Criação
Darwin e Lamarck quiseram explicar a ascensão das espécies
inferiores às superiores pela variabilidade, pela hereditariedade ou pela
selecção natural, e isto em virtude de processos puramente mecânicos. Note-se,
porém, que, tanto um como outro, admitiam que impostas por Deus à natureza. ("To my mind it accords better with
what we know of the laws impressed on the matter by the Creator…")
Quase no fim da sua vida, Darwin podia escrever: "Por maiores
que fossem as crises por que passei, não cheguei nunca a negar a existência de
Deus". (La Vie et la Correspondence de Charles
Darwin, Reinwald, Paris, 1888, vol. I, nr. 354) "A
impossibilidade de conceber este grande e maravilhoso universo com os nossos
'eus' conscientes, como obra do acaso, é a meu ver o argumento principal a
favor da existência de Deus". (La Vie et la Correspondence de Charles Darwin,
Reinwald, Paris, 1888, vol. I, nr. 356)
"Outro motivo da minha crença na existência de Deus (...) é a
impossibilidade radical de conceber o universo, prodigioso e imenso, incluindo
o homem, com a faculdade de se reportar ao passado e de prover o futuro, como
resultado de um destino casual ou de uma necessidade cega. Reflectindo nisto,
sou forçado a admitir uma Causa Primeira, um Espírito inteligente, sob certos
aspectos análogo ao do homem e mereço por isso, que me acreditem, quando eu
digo que creio em Deus. Esta conclusão estava fortemente radicada no meu
espírito ao escrever a Origem das espécies."
(charlles darwin, On the Origin of Species, J.
Murray, London, 1859, nr. 363, trad ama)
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