09/08/2013

Leitura espiritual para 09 Ago

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.
Evangelho: Mc 9, 9-29

9 Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado dos mortos. 10 Observaram esta ordem, mas perguntavam-se o que queria dizer “quando tiver ressuscitado dos mortos”. 11 Interrogaram-n'O dizendo: «Porque dizem os escribas que Elias deve vir primeiro?». 12 Jesus respondeu-lhes: «Elias efectivamente há-de vir primeiro e pôr tudo em ordem. Mas como é que está escrito acerca do Filho do Homem, que terá que sofrer muito e ser desprezado? 13 Pois, Eu digo-vos que Elias já veio, e fizeram dele quanto quiseram, como está escrito dele». 14 Chegando junto dos discípulos, viu uma grande multidão em volta, e os escribas a discutirem com eles. 15 E logo toda aquela multidão supreendida por ver Jesus, correu para O saudar. 16 Perguntou-lhes: «Que estais a discutir entre vós?». 17 Um de entre a multidão respondeu-Lhe: «Mestre, eu trouxe-Te meu filho que está possesso de um espírito mudo, 18 que, onde quer que se apodere dele, o lança por terra, e o menino espuma, range com os dentes, e fica rígido. Pedi aos Teus discípulos que o expulsassem e não puderam». 19 Jesus respondeu-lhes: «Ó geração incrédula! Até quando hei-de estar convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-Mo cá». 20 Trouxeram-Lho. Tendo visto Jesus, imediatamente o espírito o agitou com violência e, caído por terra, revolvia-se espumando. 21 Jesus perguntou ao pai dele: «Há quanto tempo lhe sucede isto?». Ele respondeu: «Desde a infância. 22 O demónio tem-no lançado muitas vezes no fogo e na água, para o matar; porém Tu, se podes alguma coisa, ajuda-nos, tem compaixão de nós». 23 Jesus disse-lhe: «Se podes...! Tudo é possivel a quem crê».24 Imediatamente o pai do menino exclamou: «Eu creio! Auxilia a minha falta de fé». 25 Jesus, vendo aumentar a multidão, ameaçou o espírito imundo, dizendo-lhe: «Espírito mudo e surdo, Eu te mando, sai desse menino e não voltes a entrar nele!». 26 Então, dando gritos e agitando-se com violência, saiu dele, e o menino ficou como morto, tanto que muitos diziam: «Está morto». 27 Porém, Jesus, tomando-o pela mão, levantou-o, e ele pôs-se em pé. 28 Depois de ter entrado em casa, Seus discípulos perguntaram-Lhe em particular: «Porque o não pudemos nós expulsar?». 29 Respondeu-lhes: «Esta casta de demónios não se pode expulsar senão mediante a oração».



JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR

Iniciação à Cristologia

PRIMEIRA PARTE

A PESSOA DE JESUS CRISTO

Capítulo IV

O MISTÉRIO DA UNIDADE PESSOAL DE JESUS CRISTO

2. Algumas explicações sobre o mistério da unidade ontológica de Cristo

c) A natureza humana de Cristo é íntegra e perfeita, mas não é uma pessoa humana, nem é um sujeito diferente do Verbo

    O Filho de Deus assumiu uma verdadeira e perfeita natureza humana individual, composta de corpo e alma, e é em verdadeiramente homem. Daí surgiu que alguns conceberam a natureza humana de Cristo como um sujeito humano diferente da pessoa do Verbo, ainda que não o chamassem «pessoa», mas só «hypóstasis».
    Contra estes, o quinto concílio ecuménico, II de Constantinopla, no ano 553 «confessou a propósito de Cristo: ‘Não há mais que uma só hypóstasis (ou pessoa), que é Nosso Senhor Jesus Cristo, uno da Trindade’ (DS, 424). Portanto, tudo na humanidade de Jesus Cristo deve ser atribuído à sua pessoa divina como seu próprio sujeito (cf. Conc. Éfeso: DS, 255), não somente os milagres mas também os sofrimentos (cf. DS, 424) e a própria morte: ‘O que foi crucificado na carne, nosso Senhor Jesus Cristo, é verdadeiro Deus, Senhor da glória e uno da santíssima Trindade’ (DS, 432)» [i].
    A natureza humana de Jesus Cristo, ainda que real, criada, individual e concreta, não é uma hypóstasis ou uma pessoa humana, pois não é um subsistente, não é um todo completo em si mesmo que exista independentemente do outro, já que pertence propriamente ao Verbo que a assumiu, e foi levada de forma inefável à união do ser pessoal do Filho de Deus que pré-existia à união. De modo que o Filho de Deus, uno da santíssima Trindade, é o único subsistente, sujeito ou pessoa, na sua natureza divina e na sua natureza humana.
    Afirmar que a humanidade de Cristo não é pessoa humana não significa diminuir ou tirar algo da verdadeira e real índole humana de Nosso Senhor, já que essa natureza á completa e perfeita, e não lhe falta nada que seja próprio dela. E tampouco rebaixa a condição e dignidade da sua humanidade o facto de não existir por si mesma e não constituir uma pessoa humana, mas sim, pelo contrário, «a natureza humana é em Cristo mais digna que em nós, porque no nosso caso ao existir por si tem a suam própria personalidade, todavia em Cristo existe a pessoa do Verbo» [ii].

