09/06/2014

Diálogos apostólicos 19

Nota: Normalmente, estes “Diálogos apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase na íntegra.


Como calculava as primeiras palavras foram a propósito da carta que te escrevi sobre o assunto do teu irmão.

Disseste-me com alguma reticência:

‘Li com atenção o que me escreveste e sou “forçado” a concordar contigo mas… a nossa intimidade obriga-me a confessar que tenho receio e hesito em fazer como sugeres.’

‘Mas porquê?’ Perguntei.

‘Tenho receio de falar sobre a situação dele, a doença, a dor, o sofrimento. Não estou muito à vontade’

‘Penso que deves encarar as coisas com naturalidade, É um facto: o teu irmão está doente e sofre e não consegue compreender tal coisa. Isso é natural. Como explicar a alguém com pouca Fé – ou sem prática da Fé – que Deus não quer o sofrimento; que o permite para tirar daí algum bem, para o próprio e para outros.
Assegura-lhe que a sua situação actual pode – e deve – ser um óptimo ensejo de merecer.’

‘Mas ele não vai entender isso!!!’

‘Talvez não imediatamente mas se lhe falares com calma e, repito, naturalidade, fazendo-o pensar que outros – muitos outros – estão na mesma situação ou ainda pior e que, não obstante, mantêm a esperança e o bom humor…
Seja como for, não te precipites, vai de vagar, “entra de mansinho”, faz-lhe ver que só queres o bem dele.
Prepara-te bem; vou emprestar-te algum livro sobre o assunto para te ajudar.’


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