15/03/2016

Jesus Cristo e a Igreja – 106

Celibato eclesiástico: História e fundamentos teológicos
III. Desenvolvimento do tema da continência na Igreja latina

Evolução da questão nos séculos seguintes

Nesta base, deduzida da prática da Igreja primitiva, podemos acompanhar o desenvolvimento do celibato eclesiástico nos séculos seguintes.
Primeiro, vamos referir-nos ao Ocidente.

Tal como nos primeiros tempos, também nas épocas posteriores muitos dos ministros sagrados eram, sem dúvida, escolhidos entre os homens casados.
Esta situação é demonstrada pelo facto de que muitos Concílios da Espanha e da Gália insistirem repetidamente (e sem interrupção) na obrigação da continência desses ministros.

As sanções foram atenuadas em algumas ocasiões, como, por exemplo, no Concílio de Tours, no ano 461, onde já não se pune com a e excomunhão para toda a vida, mas apenas com a exclusão do serviço eclesiástico.

Além disso, é cada vez mais enfatizada a preocupação da Igreja para dispor de candidatos às ordens maiores que sejam celibatários e para reduzir o número dos candidatos casados, já que a experiência mostrava o perigo permanente da debilidade humana ante as obrigações assumidas por estes candidatos.

(cont)

alfons m. stickler, Cardeal Diácono de São Giorgio in Velabro

(Revisão da versão portuguesa por ama)

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