d) A pessoa de Jesus Cristo é divina, eterna e imutável na sua Encarnação e não formada pela união das naturezas: é pessoa do Filho de Deus

    Já sabemos que só se encarnou a segunda pessoa da Santíssima Trindade, o Filho de Deus, como nos ensina a revelação e a fé da Igreja: as três pessoas divinas fizeram que a natureza humana se unisse á pessoa singular do Filho de Deus [iii].
    A Encarnação não supôs mudança alguma no Filho de Deus, que é imutável, como tampouco o supôs a criação. Somente se dá a mudança na natureza humana: inovação que consiste no facto de começar a existir elevada inefavelmente à união pessoal com o Verbo. A pessoa divina não adquiriu nenhuma perfeição nova, porque possui todas as perfeições da natureza humana, contidas de forma muito mais excelente na sua natureza divina.
   A fé ensina-nos que a pessoa de Cristo é a pessoa eterna do Filho Unigénito de Deus. E o Verbo, desde antes dos séculos, tem o seu ser pessoal por geração eterna de Deus Pai. Portanto, a pessoa de Cristo não é causada pela união das duas naturezas, mas sim é eterna. Cristo não «é» ou existe pela sua natureza humana, mas sim que por ela «é homem». A pessoa de Cristo, depois da Encarnação, subsiste sem mudança alguma nas duas naturezas, mas não é formada por composição ou pela união de ambas.
Como consequência, a filiação de Jesus no que respeita a seu Pai não é adoptiva como a dos outros homens, mas si que é Filho de Deus por natureza, o Unigénito, o próprio Filho do Pai, pois d’Ele recebeu o seu ser pessoal por geração eterna[iv]

3. A concepção subjectivista da pessoa e a sua incidência na cristologia

    Com a mudança produzida por Descartes no pensamento filosófico modificou-se também o conceito de pessoa. Se anteriormente se definia a pessoa em ordem da realidade e do ser, a partir deste autor tentar-se-á definir a partir da subjectividade; p. ex. como a auto consciência do próprio eu e do próprio psiquismo (no qual se contem toda a realidade pessoal), ou antes como a abertura e capacidade de relação com outro tu.
Quando se aplicam estas teorias subjectivistas a Cristo suscitar-se-á imediatamente o problema de imaginar em Jesus uma pessoa humana distinta do Verbo. Com efeito, se o que constitui e define a pessoa é a sua auto consciência, a humanidade de Cristo – que tem consciência da sua vida psíquica – será um sujeito humano.

a) Algumas teorias recentes sobre a personalidade de Jesus Cristo

    Nessa linha de pensamento, alguns autores explicam que a personalidade consiste na abertura da consciência humana ao ser em geral, que no fundo é uma abertura ao infinito, quer dizer, a Deus. Por isso afirmam que em Cristo haveria um centro de consciência humano referido a outro centro de consciência divino; quer dizer, n’Ele encontraríamos duas subjectividades: uma divina (Deus) e outra humana (Cristo), ao que alguns autores chamam abertamente pessoa humana.
    Então, como pode dar-se, em Cristo, uma unidade entre o humano e o divino? Como expressam anuidade entre essas duas subjectividades? – tentam explicá-la pelas operações existentes entre os dois centros de consciência: pelo conhecimento que essa pessoa humana tenha da divindade e pela comunicação ou revelação de si que Deus faça a essa pessoa humana. E assim dizem que «toda a realidade de Jesus» reside no facto de que a sua subjectividade humana está totalmente aberta ao infinito, em completa obediência ao Pai; e por isso pode receber a total auto doação de Deus que se revela plenamente: assim pois, Jesus será um ser humano no qual tem lugar a revelação suprema de Deus.

b) Crítica destas teorias

    Estas teorias reduzem a cristologia a uma simples antropologia: Cristo seria uma simples pessoa humana igual a nós, um homem que tem uma relação mais intensa coma divindade, um homem especialmente santo; e não se poderia dizer com verdade que Jesus Cristo é Deus feito homem, tal como ensina a fé.
    Essas teorias, além do mais, sustentam uma antropologia insuficiente que reduz a realidade de um ser a um dos seus actos: a pessoa seria as simples consciência de si. O que é um erro, pois toda a operação vital – como o é a consciência – requer um sujeito operante, que é a pessoa. Portanto a pessoa não se identifica com a sua consciência, nem se constitui por ela: a pessoa é quem tem essa consciência de si.
    Por isso a Congregação para a Doutrina da Fé, em 1972, contestou esses erros como opostos à fé[v].

