O
mundo está doente, mas a maior de todas as doenças não é causada por infecções,
vírus ou epidemias, muito embora também possa ser contagiosa. As doenças
psicossomáticas — pressão alta, hipertensão, etc, são a marca de uma sociedade
emocionalmente frustrada e mentalmente enferma. Milhões de pessoas estão
sobrecarregadas com problemas de ansiedade, a preocupação é a causa de problema
doméstico, fracasso comercial, injustiças sociais, e mortes prematuras.
Não vos inquieteis com nada! Em todas as
circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as
súplicas e a ação de graças. [1]
Uma
das características da preocupação é sua natureza contagiosa. Vários
psiquiatras creem que a preocupação é muito mais contagiosa que doenças
infecciosas como a poliomielite e a difteria. A preocupação causa efeitos
devastadores não apenas naqueles que a sofrem, mas em todos à sua volta.
A
palavra preocupação vem da palavra grega merimnao que é uma combinação de duas
palavras: – merizo que significa “dividir” e nous que significa “mente”
(incluindo as faculdades perceptivas, de compreensão, sentimento, de julgamento
e determinação).
A
preocupação, portanto, significa “dividir a mente”. A preocupação divide a
mente entre interesses dignos e pensamentos prejudiciais.
Uma
pessoa com a mente dividida entre o sucesso e o fracasso, certamente vai
fracassar. Uma mente dividida não atinge metas, pois a dúvida sempre dá o tom.
A mente dividida é a desconfiança em si mesmo, é sentir-se incapaz, mesmo
quando este alguém está plenamente qualificado para executar a tarefa.
São
Tiago fala do estado infeliz da pessoa que tem a mente dividida:
“O homem de ânimo fraco é inconstante em
todos os seus caminhos” [2].
O
homem irresoluto, é inconstante nas suas emoções. É inconstante nos seus
processos de pensamento. É instável nas suas decisões e nos seus julgamentos.
De
certo modo, ao preocupar-se, a pessoa acusa Deus de falsidade.
“Sabemos que todas as coisas concorrem para o
bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus
desígnios.” [3].
“Tudo ele
tem feito esplendidamente” [4].
“Tudo posso
naquele que me fortalece” [5].
“…
não vos preocupeis com a vossa vida, o
que comereis, nem com o vosso corpo, pelo que vestireis... o vosso Pai celeste
sabe que necessitais de tudo isso” [6].
A
preocupação não tem em conta esta afirmações logo é hipocrisia, porque professa
fé em Deus e ao mesmo tempo ataca a sua fidelidade.
Como
vencer a preocupação
O objectivo
deste artigo não é desenvolver um sistema de auto-ajuda, mas uma relação de
mútua confiança entre nós e Deus. Somos seres com enorme carência afectiva,
precisamos nos relacionar, viver em comunidade, ser parte da sociedade. Muitas
vezes Deus é apenas o agente máximo da religião que praticamos, não o autor da
nossa vida e o provedor de todo o meio ambiente que desfrutamos.
Deus
é a pessoa mais acessível com a qual podemos contar, em todo o tempo e em
qualquer momento, basta uma palavra de oração, nem que seja um gemido
desesperançado, inexprimível, é suficiente para chamar à atenção do Pai em
favor dos filhos.
Devemos
estabelecer um equilíbrio no nosso relacionamento com Deus, fazer com que se
torne uma estrada de via dupla, onde ambos possam ter livre acesso um ao outro.
A confiança é a base de qualquer relacionamento, devemos confiar que nossas
orações alcançam os seus objectivos e que Deus, a Seu tempo, cumprirá os
desígnios e propósitos da nossa fé.
(Revisão
da versão portuguesa por ama)
Fonte:
Haggai, John – Como vencer a preocupação Copyright © 1981 by EDITORA VIDA
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