Quando efectivamente se
quer desafogar o coração, se somos francos e simples, procuramos o conselho de
pessoas que nos amam, que nos entendem, isto é, fala-se com o pai, com a mãe,
com a mulher, com o marido, com o irmão, com o amigo. Isto já é diálogo, ainda
que, frequentemente, não se deseje tanto ouvir como desabafar, contar o que nos
acontece. Comecemos por nos comportar assim com Deus, certos de que Ele nos
ouve e nos responde; e escutá-lo-emos e abriremos a nossa consciência a uma
conversa humilde, para lhe referir confiadamente tudo o que palpita na nossa
cabeça e no nosso coração: alegrias, tristezas, esperanças, dissabores, êxitos,
fracassos e até os pormenores mais pequenos da nossa jornada, porque já então
teremos comprovado que tudo o que é nosso interessa ao nosso Pai Celestial.
Desta maneira, quase sem
darmos por isso, avançaremos com passos divinos, fortes e vigorosos, saboreando
a íntima convicção de que junto do Senhor também são agradáveis a dor, a
abnegação, os sofrimentos. Que fortaleza, para um filho de Deus, saber-se tão
perto de seu Pai! Por esta razão, aconteça o que acontecer, estou firme e
seguro contigo, meu Senhor e meu Pai, que és a rocha e a fortaleza. (Amigos
de Deus, nn. 245–246)
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