Não compreendo como se possa viver
cristãmente sem sentir a necessidade de uma amizade constante com Jesus na
Palavra e no Pão, na oração e na Eucaristia. E entendo perfeitamente que, ao
longo dos séculos, as sucessivas gerações de fiéis tenham vindo a concretizar
essa piedade eucarística. Umas vezes com práticas multitudinárias, professando
publicamente a sua fé; outras, com gestos silenciosos e calados, na sagrada paz
do templo ou na intimidade do coração.
Antes de mais, devemos amar a Santa
Missa, que deve ser o centro do nosso dia. Se vivemos bem a Missa, como não
havemos depois de continuar o resto da jornada com o pensamento no Senhor, com
o desejo ardente de não nos afastarmos da sua presença, para trabalhar como Ele
trabalhava e amar como Ele amava? Aprendemos então a agradecer ao Senhor essa
sua outra delicadeza: não quis limitar a sua presença ao momento do Sacrifício
do Altar, mas decidiu permanecer na Hóstia Santa que se reserva no Tabernáculo,
no Sacrário. (Cristo que passa, n. 154)
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