A tua tarefa de apóstolo é grande e
formosa. Estás no ponto de confluência da graça com a liberdade das almas; e
assistes ao momento soleníssimo da vida de alguns homens: o seu encontro com
Cristo. (Sulco,
219)
Estamos no Natal. Acodem-nos à memória
os diversos factos e circunstâncias que rodearam o nascimento do Filho de Deus
e o olhar detém-se na gruta de Belém, no lar de Nazaré. Maria, José, Jesus
Menino ocupam de modo muito especial o centro do nosso coração. Que diz, que
nos ensina a vida, simples e admirável ao mesmo tempo, dessa Sagrada Família?
Entre as muitas considerações que
poderíamos fazer, agora quero escolher sobretudo uma., Como refere a Escritura,
o nascimento de Jesus significa o início da plenitude dos tempos, o momento
escolhido por Deus para manifestar plenamente o seu amor aos homens,
entregando-nos o seu próprio Filho. Essa vontade divina realiza-se no meio das
circunstâncias mais normais e correntes: uma mulher que dá à luz, uma família, uma
casa. A omnipotência divina, o esplendor de Deus passam através das coisas
humanas, unem-se às coisas humanas. Desde esse momento, nós, os cristãos,
sabemos que, com a graça do Senhor, podemos e devemos santificar todas as
realidades sãs da nossa vida. Não há situação terrena, por mais pequena e vulgar
que pareça, que não possa ser a ocasião de um encontro com Cristo e uma etapa
da nossa caminhada para o Reino dos Céus.
Por isso, não é de estranhar que a
Igreja se alegre, que rejubile, contemplando a modesta morada de Jesus, Maria e
José. (Cristo
que passa, 22)
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