Para terras longínquas
A
fidelidade de Deus aviva a nossa esperança. À luz da fé, nenhum homem deveria
duvidar de que o Senhor lhe oferece o Seu amor e amizade e este fundamento da
nossa esperança é, ao mesmo tempo, estímulo para a nossa resposta fiel ao amor
de Deus.
Diversas
passagens dos Evangelhos contam como Jesus Cristo louva a fidelidade dos
homens. Assim, no elogio do administrador fiel e prudente, que espera a chegada
do seu amo, o Senhor alegra-se anunciando a recompensa dessa atitude: Feliz
esse servo a quem o senhor, ao voltar, encontrar assim ocupado. Em verdade vos
digo: Há-de confiar-lhe todos os seus bens 5.
Esta
mesma ideia aparece refletida na parábola dos talentos. São Josemaria
comentou-a repetidas vezes e via algo semelhante a uma fórmula de canonização
nas palavras dirigidas ao servo bom e fiel.
A
história começa quando um homem ao partir para fora, chamou os servos e
confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um,
a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu 6. À semelhança
desses servos, Deus pôs à disposição de cada homem um dom totalmente gratuito:
uma vida que é, ao mesmo tempo, vocação à comunhão com o Criador. No entanto,
Mateus destaca que o dom corresponde à capacidade de cada um: a um entrega
cinco talentos, porque sabe que é capaz de gerir essa quantidade; a outro, dois
e ao último, um. Deus – falando em termos humanos – utiliza “a justiça das
mães”: dá a cada um de acordo com aquilo que pode aguentar, de acordo com as
possibilidades que Ele mesmo pôs em cada pessoa.
No
nosso caso, juntamente com muitos outros dons, talvez nos tenha confiado uma
vocação, um caminho, um modo de viver na Igreja. É o talento que melhor
corresponde ao nosso ser, pois o conhecimento que Deus tem de nós é amor
criativo. Ninguém, portanto, pode pensar que Deus lhe pede demasiado, ou que se
excedeu com ele, ou que o colocou num lugar que não é o seu, ou que as suas
forças são escassas para a tarefa encomendada; a todos dá a Sua graça e dá-a na
medida em que faz falta a cada um; e, simultaneamente, Deus pede muito: tudo!
m. díez, j. morales, j. verdiá - 2012/02/27
(Cultivar
a Fé © 2013, Gabinete de Informação do Opus
Dei na Internet)
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Notas:
5
Mt 24, 46-47.
6
Mt 25, 14-15.
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