A beleza do perdão
A
tranquilidade e alegria que se seguem imediatamente após a Confissão
Sacramental quase que nos leva a exclamar: o
felix culpa! [i]
De facto o bem
alcançado é muito superior ao mal praticado já que este fica remido, perdoado, esquecido
ao passo que o outro permanece como suave refrigério de paz e tranquila certeza
de que fizemos o que devíamos fazer.
Claro que não se deve sequer considerar cometer um pecado e sofrer com a tristeza e remorso de o ter cometido com o objectivo de alcançar a alegria do perdão.
Seria uma patetice como querer ter uma dor de cabeça para obter a satisfação da sua cura. Além do mais seria tentar a Deus de forma grave.
(cont)
(ama,
reflexões, 2015.04.19)
[i]
Tal é o dano
que “se não fosse a Graça de Deus, o
homem, entre o bem e o mal, sempre escolheria o mal (Santo Agostinho).
Porém, onde abundou o pecado,
superabundou a graça (São Paulo). Por isso Agostinho pode
proclamar: felix culpa! O erro do
primeiro Adão proporcionou a Graça da Redenção. O segundo Adão fez com que a
criação exultasse mais com sua Redenção que com a criação. De certa forma,
Jesus “recriou” todas as criaturas mas não por um novo ato de criação senão por
um livre acto de obediência e imolação. É a loucura de um Deus que ama! Tal é o
amor que Jesus deu a chance a todos de se santificarem por meio da Cruz. O Pai
não mais leva em conta os pecados do mundo se este estiver agindo em união com seu Filho. Deus Pai “como que” olha o
mundo através das Chagas do Redentor e, assim, comove-Se por Amor ao Filho
Imolado na Cruz. Mas isto somente para aqueles que reconhecem o Cristo como
Salvador pois “quem tentar salvar a sua vida perdê-la-á e quem perdêr,
salvá-la-á” (Mt 10, 39).
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