4. Modos de expressar a realidade do mistério da união hipostática

   Sabemos que o Filho de Deus fez suas as propriedades da natureza humana e fez participe a humanidade assumida da dignidade da sua pessoa; de modo que ao expressar o mistério da Encarnação dá-se uma espécie de comunicação de propriedades entre o humano e o divino, o que se denominou com uma locução de origem grega, communicatio idiomatum. Por exemplo, quando São Pedro diz aos judeus: «Matastes o autor da vida» (Act 3,15); ou quando São Paulo diz: «Se tivessem conhecido (a Sabedoria de Deus), nunca teriam crucificado o senhor da glória» (1 Cor 2,8). Em ambos os casos atribuem-se a Deus propriedades humanas (como morrer ou ser crucificado).
    Neste campo, há uns modos de falar sobre Cristo que são adequados, mas outros podem ser ambíguos ou erróneos. Portanto, devemos cuidar a precisão da linguagem para nos expressar convenientemente; para isto vejamos algumas regras elementares que devemos observar nas nossas expressões sobre o mistério de Jesus Cristo.

a) Unicamente à pessoa de Cristo há que atribuir todas as propriedades e acções tanto da sua natureza divina como as da sua natureza humana.

    Como a pessoa de Cristo é o sujeito que subsiste nas duas naturezas, podem e devem-se atribuir a essa pessoa todas as propriedades e acções da natureza divina e da natureza humana, que realmente são suas e lhe pertencem.
    Tenhamos em conta que normalmente nomeamos a pessoa subsistente por meio de nomes concretos: o Verbo, Deus, o Filho de Deus, Jesus de Nazaré, Cristo, o Filho do homem, este homem, etc.
    Assim podemos dizer que Deus nasceu de Maria Virgem, ou que o Filho de Deus morreu por nós. E também podemos dizer que Jesus é Deus, é a Verdade e ávida, que por Ele se criaram todas as coisas, ou que existe antes de Abraão. E assim o confessa o símbolo Niceno-Constatinopolitano: «Creio num só Senhor, Jesus Cristo, Filho único de Deus, nascido do pai antes de todos os séculos (…) por quem tudo foi feito; que por nós, os homens (…) encarnou em Maria, a Virgem, e se fez homem; e por nossa causa foi crucificado em tempos de Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e subiu ao céu».

b) Não se podem atribuir a uma natureza de Cristo as propriedades e acções de outra

    Como depois da união hipostática as duas naturezas de Cristo permanecem distintas e sem confusão, não se podem pregar ou atribuir a uma natureza as propriedades ou acções da outra.
    Tenhamos em conta que normalmente designamos as naturezas em si mesmas, e não a pessoa dessa natureza, com os nomes abstractos que qualificam o seu modo de ser: p. ex. a divindade, a humanidade.
    Assim, não se pode dizer de modo algum que a divindade nasceu no tempo, ou que era passível, ou que morreu por nós. Como tampouco se pode dizer que a humanidade de Cristo é incriada, eterna, omnipotente, ou que era impassível.

    Mas também temos de ter em conta outro modo de significar as naturezas: a reduplicação. Os nomes que significam a natureza em concreto (p. ex. Deus, homem), que em princípio significariam a pessoa, se usarmos a reduplicação (p. ex. Jesus Cristo, enquanto Deus; ou o Filho de Deus, enquanto é homem), neste caso designam propriamente a natureza (a divina ou a humana), e não a pessoa.
    Desta forma podemos dizer que o Filho de Deus, enquanto homem, é inferior ao Pai, é criatura, o que morreu na cruz. E também podemos dizer que Jesus, enquanto Deus, é eterno, igual ao Pai, não foi feito.
    Em alternativa, não se pode dizer que Jesus, enquanto Deus, nasceu em Belém; ou que Cristo, enquanto homem, é o Criador, ou é uma pessoa.
    Em resumo, ainda que todas as propriedades e acções das duas naturezas se injustamente à única pessoa de Cristo, para evitar equívocos e locuções confusas, muitas vezes convém distinguir a razão dessa atribuição: umas atribuem-se-lhe segundo a sua natureza divina (p. ex. Jesus Cristo é o Criador de todas as coisas enquanto Deus), e outras segundo a sua natureza humana (p. ex. é filho de Maria enquanto homem).
Vicente Ferrer Barriendos

