Furacões, terremotos, inundações...
Eles acontecem por causa dos pecados
humanos?
Eles são "obra de Deus"?
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São João Paulo II, em sua carta apostólica
“Salvifici doloris”, usa a história bíblica de Job para ensinar que o
sofrimento nem sempre é um castigo.
Explica que Job foi atingido por “inúmeros
sofrimentos” e que os seus amigos diziam que ele provavelmente tinha feito algo
mau para merecer isso.
Segundo eles, o sofrimento sempre é o
castigo por um crime realizado; é enviado por um Deus absolutamente justo e por
motivos de justiça.
“Este,
a seu ver – afirma São João Paulo II –, pode
ter sentido somente como pena pelo pecado; e portanto, exclusivamente no plano
da justiça de Deus, que paga o bem com o bem e o mal com o mal”.
Acontece a mesma coisa quando as pessoas
dizem que as catástrofes naturais são “obra de Deus”.
São João Paulo II diz que a história de
Job demonstra que esta afirmação é falsa.
Escreve: “Se é verdade que o sofrimento tem um sentido como castigo, quando
ligado à culpa, já não é verdade que todo o sofrimento seja consequência da
culpa e tenha carácter de castigo. A figura do justo Job é disso prova
convincente no Antigo Testamento. A revelação, palavra do próprio Deus, põe o
problema do sofrimento do homem inocente com toda a clareza: o sofrimento sem
culpa. Jó não foi castigado; não havia razão para lhe ser infligida uma pena,
não obstante ter sido submetido a uma duríssima prova”.
(cont)
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