Evangelho:
Jo 6, 30-35
30 Mas eles disseram-Lhe: «Que milagre fazes Tu, para
que o vejamos e acreditemos em Ti? Que fazes Tu? 31 Nossos pais comeram o maná
no deserto, segundo está escrito: “Deu-lhes a comer o pão do céu”». 32 Jesus
respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do
céu, mas Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33 Porque o Pão de Deus
é Aquele que desceu do céu e dá a vida ao mundo». 34 Então disseram-Lhe:
«Senhor, dá-nos sempre desse pão». 35 Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão da
vida; aquele que vem a Mim não terá jamais fome, e aquele que crê em Mim não
terá jamais sede.
Comentário:
A verdade é que o homem
tem fome de Deus!
Pode não o saber
exactamente, nem identificar o que é esse sentimento que por vezes o atormenta.
Essa insatisfação que não
se explica.
O sentido de vazio que não
entende.
Nesses momentos tem de
fazer uma paragem, deter-se na sua agitação, cair em si e, se o fizer com o
espírito aberto, sem preconceitos ou falsos critérios, então… encontrará:
Só Cristo sacia, preenche
e justifica a vida humana!
(ama, comentário sobre Jo
6, 30-35, 2012.04.24)
Humildade
A
humildade mantém a direção da intencionalidade pessoal de fundo para o valor e
para o amor, sem o qual até o que aparentemente é virtude pode não o ser na
realidade.
1. A humildade como
virtude moral
As
virtudes morais são hábitos que gravam firmemente, na pessoa que as possui, os
critérios reguladores das tendências humanas, de modo que os impulsos e os atos
que procedem delas, nem excedam nem fiquem abaixo da medida requerida para o
bem próprio e o bem dos outros. Como a sobriedade regula a tendência para a
alimentação, e a castidade modera a tendência sexual, a humildade regula duas
importantes tendências do indivíduo: a necessidade de reconhecimento e de
estima dos outros, e o sentimento do próprio valor (autoestima) 1.
São duas tendências que fazem parte da condição humana: existem em todo o ser
humano, e não se podem nem devem suprimir-se, como também não é possível
eliminar a alimentação e a tendência sexual. A sua real educação é extremamente
importante para preservar o equilíbrio e o crescimento moral pessoal e,
indiretamente, a boa ordem das relações interpessoais, pois as injustiças, a
violência, os fracassos matrimoniais e os conflitos no campo profissional, para
citar só alguns exemplos, são frequentemente consequência do orgulho, da
suscetibilidade, ou do rancor. Também nas relações do homem com Deus a
humildade desempenha um papel importante: a vida espiritual pressupõe uma ideia
adequada da posição que o homem tem perante Deus.
A
humildade tem sido muitas vezes mal interpretada e até considerada uma
qualidade negativa e desprezível, própria de moral de escravos, ou o resultado
do ressentimento dos fracos. Que alguém queira fazer passar por humildade
formas falsas de compensar debilidades e desequilíbrios, é de facto
perfeitamente possível, como é possível que se pretendam disfarçar
comportamentos viciosos sob o nome de qualquer outra virtude (a prepotência
pode dissimular-se sob o aspeto da dignidade ou da justiça e a cobardia como
bondade, etc.). Mas isso, nada tem a ver com la humildade que responde à
inegável necessidade de regular e educar duas tendências fundamentais que tem
todo o ser humano.
2. Importância e tarefas
da humildade
É
possível investigar, historicamente e também a partir da análise teórica, qual
tem sido a situação da humildade fora do cristianismo. Na antiguidade pagã a
humildade era mais vista como um vício que como uma virtude, embora haja
algumas exceções. Mas deixando de lado essa questão, é preferível parar para
mostrar quais são as suas raízes antropológicas, antes de ver as formas
próprias da humildade como virtude cristã.
A
regulação ética das duas tendências a que se refere a humildade, consiste em ajustá-las
à realidade de cada pessoa, considerando-a em si mesma ou vista no seu ambiente
familiar, profissional e social, mas também na sua relação com Deus.
