16/05/2014

As sete palavras de Cristo na Cruz 16

Capítulo 3: O segundo fruto que se há-de colher da consideração da primeira Palavra dita por Cristo na Cruz 6

Mas pode haver alguns que continuem argumentando: não nego que devemos perdoar nossos inimigos, mas escolherei o tempo que me apraze fazê-lo, quando, em verdade, tenha quase esquecida a injustiça que me foi feita, e me tenha acalmado após o primeiro arrebatamento de indignação. Mas, quais seriam os pensamentos destes se fossem então chamados a prestar as contas finais, e fossem encontrados sem o traje da caridade, e fossem perguntados: "como entraste aqui, não tendo a veste nupcial?" 8. Por acaso não se assombrariam enquanto Nosso Senhor pronuncia sua sentença: "Atai-o de pés e mãos, e lançai-o nas trevas exteriores; aí haverá pranto e ranger de dentes." 9. Age melhor e com prudência agora, e imita a conduta de Cristo, que rezou a seu Pai, "Pai, perdoa-lhes", no momento em que era objeto de escárnios, quando o sangue caía gota a gota de seus pés e mãos, e seu corpo inteiro era presa de torturas dolorosas. Ele é o verdadeiro e único Mestre, cuja voz a devem escutar todos que não serão guiados ao erro: a Ele se referiu o Pai Eterno quando uma voz se ouviu do céu dizendo: "Ouviu-o". Nele estão "todos os tesouros da sabedoria e da ciência" de Deus 10. Se pudesses perguntar a opinião de Salomão sobre qualquer assunto, poderias com segurança ter seguido seu conselho, mas "aqui está quem é mais que Salomão" 11.

são roberto belarmino

(Tradução: Permanência, revisão ama).

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Notas:
8. Mt 22,12.
9. Mt 21,13.
10. Cl 2,3.
11. Mt 12,42.


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