Perspectiva |
Há uma guerra de gigantes de que não
se fala, porque não dá espectáculo, não faz mortos em campos de guerra, não tem
câmaras de televisão por diante. É a guerra pelo controlo do desenvolvimento da
inteligência artificial. No entanto, o seu controlo absoluto por parte de
algumas poderosas multinacionais, deixa-nos profundas inquietações sobre o
nosso presente e sobre o nosso futuro imediato.
É
preciso reabrir em permanência, com determinação e persistência, a questão do
rumo que a sociedade de hoje está a seguir.
Vivemos
mergulhados numa economia em que 1% da humanidade detém mais de metade da
riqueza mundial, segundo o Global Wealth Report 2014. Há cerca de 200 milhões
de desempregados no mundo, sendo 75 milhões deles menores de 25 anos, além de
839 milhões de trabalhadores que vive com menos de 2 dólares por dia, segundo a
Organização Internacional do trabalho.
Os
Estados nacionais, enfrentando várias dificuldades, com sérios problemas de
dívidas públicas e de défices e a braços com quedas demográficas enormes e com
um crescente envelhecimento da população, parecem estar desfocados de algumas
questões fulcrais sobre o presente e o futuro da humanidade.
Gigantes
como a Google, a Apple, a ALIBABA, o Facebook e a Amazon que investem cada vez
mais em empresas de robótica, estão a fabricar diariamente robôs que saberão
tudo sobre nós e nos encontrarão em qualquer lugar da Terra, como afirma E.
Tétreau (2014). A crescente digitalização da economia faz com que detenham mais
capacidade financeira e mais poder de investigação de ponta do que a maioria
dos Estados nacionais.
(cont)
joaquim azevedo, Universidade
Católica Portuguesa, Secretariado Diocesano da Pastoral da Cultura (Porto)
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