Eutanásia
Para além da discussão
sobre a legitimidade moral de optar por alguma forma de auto‑determinar o final
da vida, parece-nos fundamental reavivar uma leitura da vida humana, suportada
pela fé cristã mas também pelas tradições humanistas da nossa cultura, em que a
morte seja integrada como momento significativo da vida de uma pessoa e ao
sofrimento seja reconhecida a possibilidade de se integrar no horizonte de
sentido da existência humana.
A este propósito pode
ser iluminadora a afirmação de São Paulo: “Nenhum
de nós vive para si mesmo, e nenhum de nós morre para si mesmo. Se vivemos,
para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer vivamos, quer
morramos, pertencemos ao Senhor” (Rm
14,7-8).
Como explica João Paulo
II, “morrer para o Senhor significa viver a própria morte como acto supremo de
obediência ao Pai … ; viver para o Senhor significa também reconhecer que o
sofrimento, embora permaneça em si mesmo um mal e uma prova, sempre se pode tornar
fonte de bem”.
O cristão encontra o
sentido redentor do sofrimento humano, unindo‑se a Cristo, no mistério da sua
paixão, morte e ressurreição.
(Nota pastoral da CEP, Cuidar
da vida até à morte: Contributo para a reflexão ética sobre o morrer, 6 c)
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