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Pode parecer estranho, mas realmente podemos
perdoar os outros, podemos pedir perdão aos outros, e ainda assim continuarmos
a viver sentimentos de culpa, de falta de perdão a nós próprios, envergonhados
do que fizemos, considerando-nos maus, julgando-nos indignos, por exemplo, do
amor, do perdão de Deus, apesar da confissão.
E essas situações, que não são assim tão raras,
vivem em nós, muitas vezes no mais fundo do nosso ser, mas afectando-nos
continuamente nos mais diversos momentos, muito especialmente quando por
qualquer razão ficamos perante situações idênticas.
E mais uma vez, esse viver condicionado pela nossa
consciência, pelas nossas recordações, interfere na harmonia do nosso bem estar
provocando em nós alterações de humor, e muitas vezes alterações físicas como
aquelas que vimos anteriormente, insónias, dores de cabeça, depressões, etc.
Uma boa confissão, com tempo, muito tempo,
explicando ao sacerdote que precisamos fazer uma revisão de vida porque algo
nos anda a afectar, ou então, para aqueles que não vivem a fé, uma conversa de
aconselhamento com alguém experiente, para se poder ir buscar a raiz do
problema e que no fundo é essa falta de perdão a nós próprios.
Quando se vive a fé, a graça de Deus, toca-nos e
ajuda-nos a descobrir as razões e muito especialmente a conseguirmos esse perdão
para nós próprios.
Então o perdoar e o pedir perdão é sem dúvida muito
importante para a harmonia da nossa vida e como tal uma cura para muitos problemas
que vivemos no dia-a-dia.
(cont)
(joaquim
mexia alves, Conferência
sobre o perdão na Vigararia da Marinha Grande)
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