03/08/2015

Reflectindo - 99

A beleza do perdão


A tranquilidade e alegria que se seguem  imediatamente após a Confissão Sacramental quase que nos leva a exclamar: o felix culpa! [i]

De facto o bem alcançado é muito superior ao mal praticado já que este fica remido, perdoado, esquecido ao passo que o outro permanece como suave refrigério de paz e tranquila certeza de que fizemos o que devíamos fazer.

Claro que não se deve sequer considerar cometer um pecado e sofrer com a tristeza e remorso de o ter cometido com o objectivo de alcançar a alegria do perdão.

Seria uma patetice como querer ter uma dor de cabeça para obter a satisfação da sua cura. Além do mais seria tentar a Deus de forma grave.

(cont)

(ama, reflexões, 2015.04.19)




[i] Tal é o dano que “se não fosse a Graça de Deus, o homem, entre o bem e o mal, sempre escolheria o mal (Santo Agostinho). Porém, onde abundou o pecado, superabundou a graça (São Paulo). Por isso Agostinho pode proclamar: felix culpa! O erro do primeiro Adão proporcionou a Graça da Redenção. O segundo Adão fez com que a criação exultasse mais com sua Redenção que com a criação. De certa forma, Jesus “recriou” todas as criaturas mas não por um novo ato de criação senão por um livre acto de obediência e imolação. É a loucura de um Deus que ama! Tal é o amor que Jesus deu a chance a todos de se santificarem por meio da Cruz. O Pai não mais leva em conta os pecados do mundo se este estiver agindo em união com seu Filho. Deus Pai “como que” olha o mundo através das Chagas do Redentor e, assim, comove-Se por Amor ao Filho Imolado na Cruz. Mas isto somente para aqueles que reconhecem o Cristo como Salvador pois “quem tentar salvar a sua vida perdê-la-á e quem perdêr, salvá-la-á” (Mt 10, 39).

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