Se
não queremos desperdiçar o tempo inutilmente – nem sequer com falsas desculpas
das dificuldades exteriores do ambiente, que nunca faltaram desde o princípio
do cristianismo – devemos ter muito presente que, de um modo normal, Jesus
Cristo vinculou à vida interior a eficácia da nossa acção para arrastar os que
nos rodeiam. Cristo pôs a santidade como condição para a eficácia da acção
apostólica; corrijo-me, o esforço da nossa fidelidade, porque na terra nunca
seremos santos. Parece inacreditável, mas Deus e os homens precisam que, da
nossa parte, haja uma fidelidade sem condições, sem eufemismos, que chegue até
às últimas consequências, sem mediocridade ou concessões, em plenitude de
vocação cristã assumida e praticada com delicadeza.
Talvez
entre vocês algum esteja a pensar que me refiro exclusivamente a um sector de
pessoas selectas. Não se deixem enganar tão facilmente, movidos pela cobardia
ou pelo comodismo. Pelo contrário, que cada um sinta a urgência divina de ser
outro Cristo, ipse Christus, o próprio Cristo; em poucas palavras, a urgência
de que a nossa conduta seja coerente com as normas da fé, pois a nossa
santidade – a que temos de aspirar – não é uma santidade de segunda categoria,
que não existe. (Amigos de Deus, 5–6).
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