20/12/2015

Os desastres naturais são um castigo divino? 2

Furacões, terremotos, inundações...


Eles acontecem por causa dos pecados humanos?
Eles são "obra de Deus"?

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São João Paulo II, em sua carta apostólica “Salvifici doloris”, usa a história bíblica de Job para ensinar que o sofrimento nem sempre é um castigo.
Explica que Job foi atingido por “inúmeros sofrimentos” e que os seus amigos diziam que ele provavelmente tinha feito algo mau para merecer isso.
Segundo eles, o sofrimento sempre é o castigo por um crime realizado; é enviado por um Deus absolutamente justo e por motivos de justiça.

Este, a seu ver – afirma São João Paulo II –, pode ter sentido somente como pena pelo pecado; e portanto, exclusivamente no plano da justiça de Deus, que paga o bem com o bem e o mal com o mal”.
Acontece a mesma coisa quando as pessoas dizem que as catástrofes naturais são “obra de Deus”.

São João Paulo II diz que a história de Job demonstra que esta afirmação é falsa.
Escreve: “Se é verdade que o sofrimento tem um sentido como castigo, quando ligado à culpa, já não é verdade que todo o sofrimento seja consequência da culpa e tenha carácter de castigo. A figura do justo Job é disso prova convincente no Antigo Testamento. A revelação, palavra do próprio Deus, põe o problema do sofrimento do homem inocente com toda a clareza: o sofrimento sem culpa. Jó não foi castigado; não havia razão para lhe ser infligida uma pena, não obstante ter sido submetido a uma duríssima prova”.


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