2. Plenitude deste mandamento
O mandamento de salvaguardar a vida do
homem «tem a sua dimensão mais profunda na exigência de veneração e amor por
toda a pessoa e sua vida» [i].
A misericórdia e o perdão são próprios de
Deus; e na vida dos filhos de Deus também deve estar presente a misericórdia,
que nos faz compadecermo-nos da miséria alheia: «Bem-aventurados os
misericordiosos porque alcançarão misericórdia» [ii], [iii].
É igualmente necessário aprender a perdoar
as ofensas [iv].
Ao receber uma ofensa, há que evitar
encolerizar-se, nem permitir que a ira invada o coração.
Mais ainda no Pai Nosso – a oração que
Jesus nos deixou como oração dominical –, o Senhor liga o seu perdão – o perdão
acerca das ofensas que cometemos – ao nosso perdão sobre os que nos ofenderam [v].
Nesta luta, ajudar-nos-á contemplar a
Paixão de Nosso Senhor, que nos perdoou e redimiu com amor e paciência as
nossas injustiças;
considerar que ninguém deve ser para um
cristão um estranho ou inimigo [vi];
pensar no juízo após a nossa morte, em que
seremos julgados pelo amor dedicado ao próximo;
recordar que um cristão deve vencer o mal
com o bem [vii];
e considerar as injúrias como ocasião para
a própria purificação.
(cont)
[iii] «As obras de misericórdia são as acções caridosas pelas quais vamos em
ajuda do nosso próximo, nas suas necessidades corporais e espirituais»
(Catecismo, 2447).
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