– Como devo fazer para que o meu amor a Nosso Senhor continue, para que aumente? – perguntavas-me vibrante. – Filho, ir deixando o homem velho, também com a entrega alegre daquelas coisas, boas em si mesmas, mas que impedem o desprendimento do teu eu...; dizer a Nosso Senhor, com obras e continuamente: "aqui me tens, para o que quiseres". (Forja, 117)
Volto
a levantar o meu coração em acção de graças ao meu Deus, ao meu Senhor, porque
nada o impedia de nos criar impecáveis, com um impulso irresistível para o bem;
mas julgou que seriam melhores os seus servidores se o servissem livremente .
Que grande é o amor, a misericórdia do nosso Pai! Perante esta realidade das
suas loucuras divinas pelos filhos, gostaria de ter mil bocas, mil corações
mais, que me permitissem viver num contínuo louvor a Deus Pai, a Deus Filho, a
Deus Espírito Santo. Reparem que o Todo-Poderoso, Aquele que governa o Universo
com a sua Providência, não deseja servos forçados, prefere filhos livres. (…)
Responder
negativamente a Deus, rejeitar esse princípio de felicidade nova e definitiva,
ficou nas mãos da criatura. Mas, se agir assim, deixa de ser filho e torna-se
escravo. (...)
Permitam-me
que insista sobre este ponto; é muito claro e podemos comprová-lo com
frequência à nossa volta ou no nosso próprio eu: nenhum homem escapa a algum
tipo de servidão. Uns prostram-se diante do dinheiro; outros adoram o poder;
outros a tranquilidade relativa do cepticismo; outros descobrem na sensualidade
o seu bezerro de ouro. E acontece o mesmo com as coisas nobres. Empenhamo-nos
num trabalho, numa actividade de maiores ou menores proporções, na realização
de um trabalho científico, artístico, literário, espiritual. Se há empenho, se
existe verdadeira paixão, quem a isso se entrega vive como escravo, dedica-se
com prazer ao serviço da finalidade da sua tarefa. (Amigos
de Deus, 33–34)
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