Na Quaresma de 1987, durante o tempo
de meditação diária, escrevi esta Via-Sacra.
Sempre a Paixão do
Senhor me trouxe ao coração sentimentos mistos de tristeza e alegria profundas.
Tristeza não pela
Paixão propriamente dita, não obstante a sua crueza e trágica realidade, mas
pela maldade e indiferença dos homens, minhas também, perante tal magnifico
gesto de suprema amizade: dar a vida pelos seus amigos.
Alegria ao realizar
a importância concreta que, aos olhos de Deus, teve e tem a humanidade, onde me
incluo, para merecer tal sacrifício.
A Via-sacra
recorda-me esta realidade:
O preço que Jesus
pagou para que eu possa ser feliz aqui e na Vida Eterna.
A sua devoção
ajuda-me a compenetrar-me disso e a manter vivos no meu coração, os desejos,
afectos e inspirações para me esforçar por viver como O Senhor quer.
Tempo de drama e de angústia, a Paixão do
Senhor; mas tempo de esperança e alegria também.
Que
nesta Quaresma eu me encontre verdadeiramente com Jesus.
Que a meditação
da Sua Paixão e Morte inculquem no meu coração firmes propósitos de melhorar a
minha vida em todos os aspectos, mas, principalmente, na devoção verdadeira, no
amor entranhado, na luta constante, no repúdio por tudo aquilo que me possa
afastar do caminho da salvação Eterna.
Que
estas cenas que procurarei viver intensamente, movam a minha vontade de forma
irrevogável, em me afastar de todas as ocasiões de pecado.[1]
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