Uma cananeia aproximou-se de Jesus e pôs-se a suplicar-Lhe em grandes brados pela filha, que estava possuída pelo demónio. [...] Esta mulher, uma estrangeira, uma bárbara sem nenhuma relação com a comunidade judaica, o que era se não uma cadela indigna de obter que pedia?
«Não está bem tomar o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos.»
No entanto, a sua perseverança fez com que merecesse ser atendida. À que era apenas uma cadela, Jesus elevou-a à nobreza dos filhos pequenos; mais ainda, cobriu-a de elogios; ao despedi-la, disse-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se como desejas»[i].
Quando ouvimos Cristo dizer: «Grande é a tua fé», não precisamos de procurar outra prova da grandeza de alma desta mulher.
Vede como ela apagou a sua indignidade pela sua perseverança.
E reparai igualmente que obtemos mais do Senhor pela nossa oração que pela oração dos outros.
(s. joão crisóstomo, Homília «Que Cristo seja anunciado, 12-13; PG 51, 319-320)
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