Aristóteles assim o vê quando escreve: O que merece e pretende coisas pequenas,
é modesto (...). Aquele que, sendo indigno, se julga a si mesmo digno de coisas
grandes, é vaidoso (...) O que se julga menos digno do que vale, é pusilânime
(fraqueza de ânimo ou cobardia), quer seja muito ou regular o que mereça, ou
pouco e creia que merece ainda menos 2. O importante não é aspirar a
muito ou a pouco, mas em cada caso ao que é razoável segundo uma apreciação
objetiva e serena da realidade, não forçada pela paixão.
A
humildade é importante, não tanto por realizar positivamente alguma das
dimensões do bem humano, mas porque a ela lhe corresponde proteger as
realizações do conhecimento, do amor, do trabalho, etc., de deformações, que
podem privá-las do seu verdadeiro valor. O orgulhoso é egocêntrico e
dificilmente é capaz de amar verdadeiramente; vê o trabalho profissional apenas
como uma forma de autoafirmação, e não como uma modalidade de
auto-transcendência que enriquece o mundo e contribui para o bem dos outros
É
natural no homem a capacidade de olhar para si mesmo, como se olha para alguém
que é portador de um valor. Do ponto de vista evolutivo, a percepção do próprio
valor passa através do julgamento que merecemos ante os nossos semelhantes
(pais, amigos, etc.). O ser humanos precisa de um certo reconhecimento alheio,
e isso reflete a tendência que chamamos necessidade de autoestima. Com o
desenvolvimento psicológico e moral, a pessoa, mesmo sem poder, nem dever, ser
completamente indiferente às reações que o nosso ser ou o nosso comportamento
causam nos outros, adquire uma maturidade de avaliação suficiente para formar
uma imagem realista de si mesma e do próprio valor (autoestima), conhecendo as
qualidades positivas e negativas, o que se é, e o que se pode chegar a ser. Na
medida em que o sentimento do próprio valor depende de um juízo próprio,
objetivo e realista, a pessoa pode representar adequadamente as suas relações
com os outros (dependência - independência, liberdade - autoridade, etc.).
A
deterioração da razoável direção (da humildade) pode afectar as duas tendências
mencionadas: a necessidade de estima, quando a pessoa não adquire um
distanciamento suficientemente equilibrado do julgamento dos outros; a
autoestima quando, mesmo dispondo de suficiente autonomia de julgamento, este
baseia-se sobre uma percepção pouco realista do próprio valor, seja por
excesso, seja por defeito.
A
dependência excessiva do julgamento dos outros dá origem a fenómenos como a
ânsia de notoriedade, vaidade, teimosia e rigidez, isolamento, simulação de
doença, etc. Todos eles implicam sofrimento para quem o padece, e muitas vezes,
também para os outros. O desejo de notoriedade é típico de uma personalidade
frágil e imatura que precisa de sentir-se, constantemente, aprovada e elogiada
por aqueles que estão à sua volta. Busca satisfazer essa necessidade por todos
os meios ao seu alcance: usa os seus bens, e instrumentaliza o seu saber e o
seu trabalho, para conseguir o prestígio e a estima pública; ou quer dar que
falar, mediante condutas chamativas ou mesmo absurdas; ou busca a aprovação do
grupo, aceitando as ideias e os costumes dominantes, embora contrários às suas
próprias convicções profundas. Outras vezes opta pela vaidade, ou seja,
aparenta o que não é, adotando com esse objetivo comportamentos falsos ou pouco
autênticos. Quando tem de trabalhar sob a autoridade de outros, ou em estreita
colaboração com eles, chama a atenção sobre si mesmo mediante a teimosia, a
intransigência ou a rigidez. Em casos extremos, busca a atenção ou o afeto dos
outros, simulando uma doença e estando conscientes da astúcia, ou perdendo até
essa consciência (fenómenos do tipo histérico). Quem sofre estas deformações
acaba por arruinar as suas relações sociais e a sua sensibilidade ante os
valores objetivos. A pessoa está sempre ocupada consigo mesma, porque o seu
desordenado desejo de estima é insaciável. No outro extremo, tão pouco seria
justo que uma pessoa não fosse suficientemente sensível ante as reações que
produz nos outros, o que levaria a contínuas faltas de atenção, de respeito ou
de educação.
