A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
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35 Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão
da vida; aquele que vem a Mim não terá jamais fome, e aquele que crê em Mim não
terá jamais sede. 36 Porém, já vos disse que vós Me vistes e que não
credes. 37 Tudo o que o Pai Me dá virá a Mim; e aquele que vem a Mim
não o lançarei fora. 38 Porque desci do céu não para fazer a Minha
vontade, mas a vontade d'Aquele que Me enviou. 39 Ora a vontade
d'Aquele que Me enviou é que Eu não perca nada do que Me deu, mas que o
ressuscite no último dia. 40 A vontade de Meu Pai que Me enviou é
que todo o que vê o Filho e crê n'Ele tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei
no último dia». 41 Murmuravam então d'Ele os judeus, porque dissera:
«Eu sou o pão que desceu do céu». 42 Diziam: «Porventura não é este
aquele Jesus, filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz
Ele: Desci do céu?». 43 Jesus, replicando, disse-lhes: «Não
murmureis entre vós. 44 Ninguém pode vir a Mim se o Pai que Me
enviou não o atrair; e Eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está
escrito nos profetas: “E serão todos ensinados por Deus”. Portanto, todo aquele
que ouve e aprende do Pai, vem a Mim. 46 Não porque alguém tenha
visto o Pai, excepto Aquele que vem de Deus; Esse viu o Pai. 47 Em
verdade, em verdade vos digo: O que crê em Mim tem a vida eterna. 48
Eu sou o pão da vida. 49 Vossos pais comeram o maná no deserto e
morreram. 50 Este é o pão que desceu do céu para que aquele que dele
comer não morra. 51 Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer
deste pão viverá eternamente; e o pão que Eu darei é a Minha carne para a
salvação do mundo».
VIDA
CAPÍTULO
23.
Volta a tratar do discurso
da sua vida e diz como começou a tratar de maior perfeição e por que meios. É
proveitoso para as pessoas que dirigem almas de oração, para que saibam como se
hão-de haver nos princípios e o proveito que lhes faz saberem-nas levar.
1. Quero agora voltar
aonde deixei a narração da minha vida - pois creio me detive mais do que devia
- para que se entenda melhor o que está por dizer. Daqui por diante, é outro
livro novo, digo, outra vida nova. Até aqui era a minha, a que tenho vivido,
desde que comecei a declarar estas coisas de oração; vivia Deus em mim, ao que
me parecia, porque reconheço que me era impossível, em tão pouco tempo, sair de
tão maus costumes e obras. Seja o Senhor louvado, pois me livrou de mim mesma.
2. Começando a fugir das
ocasiões e a dar-me mais à oração, começou o Senhor a fazer-me as mercês, como
quem desejava, segundo parecia que eu as quisesse receber. Começou Sua
Majestade a dar-me, muito de ordinário, oração de quietude e muitas vezes a de
união que durava muito tempo.
Como nesses tempos tinha
acontecido haver grandes ilusões em mulheres, e enganos a que as tinha levado o
demónio, comecei a temer, pois era tão grande o deleite e a suavidade que
sentia, e muitas vezes sem o poder evitar, ainda que, por outra parte, visse em
mim uma grande segurança de que aquilo era Deus, em especial quando estava em
oração, e que saía dela muito melhorada e com mais fortaleza. Mas, em me
distraindo um pouco, tornava a temer e a pensar se o demónio quereria, fazendo
entender que aquilo era bom: suspender-me o entendimento para me tirar a oração
mental e não pudesse pensar na Paixão nem me aproveitar do entendimento. Isto
me parecia a mim maior perda, pois não o compreendia.
3. Mas, como Sua Majestade
já me queria dar luz para que não O ofendesse e conhecesse o muito que Lhe
devia, cresceu este medo de tal sorte, que me fez buscar com diligência pessoas
espirituais com quem tratar. Já tinha notícia de algumas, porque tinham vindo
aqui os da Companhia de Jesus, b a quem eu, sem conhecer a nenhum, era muito
afeiçoada, só por saber o modo de vida e oração que levavam. Mas não me achava
digna de falar-lhes, nem forte para obedecer-lhes, o que me fazia mais temer,
porque tratar com eles e ser a que era, parecia-me coisa difícil.
4. Nisto andei algum
tempo, até que, não podendo já com a muita bateria e temores que sentia em mim,
me resolvi a tratar com uma pessoa espiritual para lhe perguntar que oração era
a que eu tinha, e pedir que me esclarecesse, se ia errada, e fazer tudo o que
pudesse para não ofender a Deus. É que a falta de fortaleza, que eu via em mim
- como tenho dito -, me fazia andar tão tímida.
