Tempo comum XXXI Semana
Evangelho:
Lc 14, 25-33
25
Ia com Ele grande multidão de povo. Jesus, voltando-Se, disse-lhes: 26
«Se alguém vem a Mim e não odeia seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos,
seus irmãos, suas irmãs, e até a sua vida, não pode ser Meu discípulo. 27
Quem não leva a sua cruz e não Me segue não pode ser Meu discípulo. 28
Porque qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro para
calcular a despesa e ver se tem com que a acabar? 29 Para que, se
depois de ter feito as fundações não a puder terminar, não comecem todos os que
a virem a troçar dele, dizendo: 30 Este homem começou a edificar e
não pôde terminar. 31 Ou qual é o rei que, estando para entrar em
guerra contra outro rei, não se assenta primeiro a considerar se com dez mil
homens pode ir enfrentar-se com aquele que traz contra ele vinte mil? 32
Doutra maneira, quando o outro ainda está longe, enviando embaixadores,
pede-lhe paz. 33 «Assim pois, qualquer de vós que não renuncia a
tudo o que possui não pode ser Meu discípulo.
Comentário:
Não é, de facto, fácil
seguir Jesus
Mas, podemos perguntar: é,
porventura, fácil fazer algo grande?
Não exige esforço
redobrado, perseverança, dedicação e empenho absolutos tanto mais quanto maior
for o bem que se persegue?
E haverá algo maior, com
mais importância, com prémio mais excelente que seguir Cristo?
(ama,
comentário sobre Lc 14, 25-33, 2012.11.07)
Leitura espiritual
São Josemaria Escrivá
Temas actuais do
cristianismo ([i])
107
As
perguntas anteriores referiram-se ao noivado. O tema que apresento agora
refere-se já ao matrimónio. que conselhos daria à mulher casada para que, com o
passar dos anos, a sua vida matrimonial continue sendo feliz, sem ceder à
monotonia?
Talvez
a questão pareça pouco importante, mas na revista recebem-se multas cartas de
leitoras interessadas por este tema.
A
mim parece-me que, com efeito, é um assunto importante, e por isso o são também
as possíveis soluções, apesar da sua aparência modesta. Para que no matrimónio
se conserve o encanto do começo, a mulher deve procurar conquistar o seu marido
em cada dia, e o mesmo teria que dizer ao marido em relação à mulher. O amor
deve ser renovado em cada novo dia, e o amor ganha-se com o sacrifício, com
sorrisos e com arte também. Se o marido chega a casa cansado de trabalhar e a
mulher começa a falar sem medida, contando-lhe tudo o que lhe parece que correu
mal, pode-se surpreender que o marido acabe por perder a paciência? Essas
coisas menos agradáveis podem-se deixar para um momento mais oportuno, quando o
marido esteja menos cansado, mais bem disposto.
Outro
pormenor: o arranjo pessoal. Se outro sacerdote vos dissesse o contrário, penso
que seria um mau conselho. À medida que uma pessoa, que deve viver no mundo, vai
avançando em idade, mais necessário se torna melhorar não só a vida interior
como - precisamente por isso - procurar estar apresentável. Evidentemente,
sempre em conformidade com a idade e as circunstâncias. Costumo dizer, por
brincadeira, que as fachadas, quanto mais envelhecidas, mais necessidade têm de
reparação. É um conselho sacerdotal. Um velho refrão castelhano diz que la
mujer compuesta saca al hombre de otra puerta, a mulher arranjada tira o homem
de outra porta.
Por
isso atrevo-me a afirmar que as mulheres têm a culpa de oitenta por cento das
infidelidades dos maridos, porque não sabem conquistá-los em cada dia, não
sabem ter pequenas amabilidades e delicadezas. A atenção da mulher casada
deve-se centrar no marido e nos filhos. Assim como a do marido se deve centrar
na mulher e nos filhos. E para fazer isto bem é preciso tempo e vontade. Tudo o
que torne impossível esta tarefa é mau, não está bem.