O
segundo problema ocorre quando o sentimento de autoestima depende de uma
avaliação autónoma, mas não suficientemente realista. Surgem então os
sentimentos, bastante irracionais de inferioridade e insegurança num extremo,
ou no outro extremo de orgulho e autossuficiência. A personalidade do orgulhoso
é diversa da condicionada pelo afã de notoriedade. Por detrás deste último
fenómeno, apesar das aparências, esconde-se uma personalidade frágil e pobre,
que frequentemente se tortura com comparações e invejas. O orgulhoso tem por
sua vez uma personalidade dura, geradora de conflitos, com frequência agressiva
ou violenta: julga tudo e todos (espírito crítico); pensa que tem sempre razão;
sente-se superior a tudo e a todos; talvez recompense quem se lhe submete, mas
dificilmente ama e se entrega a alguém; e apesar de temido dificilmente pode
ser amado. Apenas se admira e respeita a si mesmo: tende para o narcisismo. O
orgulhoso é muitas vezes susceptível ou arrogante. Tem conflitos com os outros
e com a própria realidade, porque o seu nível de aspirações é superior às suas
verdadeiras capacidades. Às vezes, as suas capacidades são realmente elevadas,
mas falta-lhe a sabedoria para governar e evitar o que lhe vai subindo à
cabeça.
Esta
breve descrição mostra a importância da humildade para o equilíbrio e
desenvolvimento pessoal, e também a sua dificuldade. A humildade mantém a
direção da intencionalidade pessoal de fundo para o valor e para o amor, sem o
qual até o que aparentemente é virtude pode não o ser na realidade. A
dificuldade da humildade está em que as tendências que regula não se podem
suprimir nem dominar com a vontade. Devem ser educadas, ou seja, ajustadas à
realidade e abertas à participação, ao serviço e ao amor. Não é possível
deixar, completamente, de se olhar a si mesmo, mas pode aprender-se a fazê-lo
com uma mistura de realismo e sentido de humor, sobretudo sem que se oculte a
percepção do que está fora e do que está por cima de nós, pois nessa dimensão
adquire sentido tanto o que somos como o que não somos.
3. A virtude cristã da
humildade
Não
é possível deter-se no estudo dos muitos aspetos em que a humildade aparece no
Antigo Testamento. A ideia predominante está ligada à profissão da fé em Deus,
que nas suas intervenções na história dos homens abate os soberbos, enquanto
escolhe e resgata os humildes e os que foram humilhados. É a ideia que
reaparece no cântico de la Mãe de Jesus: o Senhor olhou para sua pobre serva,
manifestou o poder do seu braço, desconcertou os corações dos soberbos.
Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes 3, assim como
na Primeira Carta de S. Pedro e na de S. Tiago 4. Mas a razão de
fundo dos ensinamentos do Novo Testamento sobre a humildade está em que Jesus
Cristo andou pelos caminhos da humildade; que Ele mesmo Se propõe como exemplo
quando diz: recebei a minha doutrina, porque Eu sou manso e humilde de coração 5,
e que S. Pablo ilustra no hino de la Carta aos Filipenses 6. Esta
dinâmica de humilhação e exaltação inspira os ensinamentos do Senhor quando
convida a não escolher para si os primeiros lugares 7, na parábola
do fariseu e do publicano 8, na exortação para sermos como meninos9,
em diversos discursos polémicos contra os chefes do povo 10, e na
recomendação de servir aos demais e não se deixar servir por eles 11.
