Nota: Normalmente, estes “Diálogos
apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas
semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase
na íntegra.
Como calculava as primeiras
palavras foram a propósito da carta que te escrevi sobre o assunto do teu
irmão.
Disseste-me com alguma reticência:
‘Li com atenção o que me escreveste
e sou “forçado” a concordar contigo mas… a nossa intimidade obriga-me a
confessar que tenho receio e hesito em fazer como sugeres.’
‘Mas porquê?’ Perguntei.
‘Tenho receio de falar sobre a
situação dele, a doença, a dor, o sofrimento. Não estou muito à vontade’
‘Penso que deves encarar as coisas
com naturalidade, É um facto: o teu irmão está doente e sofre e não consegue
compreender tal coisa. Isso é natural. Como explicar a alguém com pouca Fé – ou
sem prática da Fé – que Deus não quer o sofrimento; que o permite para tirar
daí algum bem, para o próprio e para outros.
Assegura-lhe que a sua situação
actual pode – e deve – ser um óptimo ensejo de merecer.’
‘Mas ele não vai entender isso!!!’
‘Talvez não imediatamente mas se
lhe falares com calma e, repito, naturalidade, fazendo-o pensar que outros –
muitos outros – estão na mesma situação ou ainda pior e que, não obstante,
mantêm a esperança e o bom humor…
Seja como for, não te precipites,
vai de vagar, “entra de mansinho”, faz-lhe ver que só queres o bem dele.
Prepara-te bem; vou emprestar-te
algum livro sobre o assunto para te ajudar.’
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