Que engano tão grande,
valha-me Deus! Por querer ser boa me apartava do Bem! Nisto deve-se empenhar
muito o demónio no princípio da virtude, porque eu não podia acabar de me
resolver. Sabe ele que todo o remédio duma alma está em tratar com amigos de
Deus, e assim não havia maneira de eu a isto me determinar. Esperava emendar-me
primeiro, como quando deixei a oração, e porventura nunca o faria, porque já
estava tão metida em coisitas de mau costume que não acabava de entender que
eram maus, que precisava da ajuda de outros e darem-me a mão para me levantar.
Bendito seja o Senhor que a Sua foi, enfim, a primeira.
5. Como vi ir tão adiante
meu temor, porque crescia a oração, pareceu-me que nisto haveria algum grande
bem ou grandíssimo mal. Bem entendia eu ser já coisa sobrenatural o que eu
tinha, porque algumas vezes não lhe podia resistir; e tê-lo quando eu queria,
era escusado. Pensei, para comigo, que não tinha outro remédio senão procurar
ter consciência limpa e apartar-me de toda a ocasião, embora fosse de pecados veniais,
porque, sendo espírito de Deus, claro estava o lucro; se era o demónio,
procurando eu contentar ao Senhor e não O ofender, pouco dano me podia fazer,
antes ele ficaria com perda. Determinada a isto e suplicando sempre a Deus que
me ajudasse, procurando fazer assim alguns dias, vi que a minha alma não tinha
força para, sozinha, caminhar com perfeição, em razão de algumas afeições que
tinha a coisas que bastavam para estragar tudo, embora não fossem tão más.
6. Falaram-me de um
clérigo letrado que havia neste lugar, que começava o Senhor a dar a conhecer
às pessoas pela sua bondade e boa vida. Procurei falar-lhe por meio dum
cavaleiro santo que há neste lugar. É casado, mas de vida tão exemplar e
virtuosa e de tanta oração e caridade, que em todo ele resplandecia sua bondade
e perfeição. E com muita razão, porque grande bem tem vindo a muitas almas por
meio dele, pois ainda que não o ajude seu estado, como tem tantos talentos, não
pode deixar de fazer bem com eles. É de muito entendimento e muito aprazível
para com todos. Sua conversação não é pesada, mas tão suave e amena, juntamente
com ser recta e santa, que dá grande contento aos que tratam com ele. Tudo ordena
para grande bem das almas com quem conversa e parece que não tem outra
preocupação, senão fazer por todos o que ele vê ser possível e contentar a
todos.
7. Pois este bendito e
santo homem foi, com a sua indústria, ao que me parece, o princípio para que
minha alma se salvasse. Espanta-me a sua humildade; segundo creio, há pouco
menos de quarenta anos que tem oração - não sei se são menos dois ou três - e
leva toda a vida de perfeição que, segundo parece, lhe permite o seu estado.
Tem uma mulher tão grande serva de Deus e de tanta caridade, que por ela não se
perde. Enfim, como mulher que Deus escolheu para dar a quem Ele sabia havia de
ser tão grande servo Seu. Tinha parentes seus casados com os meus. E também
tinha muita comunicação com outro grande servo de Deus, que estava casado com
uma prima minha.
8. Por esta via, procurei
que me viesse falar este Clérigo, que digo, tão servo de Deus, que era muito
seu amigo. Com este pensava eu confessar-me e ter por mestre. Pois, trazendo-o
para que me falasse, e eu com grandíssima confusão por me ver diante de homem
tão santo, dei-lhe parte da minha alma e oração. Confessar-me não quis, dizendo
estar muito ocupado e assim era. Começou com santa determinação a levar-me a
ser forte - que razão havia de o estar segundo a oração que viu que eu tinha -
para que de nenhuma maneira ofendesse a Deus.
Eu, como vi sua
determinação tão de pronto em coisitas que eu, como digo, não tinha fortaleza
para me sair logo com tanta perfeição, afligi-me e, porque vi que tomava as
coisas da minha alma como coisa que numa vez se havia de acabar, eu via que era
mister muito mais cuidado.
9. Enfim, entendi que não
era pelos meios que ele me dava por onde eu me havia de remediar, porque eram
para almas mais perfeitas; e eu, embora nas mercês de Deus estivesse adiantada,
estava muito nos princípios nas virtudes e mortificação. E creio que, se não
tratasse senão com ele, certamente nunca medraria a minha alma. A aflição que
me dava por ver que eu não fazia - nem me parece podia - o que ele me dizia,
bastava para perder a esperança e deixar tudo.
Algumas vezes me
maravilho, que sendo ele pessoa que tem graça particular para levar almas a
Deus, como o Senhor não foi servido de que entendesse a minha nem se quisesse
encarregar dela. Vejo que tudo foi para maior bem meu, para que eu conhecesse e
tratasse com gente tão santa como a da Companhia de Jesus.