Não
há desculpa para não cumprir esse amável dever. Para já, não é desculpa o
trabalho fora do lar, nem sequer a própria vida de piedade, a qual, se não é
compatível com as obrigações de cada dia, não é boa, Deus não a quer. A mulher
casada tem que se ocupar primeiro do lar. Recordo uma antiga da minha terra,
que diz: La mujer que, por la iglesia, / deja el puchero quemar, / tiene la
mitad de ángel, / de diablo la otra mitad. - A mulher que, pela igreja, / deixa
esturrar a comida, / tem metade de anjo, / de diabo a outra metade. A mim
parece-me inteiramente um diabo.
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Pondo
de parte as dificuldades que possam surgir entre pais e filhos, também são
correntes entre marido e mulher desentendimentos, que às vezes chegam a
comprometer seriamente a paz familiar. Que conselhos daria aos casais?
Que
se amem. Que saibam que ao longo da vida haverá desentendimentos e dificuldades
que, resolvidos com naturalidade, contribuirão inclusivamente para tornar o
amor mais profundo.
Cada
um de nós tem o seu feitio, os seus gostos pessoais, o seu génio - o seu mau
génio, por vezes - e os seus defeitos. Cada um tem também coisas agradáveis na
sua personalidade e por isso e por muitas mais razões, pode-se amá-lo. A
convivência é possível quando todos se empenham em corrigir as próprias
deficiências e procuram passar por alto as faltas dos outros, isto é, quando há
amor, que anula e supera tudo o que falsamente poderia ser motivo de separação
ou de divergência. Pelo contrário, se se dramatizam os pequenos contrastes e
mutuamente se começa a lançar à cara os defeitos e os erros, então acaba-se a
paz e corre-se o risco de matar o amor.
Os
casais têm graça de estado - a graça do sacramento - para viverem todas as
virtudes humanas e cristãs da convivência: a compreensão, o bom humor, a
paciência, o perdão, a delicadeza no convívio. O que é importante é não se descontrolarem,
não se deixarem dominar pelo nervosismo, pelo orgulho ou pelas manias pessoais.
Para isso, o marido e a mulher devem crescer em vida interior e aprender da
Sagrada Família a viver com delicadeza - por um motivo humano e sobrenatural ao
mesmo tempo - as virtudes do lar cristão. Repito: a graça de Deus não lhes
falta.
Se
alguém diz que não pode aguentar isto ou aquilo, que lhe é impossível calar-se,
exagera para se justificar. É preciso pedir a Deus força para saber dominar o
próprio capricho, graça para saber ter o domínio de si próprio, porque os
perigos de uma zanga são estes: que se perca o controlo e as palavras se encham
de amargura e cheguem a ofender e, ainda que talvez não se desejasse, a ferir e
a causar mal.
É
necessário aprender a calar, a esperar e a dizer as coisas de modo positivo,
optimista. Quando ele se zanga, é o momento de ser ela especialmente paciente,
até que chegue de novo a serenidade, e vice-versa. Se há afecto sincero e
preocupação por aumentá-lo, é muito difícil que os dois se deixem dominar pelo
mau humor na mesma altura...
Outra
coisa muito importante: devemo-nos acostumar a pensar que nunca temos toda a
razão. Pode-se dizer, inclusivamente, que, em assuntos desses, ordinariamente
tão opináveis, quanto mais seguros estamos de ter toda a razão, tanto mais
certo é que não a temos. Discorrendo deste modo, torna-se depois mais fácil
rectificar e, se for preciso, pedir perdão, que é a melhor maneira de acabar
com uma zanga. Assim se chega à paz e à ternura. Não vos animo a discutir, mas
é natural que discutamos alguma vez com aqueles de quem mais gostamos, porque
são os que habitualmente vivem connosco. Não vamos zangar-nos com o Preste João
das Índias... Portanto, essas pequenas zangas entre os esposos, se não são frequentes
- e é preciso procurar que não o sejam -, não demonstram falta de amor e até
podem ajudar a aumentá-lo.
