12/02/2016

V I A - S A C R A

P R Ó L O G O


Na Quaresma de 1987, durante o tempo de meditação diária, escrevi esta Via-Sacra.

Sempre a Paixão do Senhor me trouxe ao coração sentimentos mistos de tristeza e alegria profundas.

Tristeza não pela Paixão propriamente dita, não obstante a sua crueza e trágica realidade, mas pela maldade e indiferença dos homens, minhas também, perante tal magnifico gesto de suprema amizade: dar a vida pelos seus amigos.

Alegria ao realizar a importância concreta que, aos olhos de Deus, teve e tem a humanidade, onde me incluo, para merecer tal sacrifício.

A Via-sacra recorda-me esta realidade:

O preço que Jesus pagou para que eu possa ser feliz aqui e na Vida Eterna.

A sua devoção ajuda-me a compenetrar-me disso e a manter vivos no meu coração, os desejos, afectos e inspirações para me esforçar por viver como O Senhor quer.

Tempo de drama e de angústia, a Paixão do Senhor; mas tempo de esperança e alegria também.

  
Que nesta Quaresma eu me encontre verdadeiramente com Jesus.

Que a meditação da Sua Paixão e Morte inculquem no meu coração firmes propósitos de melhorar a minha vida em todos os aspectos, mas, principalmente, na devoção verdadeira, no amor entranhado, na luta constante, no repúdio por tudo aquilo que me possa afastar do caminho da salvação Eterna.

Que estas cenas que procurarei viver intensamente, movam a minha vontade de forma irrevogável, em me afastar de todas as ocasiões de pecado.[1]


Nota: Publicar-se-á às Terças e Sextas

[1] Porto, Quaresma de 1987

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