O
critério, segundo o qual a virtude cristã da humildade regula as tendências
humanas de que vimos falando, continua a ser o da verdade. A humildade não
tolera a falsidade acerca das próprias qualidades positivas ou negativas. Mas à
luz dos ensinamentos do Senhor é possível compreender com maior exactidão qual
é a nossa verdadeira posição ante Deus e ante os demais. O cristão está bem
consciente de que tudo recebeu gratuitamente de Deus, tanto o ser e a vida,
como a justiça e a graça. Com a sua doutrina acerca da justificação, S. Paulo
põe em evidência que, vendo as coisas em toda a sua profundidade, não existe em
nós nenhuma verdadeira justiça, senão aquela pela qual Deus mesmo nos faz
justos por meio de Jesus Cristo. Nada temos que não tenhamos recebido 12.
Somente nos podemos gloriar da Cruz de Cristo 13. Quaisquer que
sejam as nossas obras, corresponde-nos assumir diante de Deus uma atitude, de
profunda adoração e de amorosa gratidão, porque só em virtude da sua gratuita
ação salvífica em Cristo podemos ser por Ele aceites. Qualquer atitude
presumida e de autossuficiência nos privaria da sua graça e deixar-nos-ia
encerrados na nossa pobre miséria. A humildade vem a ser assim a outra face do
amor de Deus, a da caridade. O orgulhoso nem ama a Deus, nem consegue receber o
amor que Deus lhe dá. Deo omnis gloria: para Deus toda a glória; isso significa
que nada temos de bom que não venha de Deus, Verdade e Amor subsistente.
A
humildade ensinada pelo Senhor é também o outro lado da caridade para com o
próximo. Quem está consciente de ser nada diante da majestade de Deus, evita o
orgulho e o desprezo dos outros, sabe compreender os outros, incluindo os seus
erros. Somente alguém que pensa que nunca se equivocou, se horroriza com os
erros dos outros (se os outros fossem como eu, as coisas não iriam tão mal). A
humildade é em todo o caso verdade, verdadeiro conhecimento de si mesmo, e por
isso não impede reconhecer as boas qualidades que se possuem, mas leva a não
esquecer que foram recebidas de Deus como dons para pôr generosamente ao
serviço dos outros. O Senhor condena a falsa humildade de quem esconde o
talento recebido 14, que se devia ter feito frutificar ao serviço de
Deus e dos demais. Essa fecundidade chega através da direção espiritual, onde o
Espirito Santo modela a alma: sicut lutum in manus figuli 15 (como o
barro nas mãos do oleiro). Os ensinamentos de S. Paulo acerca dos fortes e dos
débeis na fé e na ciência 16 mostram, eloquentemente, que as
próprias qualidades e até o bem precioso da legítima liberdade cristã, não se
hão-de ver como barreira que nos protege das exigências dos demais, mas como um
recurso que se põe gostosamente ao seu serviço. Cristo carregou sobre si o peso
dos nossos pecados, entregando a sua vida por nós, e também assim nos deu o
exemplo da humildade de coração.
Em
termos práticos a humildade tem múltiplas manifestações, que não é possível
tratar aqui em detalhe. Sobre elas escreveram coisas de grande valor os Padres
da Igreja, os Santos e os que se têm ocupado ao longo da história da teologia
espiritual. Para concluir estas reflexões, limitar-nos-emos a reproduzir uma
página de S. Josemaria Escrivá, cuja eloquência torna inútil quaisquer comentário.