Um
último conselho: que nunca se zanguem diante dos filhos. Para consegui-lo,
basta que se ponham de acordo com uma palavra determinada, com um olhar, com um
gesto. Discutirão depois, com mais serenidade, se não forem capazes de
evitá-lo. A paz conjugal deve ser o ambiente da família, porque é condição
necessária para uma educação profunda e eficaz. Que os filhos vejam nos seus
pais um exemplo de entrega, de amor sincero, de ajuda mútua, de compreensão, e
que as ninharias da vida diária não lhes ocultem a realidade de um afecto que é
capaz de superar seja o que for.
As
vezes tomamo-nos demasiado a sério. Todos nos aborrecemos de quando em quando,
umas vezes porque é necessário, outras porque nos falta espírito de
mortificação. O que importa é demonstrar que esses aborrecimentos não quebram o
afecto, restabelecendo a intimidade familiar com um sorriso. Numa palavra, que
marido e mulher vivam amando-se um ao outro e amando os filhos, porque assim
amam a Deus.
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Passando
a um tema muito concreto: acaba de se anunciar a abertura de uma
Escola-residência dirigida pela Secção Feminina do Opus Dei em Madrid, que se
propõe criar um ambiente de família e proporcionar uma formação completa às
empregadas domésticas, qualificando-as na sua profissão. Que influência na
sociedade pensa que possa ter este tipo de actividades do Opus Dei?
Essa
obra apostólica - há muitas semelhantes, orientadas por associadas do Opus Dei
que trabalham juntamente com outras pessoas que não são da nossa Associação -
tem como fim principal dignificar a profissão das empregadas domésticas, de
modo que possam realizar o seu trabalho com sentido científico. Digo com
sentido científico porque é preciso que o trabalho no lar se desenvolva como o
que realmente é, como uma verdadeira profissão.
Não
se pode esquecer que se pretendeu apresentar esse trabalho como algo de
humilhante. Não está certo. Humilhantes, sem dúvida, eram as condições em que
muitas vezes se desenvolvia essa tarefa. E humilhantes continuam sendo agora,
algumas vezes, porque trabalham segundo o capricho de patrões arbitrários, que
não dão garantias de direitos aos que os servem, e também com escassa retribuição
económica e sem afecto. É necessário exigir o respeito por um contrato de
trabalho adequado, com garantias claras e precisas, e definir nitidamente os
direitos e os deveres de cada parte.
É
necessário - além de garantias jurídicas - que a pessoa que preste esse serviço
esteja capacitada, profissionalmente preparada. Serviço, disse - ainda que hoje
a palavra não agrade - porque toda a tarefa social bem feita é isso, um
estupendo serviço, tanto o trabalho da empregada doméstica como o do professor
ou o do juiz. Só não é serviço o trabalho de quem condiciona tudo ao seu
próprio bem-estar.
O
trabalho do lar é de primeira importância! Aliás, todos os trabalhos podem ter
a mesma qualidade sobrenatural. Não há tarefas grandes ou pequenas; todas são
grandes se se fazem por amor. As que são tidas como tarefas de grande
importância ficam diminuídas quando se perde o sentido cristão da vida. Pelo
contrário, há coisas aparentemente pequenas que podem ser muito grandes pelas
consequências reais que tenham.
Para
mim, é igualmente importante o trabalho de uma minha filha associada do Opus
Dei que é empregada doméstica ou o trabalho de uma minha filha que tem um
título nobiliárquico. Nos dois casos, interessa-me só que o trabalho que
realizam seja meio e ocasião de santificação pessoal e alheio. E será mais
importante o trabalho da pessoa que, na sua própria ocupação e no seu próprio
estado, se vá tornando mais santa e cumpra com mais amor a missão recebida de
Deus.