10. Desta vez, ficou
combinado com este cavaleiro santo, que ele me viesse a ver algumas vezes. Aqui
se viu a sua grande humildade: querer tratar com pessoa tão ruim como eu.
Começou a visitar-me e a animar e a dizer que não pensasse que, num dia, me
havia de apartar de tudo; pouco a pouco o faria Deus. Em coisas bem levianas -
dizia-me - havia ele estado alguns anos e não as tinha podido vencer. Oh!
humildade, que grandes bens fazes onde estás e aos que se chegam a quem a tem!
Contava-me este santo (e a mim me parece que com razão lhe posso dar este nome)
fraquezas, que a sua humildade lhe fazia parecer que o eram, para meu remédio.
Vendo-as conforme ao seu estado, nem eram faltas nem imperfeições e; conforme
ao roeu, era grandíssima imperfeição tê-las.
E não digo isto sem
finalidade, porque parece que me alongo em minúcias e importa tanto para uma
alma começar a aproveitar e fazê-la voar (quando ainda não tem penas, como
dizem), que não o acreditará senão quem tiver passado por isto. E, porque espero
em Deus que V. Mercê há-de aproveitar muito, o digo aqui, pois toda a minha
salvação esteve em ele saber-me curar e ter humildade e caridade para estar
comigo e paciência para ver que em tudo eu não me emendava. Ia com discrição,
pouco a pouco, ensinando-me a maneira de vencer o demónio. Eu comecei a ter-lhe
tão grande afecto, que não havia para mim maior descanso do que os dias em que
o via, embora fossem poucos. Quando tardava, logo me afligia muito parecendo-me
que, por ser tão ruim, não me vinha ver.
11. Como ele foi
percebendo as minhas tão grandes imperfeições, e até seriam pecados (embora
depois que tratei com ele estivesse mais emendada), e como lhe disse eu as
mercês que Deus me fazia para que me esclarecesse, disse-me que não ia uma
coisa com outra, que aqueles regalos eram já de pessoas que estavam muito
adiantadas e mortificadas. Assim não podia deixar de temer muito, porque lhe
parecia mau espírito em algumas coisas (ainda que não se determinasse), mas que
pensasse bem tudo ô que entendia da minha oração e lho dissesse. E o trabalho
era que eu não sabia dizer nem pouco nem muito o que era a minha oração. É que
esta mercê, de saber compreender o que é e sabê-lo dizer, só há pouco ma deu
Deus.
12. Como me disse isto,
com o medo que eu trazia, foi grande a minha aflição e lágrimas; porque
certamente desejava contentar a Deus e não me podia persuadir que aquelas
mercês fossem do demónio, mas temia que, pelos meus grandes pecados, me cegasse
Deus para não o compreender. Lendo livros para ver se saberia dizer a oração
que tinha, achei num que se chama Subida do Monte, no que toca à união da alma
com Deus, todos os sinais que eu tinha naquele não pensar nada quando tinha
aquela oração. Marquei com uns traços as passagens que eram e dei-lhe o livro
para que ele e o outro clérigo, de quem tenho falado, santo e servo de Deus, o
vissem e me dissessem o que havia de fazer. Se assim lhes parecesse, deixaria
de todo a oração, pois, para que me havia eu de meter nesses perigos se, ao
cabo de vinte anos - ou quase que a tinha, não havia saído com outro lucro,
senão com enganos do demónio. Melhor seria, pois, não a ter; ainda que também
isto se me tornasse difícil, porque eu já tinha experiência de como ficava a
minha alma sem oração. Assim via tudo trabalhoso, como quem está metido num rio
que, para qualquer lado que vá, teme maior perigo e se está quase afogando. É
este um trabalho muito grande, e, como estes, tenho passado muitos, como direi
adiante; pois ainda que pareça que não importa, talvez seja proveitoso entender
como se há-de provar o espírito.
13. E é grande, por certo,
o trabalho que se passa e é necessário tino, em especial com mulheres, porque é
muita a nossa fraqueza e poderia chegar a muito o mal, dizendo-lhes mui
claramente que é demónio; mas sim, examiná-lo muito bem e apartá-las dos
perigos que pode haver e avisá-las em segredo para que ponham muito cuidado e o
tenham eles, porque assim convém.
Nisto falo como quem lhe
custou grande trabalho não o terem tido algumas pessoas com quem tratei da minha
oração. Perguntando uns aos outros - e isto por bem - me fizeram muito mal,
porque se têm divulgado coisas que estariam bem secretas - pois não são para
todos -, e parecia que as publicava eu. Creio que, sem culpa deles, o tem
permitido o Senhor para que eu padecesse. Não digo que diziam o que tratava com
eles em confissão; mas, como eram pessoas, as quais, por meus temores, eu dava
conta para que me esclarecessem, parecia-me a mim que o haviam de calar. Nunca
ousei, contudo, calar coisa alguma a pessoas semelhantes.
