Reflexão

divulgacao02 Palmeiras estica seu pires e pede esmola aos torcedores ...Esmola

A tendência para associar a misericórdia à esmola é recorrente. Tal serve a muitos para se considerarem isentos de pensar muito no assunto: 'ajudo tanta gente...’

É, pelo menos, simplificar as coisas e reduzi-las a uma atitude simplista em vez de, como deve ser, procurar com abertura de espírito o verdadeiro âmbito e significado da palavra.

Dar esmola é apenas uma das obras de misericórdia e, sem dúvida, uma das que mais se pratica.

Reconheçamos, porém, que ė a mais fácil de praticar não exigindo grande esforço ou preocupação.

Mas... e as outras sete?

Não vamos ver uma a uma mas considerar que a verdadeira misericórdia tem de estar no nosso coração de forma permanente e para ser de facto verdadeira tem de se traduzir em atitudes concretas.

Dar esmola não me dispensa de visitar quem está doente sobretudo se se trata de alguém que não recebe apoio nem de familiares - que talvez não tenha - ou de conhecidos que talvez não sejam seus amigos.

A experiência de cada um sobre este assunto revela que não é fácil.

Além do incómodo da deslocação - ao hospital ou onde for -  há que enfrentar também a delicadeza da situação em que se encontra quem vamos visitar, o seu estado de espírito, a receptividade que pode ou não manifestar à nossa visita e, até, muitas vezes o termos de ter a paciência para ouvir longas histórias repetidas sobre os males que o afligem e condicionam.
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[1] (ama, Reflexão, Ano Jubilar da Misericórdia, 2016.01.31)

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