Diante
de Deus, tem tanta categoria a que é catedrática de uma universidade como a que
trabalha como empregada comercial ou como secretária, ou como operária, ou como
camponesa. Todas as almas são iguais; mas às vezes são mais formosas as almas
das pessoas mais simples, e são sempre mais agradáveis ao Senhor as que tratam
com mais intimidade a Deus Pai, a Deus Filho e a Deus Espírito Santo.
Com
essa Escola que abriu em Madrid, pode-se fazer muito: uma autêntica e eficaz
ajuda à sociedade, numa tarefa importante; e um trabalho cristão no seio do
lar, levando às casas alegria, paz, compreensão. Poderia estar a falar horas
sobre este tema, mas já é suficiente o que se disse para ver que considero o
trabalho no lar como uma profissão de particular transcendência, porque se pode
fazer com ele muito mal ou muito bem no próprio âmago das famílias. Esperemos
que seja muito bem. Não faltarão pessoas que, com categoria humana, com
competência e com afã apostólico, façam dessa profissão uma ocupação alegre, de
imensa eficácia em muitos lares do mundo.
110
Circunstâncias
de índole muito diversa, e também exortações e ensinamentos do Magistério da
Igreja, criaram e estimularam uma profunda inquietação social. Fala-se muito da
virtude da pobreza, como testemunho. Como pode vivê-la uma dona de casa, que
deve proporcionar à sua família um justo bem-estar?
Anuncia-se
o Evangelho aos pobres (Mat. 11, 5), lemos na Escritura, precisamente como um
dos sinais que dão a conhecer a chegada do Reino de Deus. Quem não amar e viver
a virtude da pobreza não tem o espírito de Cristo. E isto é válido para todos,
tanto para o anacoreta que se retira para o deserto, como para o cristão
corrente que vive no meio da sociedade humana, usando dos recursos deste mundo
ou carecendo de muitos deles.
Este
é um tema no qual me quereria demorar um pouco, porque hoje nem sempre se prega
a pobreza de modo a que a sua mensagem chegue à vida. Sem dúvida com boa
vontade, mas sem ter captado todo o sentido dos tempos, há quem pregue uma
pobreza que é fruto de elucubração intelectual, que tem certos sinais exteriores
aparatosos e simultaneamente enormes deficiências interiores e às vezes também
externas.
Fazendo-me
eco de uma expressão do Profeta lsaías - discite benefacere (1, 17) -,
agrada-me dizer que é preciso aprender a viver toda a virtude, e talvez a pobreza
muito especialmente. É necessário aprender a vivê-la para que não fique
reduzida a um ideal sobre o qual se pode escrever muito, mas que ninguém
realiza seriamente. É preciso fazer ver que a pobreza é um convite que o Senhor
dirige a cada cristão e que é - portanto - chamada concreta que deve moldar
toda a vida da humanidade.
Pobreza
não é miséria, e muito menos sujidade. Em primeiro lugar, porque o que define o
cristão não são, tanto as condições exteriores da sua existência, mas a atitude
do seu coração. Mais ainda, e aqui aproximamo-nos de um ponto muito importante,
do qual depende uma recta compreensão da vocação laical, porque a pobreza não
se define pela simples renúncia. Em determinadas ocasiões, o testemunho de
pobreza que se pede aos cristãos pode ser o de abandonar tudo, ou de se
enfrentar com um ambiente que não tem outros horizontes senão os do bem-estar
material, e proclamar assim, com um gesto aparatoso, que nada é bom quando o
preferirmos a Deus. Mas, é esse o testemunho que a Igreja pede hoje
ordinariamente? Não é certo que também exige que se dê testemunho explícito de
amor ao mundo, de solidariedade com os homens?
Reflecte-se
às vezes sobre a pobreza cristã, tendo como principal ponto de referência os
religiosos, dos quais é próprio dar sempre e em toda a parte um testemunho
público, oficial, e corre-se o risco de não reparar no carácter específico de
um testemunho laical, dado a partir de dentro, com a simplicidade do
quotidiano.