Digo, pois, que se avise
com muita discrição, animando-as e dando tempo ao tempo, que o Senhor as
ajudará, como tem feito comigo; que, se assim não fora, grandíssimo dano me
fizera, segundo sou temerosa e medrosa. Com o grande mal de coração que tinha,
espanto-me como me não fez muito mal.
14. Dando-lhe, pois, o
livro e feita a relação da minha vida e pecados, por junto, o melhor que pude
(e não em confissão por ser secular, mas dei bem a conhecer quão ruim era), os
dois servos de Deus viram, com grande caridade e amor, o que me convinha.
Chegada a resposta, que eu
com grande temor esperava e tendo pedido a muitas pessoas que me encomendassem
a Deus e eu mesma com muita oração naqueles dias, com grande aflição veio ter
comigo aquele cavaleiro santo e disse-me que, no parecer de ambos, era obra do
demónio. O que me convinha era tratar com um Padre da Companhia de Jesus, pois,
se eu o chamasse, dizendo que tinha necessidade, viria e que, em confissão
geral lhe desse conta de toda a minha vida e da minha condição, e tudo com
muita clareza. Por virtude do sacramento da confissão, lhe daria Deus mais luz;
eram muito experimentados em coisas do espírito, que não saísse do que me
dissesse, porque estava em muito perigo, se não houvesse quem me governasse.
15. A mim deu-me tanto
temor e pena, que não sabia que fazer; tudo era chorar. E, estando eu num
oratório muito aflita, e não sabendo o que havia de ser de mim, li num livro -
que parece o Senhor mo pôs nas mãos - em que São Paulo dizia: que Deus é muito
fiel, e nunca consente que os que O amam, sejam enganados pelo demónio. Isto me
consolou muito.
Comecei a tratar da minha
confissão geral e a pôr por escrito todos os males e bens; a relação da minha
vida e o mais claramente que eu entendi e soube, sem deixar nada por dizer.
Recordo-me de que, depois
que escrevi, vendo tantos males e quase nenhum bem, me deu uma aflição e
tristeza muito grande. Também me dava pena que em casa me vissem tratar com
gente tão santa como os da Companhia de Jesus, porque temia a minha ruindade e
parecia-me que ficava assim obrigada a não mais o ser e deixar-me de meus
passatempos e, se isto não fizesse, que era pior; e assim, pedi à sacristã e à
porteira que não o dissessem a ninguém. Aproveitou-me pouco, pois acertou estar
à porta, quando me chamaram, quem o dissesse por todo o convento. Que embaraços
não põe o demónio e que temores a quem se quer achegar a Deus!
16. Tratando com aquele
servo de Deus - que o era muito e bem avisado - de toda a minha alma, ele, como
quem bem entendia esta linguagem, me declarou o que era e me animou muito.
Disse ser espírito de Deus, mui conhecidamente, mas que era preciso voltar de
novo à oração, porque não ia bem fundada, nem tinha começado a entender a
mortificação (e assim era, pois até nem o nome me parece compreendia) e que de
nenhum modo deixasse a oração, antes me esforçasse muito, pois Deus me fazia
tão particulares mercês; quem sabia se, por meu meio, não quereria o Senhor
fazer bem a muitas pessoas e outras coisas. Parece que profetizou o que depois
o Senhor tem feito comigo; e que teria muita culpa se não correspondesse às
mercês que Deus me fazia.
Em tudo me parecia que
falava nele o Espírito Santo, para curar a minha alma, segundo se imprimiam
nela as suas palavras.
17. Fez-me grande
confusão. Levou-me por meios que parecia que de todo me tornava outra. Que
grande coisa é entender uma alma! Disse-me que tivesse todos os dias oração
sobre um passo da Paixão, me aproveitasse dele e não pensasse senão na
Humanidade e que resistisse àqueles recolhimentos e gostos quanto pudesse, de
modo que não lhes desse lugar, até que ele me dissesse outra coisa.
18. Deixou-me consolada e
esforçada, e o Senhor me ajudou e a ele para que entendesse a minha índole e
como me havia de governar. Fiquei determinada a não sair do que me mandasse em
coisa nenhuma; e assim fiz até hoje. Louvado seja o Senhor que metem dado graça
para obedecer a meus confessores, embora imperfeitamente. E quase sempre têm
sido destes benditos homens da Companhia de Jesus, embora os tenha seguido
imperfeitamente, como digo.
Conhecida melhoria começou
a ter a minha alma, como agora direi.
santa
teresa de jesus
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