
Dado
que o mundo oferece muitos bens, apetecíveis para este nosso coração, que
reclama felicidade e busca ansiosamente o amor, talvez alguns perguntem: nós,
os cristãos, em que devemos esperar? Além disso, queremos semear a paz e a
alegria às mãos cheias, não ficamos satisfeitos com a consecução da
prosperidade pessoal e procuramos que estejam contentes todos os que nos
rodeiam.
Por
desgraça, alguns, com uma visão digna mas rasteira, com ideais exclusivamente
caducos e fugazes, esquecem que os anelos do cristão se hão-de orientar para
cumes mais elevados: infinitos. O que nos interessa é o próprio Amor de Deus, é
gozá-lo plenamente, com um júbilo sem fim. Temos comprovado, de muitas
maneiras, que as coisas da terra hão-de passar para todos, quando este mundo acabar;
e já antes, para cada um, com a morte, porque nem as riquezas nem as honras
acompanham ninguém ao sepulcro. Por isso, com as asas da esperança, que anima
os nossos corações a levantarem-se para Deus, aprendemos a rezar: in te Domine
speravi, non confundar in æternum, espero em Ti, Senhor, para que me dirijas
com as tuas mãos agora e em todos os momentos pelos séculos dos séculos. (Amigos
de Deus, 209)
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