(trad do original castelhano por ama)

Bibliografia:
Alguns documentos do Magistério da Igreja

JOÃO PAULO II, Enc. Redemptor hominis, 1979.
JOÃO PAULO II, Catequesis sobre el Credo, em Creo en Jesucristo, Pa­labra, Madrid 1996.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Mysterium Filii Dei, 1972.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Instr. Libertatis nun­tius, 1984.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Instr. Libertatis cons­cientia, 1986.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Dominus Iesus, 2000.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, p. I, secção 2, cap. 2, nn. 422-682.
CONFERENCIA EPISCOPAL ESPANHOLA, COMISSÃO EPIS­COPAL PARA A DOUTRINA DA FÉ, Cristo presente na Igreja. Nota doutrinal sobre algumas questões cristológicas e im­plicações eclesiológicas, 1992.

Relação de abreviaturas:

Sagrada Escritura

Am                  Amos
Ap                    Apocalipse
Col                   Epístola aos Colossenses
1 Cor               Primeira Epístola aos Coríntios
2 Cor               Segunda Epístola aos Coríntios
1 Cro               Livro I das Crónicas e Paralipómenos
2 Cro               Livro II das Crónicas e Paralipómenos
Dan                  Daniel
Dt                    Deuteronómio
Ef                     Epístola aos Efésios
Ex                    Êxodo
Ez                    Ezequiel
Flp                   Epístola aos Filipenses
Gal                   Epístola aos Gálatas
Gen                 Génesis
Act                   Actos dos Apóstolos
Heb                 Epístola aos Hebreus
Is                     Isaías
Jb                    Job
Jer                   Jeremias
Jo                    Evangelho de São João
1 Jo                 Primeira Epístola de São João
2 Jo                 Segunda Epístola de São João
3 Jo                 Terceira Epístola de São João
Lc                    Evangelho de São Lucas
Lv                    Levítico
Mal                   Malaquias
Mc                   Evangelho de São Marcos
Miq                  Miqueias
Mt                    Evangelho de São Mateus
Os                    Oseias
1 Pd                 Primeira Epístola de São Pedro
2 Pd                 Segunda Epístola de São Pedro
Qo                   Livro de Qohélet (Eclesiastes)
1 Re                 Livro I dos Reis
2 Re                 Livro II dos Reis
Rom                Epístola aos Romanos
Sab                  Livro da Sabedoria
Sal                   Salmos
1 Sam              Livro I de Samuel
2 Sam              Livro II de Samuel
Tg                    Epístola de São Tiago
Sir                    Livro de Bem Sirá (Eclesiástico)
1 Tes               Primeira Epístola aos Tesalonicenses
2 Tes               Segunda Epístola aos Tesalonicenses
1 Tim               Primeira Epístola a Timóteo
1 Tim               Senda Epístola a Timóteo
Tit                    Epístola a Tito
Zc                    Zacarias

Outras siglas empregues

a.                     Artigo
Cap.                 Capítulo
CCE                  Catecismo da Igreja Católica (Cathecismus Catholicae Ecclesiae)
cf.                    Confira-se
Conc.               Concílio
Congr.             Congregação
Const.              Constituição
Decl.                Declaração
DS                   Enchiridion Symbolorum de Dezinguer-Schönmetzer
DV                   Constituição Dogmática Dei Verbum do Concílio Vaticano II
Enc.                 Encíclica
GS                   Constituição dogmática Gaudium et spes do Concílio Vaticano II
LG                    Constituição dogmática Lumen gentium do Concílio Vaticano II
p. / pp.            Página / páginas
p. ex.               Por exemplo
p.                     Pergunta
s. / ss.             Seguinte / Seguintes
S. Th.               Summa Theologiae de São Tomás de Aquino
t.                     Tomo





[i] CCE, 468.
[ii] S. Th. III, 2,2, ad. 2.
[iii] S. Th. III,2,2 ad 2.
[iv] Cf. DS, 595; 611; 619; 852. Entenderemos melhor esta verdade se tivermos presente que a filiação é uma relação de uma pessoa no que respeita a outra que a engendrou e lhe comunicou a sua natureza específica. Assim, a Filiação Divina  adoptiva é e relação do homem que recebeu a vida divina participada, a graça, respeitante a Deus que lha comunicou. Esta filiação adoptiva «não é uma qualidade sobrenatural» recebida de Deus que transforme o homem fazendo-o divino por participação, como o é a graça santificante, mas a subseguinte «relação» da pessoa que essa vida sobrenatural respeitante a Deus.
[v] Cf. CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Declaração, O mistério oi Filho de Deus, 3.

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