O
conceito de pecado é bastante simples: basicamente, o pecado é um ato de
egoísmo exagerado.
É
preferir-se a si mesmo e antepor-se a Deus e aos outros, cedendo às paixões
desordenadas que nos colocam no centro da nossa própria existência e negando a
nossa natureza, que só se completa quando se abre ao próximo e a Deus.
O
pecado é a recusa a instaurar com Deus e com os outros uma relação de amor.
O
pecado é um "converter-se às criaturas" e "rejeitar o
Criador".
Em
geral, o pecador só deseja os prazeres proporcionados pelas criaturas, e não
necessariamente quer rejeitar o Criador.
No
entanto, ao se deixar seduzir por satisfações fugazes proporcionadas pelas
criaturas, o pecador sabe, implicitamente, que está agindo contra o amor do
Criador, pois sente que o prazer terreno não o preenche e, mesmo assim, não
resiste a ele.
É
por isso que o pecado fere o próprio pecador, afastando-o da plenitude
oferecida por Deus.
E
é por isso que o pecado ofende a Deus: não porque Deus, como Deus, seja
diminuído, mas porque nós próprios, ao pecar, nos diminuímos diante da grandeza
que Deus nos oferece.
Para
Jesus, o pecado nasce no interior do homem[i].
É
por isso que é necessária a transformação interior, do coração. Para Jesus, o
pecado é uma escravidão: o homem se deixa ficar em poder do maligno,
valorizando falsamente as coisas deste mundo, deixando-se arrastar pelo
imediato, por satisfações sensíveis que não saciam a nossa sede de amor e de
plenitude.
(cont)
Fonte:
ALETEIA
(Revisão
da versão portuguesa por ama)
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