Deixa-me que te recorde, entre outros, alguns sinais evidentes de falta de
humildade:
-
pensar que o que fazes ou dizes está mais bem feito ou mais bem dito do que o
que os outros fazem ou dizem;
-
querer levar sempre a tua avante;
-
discutir sem razão ou, quando a tens, insistir com teimosia e de maus modos;
-
dar a tua opinião sem ta pedirem ou sem a caridade o exigir;
-
desprezar o ponto de vista dos outros;
-
não encarar todos os teus dons e qualidades como emprestados;
-
não reconhecer que és indigno de toda a honra e estima, inclusive da terra que
pisas e das coisas que possuis;
-
citar-te a ti mesmo como exemplo nas conversas;
-
falar mal de ti mesmo, para fazerem bom juízo de ti ou te contradizerem;
-
desculpar-te quando te repreendem;
-
ocultar ao Director algumas faltas humilhantes, para que não perca o conceito
que faz de ti;
-
ouvir com complacência quem te louva, ou alegrar-te por terem falado bem de ti;
-
doer-te que outros sejam mais estimados do que tu;
-
negar-te a desempenhar ofícios inferiores;
-
procurar ou desejar singularizar-te;
- insinuar na conversa palavras de louvor
próprio, ou que dão a entender a tua honradez, o teu engenho ou destreza, o teu
prestígio profissional...;
- envergonhar-te por careceres de certos
bens... 17.
a. rodríguez
luño
2012/03/16
Bibliografia
básica:
Gioacchino
Pecci (León XIII), A prática da humildade, Nebli, Madrid 2007.
S.
Josemaria, Amigos de Deus, nn. 94-109.
S.
Josemaria, Caminho, capítulo sobre a humildade (nn. 589-613).
Angel
Rodríguez Luño, Ética General, 4ª ed., Eunsa, Pamplona 2001, pp. 163-164 (sobre
as tendências reguladas pela humildade) e 250-253 (sobre a virtude da
humildade) estas páginas não existem nas edições anteriores.
Enrique
Colom - Angel Rodríguez Luño, Scelti in Cristo per essere santi. I. Morale
fondamentale, 1ª ristampa della 3ª edizione, Edizioni Università della Santa
Croce, Roma 2008, pp. 153-154 (sobre as tendências reguladas pela humildade;
essas páginas não existem na 1ª e na 2ª edição italianas nem na edição em língua
espanhola).
Angel
Rodríguez Luño, Scelti in Cristo per essere santi. III. Morale speciale,
Edizioni Università della Santa Croce, Roma 2008, pp. 333-337 (sobre a virtude
da humildade).
Joseph
Pieper, As virtudes fundamentais, Rialp, Madrid 1980, pp. 276-281
© ISSRA, 2009 (original em espanhol
publicado em www.collationes.org)
Nota: Revisão gráfica e da
tradução por ama.
________________________________
Notas:
1
Era clássica a definição de humildade, como virtude que tem como objeto moderar
o apetite (o desejo, a tendência) da própria excelência. Não é distinto do que
se diz no texto, porque a própria excelência, refletida no juízo dos demais ou
no próprio é o objeto das duas tendências mencionadas. S. Tomás de Aquino
considera que a humildade está ligada à temperança, porque os desejos
suscitados pela própria excelência têm necessidade sobretudo de freio e
moderação, que é o formalmente caraterístico da temperança e das demais
virtudes relacionadas com ela. Cfr. S. Tomás de Aquino, Suma Teológica, II-II,
q. 161.
2
Aristóteles, Ética a Nicómaco, IV, 3:1123 b 5 ss.
3
Lc 1, 48;51-52.
4
Cfr. 1Pe 5, 5 e Tg 4, 6.
5
Mt 11,29.
6
(Fl 2, 5-11): Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus.
Sendo Ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas
aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos
homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais,
tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou soberanamente
e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de
Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua
confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor.
7
Cfr. Lc 14, 7-11.
8
Cfr. Lc 18, 9-14.
9
Cfr. Lc 18, 16-17.
10
Cfr. Mt 23.
11
Cfr. Mt 20, 24-28.
12
Cfr. 1 Cor 4, 4 e Rm 3, 27-28.
13
Cfr. Gl 6, 14.
14
Cfr. Mt 25, 24-28.
15
Jr 18, 6; cfr. 18, 1, 1-6.
16
Cfr. Rm 14 e 1 Co 8.
17
S. Josemaria, Sulco, n. 263.
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