Todo
o cristão corrente tem que tornar compatíveis na sua vida dois aspectos que, à
primeira vista, podem parecer contraditórios: pobreza real, que se note e que
se toque - feita de coisas concretas - que seja uma profissão de fé em Deus,
uma manifestação que o coração não se satisfaz com coisas criadas, mas aspira
ao Criador, que deseja encher-se do amor de Deus e depois dar a todos desse
mesmo amor; e, ao mesmo tempo, ser mais um entre os seus irmãos os homens, de
cuja vida participa, com quem se alegra, com quem colabora, amando o mundo e
todas as coisas criadas para resolver os problemas da vida humana e para
estabelecer o ambiente espiritual e material que facilite o desenvolvimento das
pessoas e das comunidades.
Conseguir
a síntese entre esses dois aspectos é - em boa parte - questão pessoal, questão
de vida interior, para julgar em cada momento, para encontrar em cada caso o
que Deus nos pede. Não quero, pois, dar regras fixas, mas sim orientações
gerais, referindo-me especialmente às mães de família.
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Sacrifício:
eis aí, em grande parte, a realidade da pobreza. Pobreza é saber prescindir do
supérfluo, medido não tanto por regras teóricas como segundo essa voz interior
que nos adverte de que se está infiltrando o egoísmo ou a comodidade
desnecessária. Conforto, em sentido positivo, não é luxo nem voluptuosidade,
mas tornar a vida agradável à própria família e aos outros, para que todos
possam servir melhor a Deus.
Pobreza
é o verdadeiro desprendimento das coisas terrenas, é levar com alegria as
incomodidades, se as há, ou a falta de meios. É, além, disso, saber ter todo o
dia tomado com um horário elástico no qual não falte como tempo principal -
além das normas diárias de piedade - o devido descanso, a reunião familiar, a
leitura, o tempo dedicado a um gosto artístico, à leitura ou a outra distracção
nobre, enchendo as horas com uma actividade útil, fazendo as coisas o melhor
possível, vivendo os pormenores de ordem, de pontualidade, de bom humor. Numa
palavra, encontrando ocasião para o serviço dos outros e para si mesmo, sem
esquecer que todos os homens, todas as mulheres, - e não só os materialmente
pobres - têm obrigação de trabalhar. A riqueza, a situação de desafogo
económico é um sinal de que se tem mais obrigação de sentir a responsabilidade
pela sociedade inteira.
O
amor é que dá sentido ao sacrifício. Toda a mãe sabe bem o que é sacrificar-se
pelos seus filhos. O sacrifício não está só em conceder-lhes umas horas, mas em
gastar toda a vida em seu benefício. Viver pensando nos outros, usar as coisas
de tal maneira que haja algo para oferecer aos outros, tudo isso são dimensões
da pobreza que garantem o desprendimento efectivo.
Para
uma mãe, é importante não só viver assim, como também ensinar os filhos a
viverem assim: educá-los, fomentando neles a fé, a esperança optimista e a
caridade; ensiná-los a superar o egoísmo e a empregar com generosidade parte do
seu tempo ao serviço dos menos afortunados, participando em ocupações adequadas
à sua idade, nas quais se manifeste um anseio de solidariedade humana e divina.
Resumindo:
que cada um viva cumprindo a sua vocação. Para mim, foram sempre o melhor
exemplo de pobreza esses pais e essas mães de família numerosa e pobre que se
sacrificam pelos seus filhos e que, com o seu esforço e constância - muitas
vezes sem uma palavra para dizer a alguém que passam necessidades - mantêm os
seus, criando um lar alegre em que todos aprendem a amar, a servir, a
trabalhar.
(cont)
[i]
Entrevista
realizada por Pilar Salcedo, publicada em Telva (Madrid), em 1 de Fevereiro de 1968
e reproduzida em Mundo Cristiano (Madrid) em 1 de Março do mesmo ano.
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