08/01/2015

Reflectindo - 54


Pôr os meios

Temos sempre de pôr todos os meios na procura do que necessitamos.
O Senhor não espera de nós nada que vá além das nossas forças e das nossas capacidades. Mas espera que as utilizemos, todas, com critério e sem desfalecimentos.
Jesus não é uma espécie de milagreiro a quem recorremos nas aflições, nas dificuldades, resolvendo as coisas, ou concedendo sem demora aquilo que pedimos.
É verdade que Deus é infinitamente bondoso, mas também é infinitamente justo.
A Sua justiça pede portanto um empenhamento pessoal, dedicado e completo.
Atrever-me-ia a dizer que, muitas vezes, o Senhor concede a graça que pedimos, não pela graça em si, pelo bem em que ela consiste, mas movido pelo esforço, empenho e persistência que pusemos da nossa parte em conquistá-la.
O contrário será, talvez, uma espécie de tentação a Deus, apresentar-nos assim, miserandos, aflitos e até chorosos, ante o Senhor, pedindo-lhe que nos conceda isto ou aquilo.Com Deus não se fazem chantagens ou exercem pressões, ou se fazem negócios do género: se me concederes isto eu, faço aquilo.

(A.M.A., Palestras sobre os Evangelhos, Minho, Fevereiro de 1991, (Ref. Mc 5 21-43)


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