E o sofrimento, Senhor, porquê o sofrimento?
Olhas-me com os Teus olhos repassados de amor e dizes-me:
Meu filho, o sofrimento não me apraz, pois a minha
vontade, a vontade do meu amor por vós, é a vossa salvação, é a vossa
felicidade.
Repara que mesmo depois de Eu ter dado vista aos cegos,
andar aos paralíticos, e até dar vida aos que morreram, aqueles que Me seguiam
continuavam sem entender.
Até mesmo no Meu sacrifício total, eles me abandonaram,
continuando sem entender. Mas foi o Meu sacrifício, a Minha entrega total, que
vos/te libertou da lei pecado que leva à morte.
O meu sacrifício abriu as portas à vossa salvação, à
vossa felicidade.
E não foi esse o principal e primeiro ensino daqueles que
Me seguiram aos que Me haviam de seguir: O Filho de Deus fez-se Homem, habitou
entre nós, padeceu, morreu, foi sepultado e ressuscitou!
Já sentiste na tua própria vida o sofrimento e já
percebeste como esse sofrimento te abriu os olhos para a vida errada que
levavas. Percebe agora como esse sofrimento pode ser redentor para ti, se o
unires à Minha Paixão e por Ela chegares à vida plena que Eu te dou pela Minha
Morte e Ressurreição.
Repito-te, meu filho, não me apraz o sofrimento, mas
lembra-te que Eu estou sempre convosco, contigo, sobretudo nos momentos mais
difíceis e dolorosos, para os viver contigo.
Aninho-me nos Teus braços, e peço-Te:
Ensina-me e ajuda-me, Senhor, a unir-me a Ti na Tua
Paixão, em cada momento de sofrimento da minha vida.
Ensina-me e ajuda-me, Senhor, a retirar do sofrimento o
ensinamento necessário para a minha vida.
Ensina-me e ajuda-me, Senhor, a sofrer em silêncio e
sobretudo a sofrer com os outros os seus sofrimentos.
Obrigado, Senhor, porque no Teu sofrimento nos mostras a
dimensão infinita do Teu amor por nós.
E obrigado, Senhor, por me teres dado a graça imensa de
ser pai!
joaquim mexia alves, Marinha Grande, 19 de Março de 2016
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