Tempo comum XIX Semana |
Evangelho: Lc 12, 35-38
35 «Estejam cingidos os
vossos rins e acesas as vossas lâmpadas. 36 Fazei como os homens que
esperam o seu senhor quando volta das núpcias, para que, quando vier e bater à
porta, logo lha abram. 37 Bem-aventurados aqueles servos, a quem o
senhor quando vier achar vigiando. Na verdade vos digo que se cingirá, os fará
pôr à sua mesa e, passando por entre eles, os servirá. 38 Se vier na
segunda vigília, ou na terceira, e assim os encontrar, bem-aventurados são
aqueles servos.
Comentário:
Temos de estar vigilantes e
atentos à obra da salvação que se realiza em nós, porque é com admirável
subtileza e com a delicadeza de uma arte divina que o Espírito Santo realiza
continuamente esta obra no mais íntimo do nosso ser. Que esta unção que tudo
nos ensina não nos seja retirada sem que tenhamos consciência disso, e que a
sua vinda não nos apanhe desprevenidos. Pelo contrário, convém-nos estar
permanentemente atentos, com o coração totalmente aberto, para recebermos esta
bênção generosa do Senhor. Com que disposições quer o Espírito encontrar-nos?
“Sede como os servos que esperam o seu senhor, quando ele regressa das
núpcias”. Ele nunca regressa de mãos vazias da mesa celeste, com todas as
alegrias que esta prodigaliza.
Temos, pois, de velar, e de
velar em todo o momento, porque nunca sabemos a que horas virá o Espírito, nem
a que horas voltará a partir. O Espírito vai e vem (Jo 3, 8); se, graças à Sua
presença, nos mantemos de pé, quando Ele Se retira caímos inevitavelmente, mas
sem nos magoarmos, porque o Senhor nos sustenta com a Sua mão. E o Espírito não
cessa de comunicar esta alternância de presença e ausência aos que são
espirituais, ou antes, àqueles que tem a intenção de tornar espirituais. É por
isso que os visita de madrugada, pondo-os em seguida subitamente à prova.
(S. Bernardo, Sermão sobre o Cântico dos Cânticos, nº
17, 2)
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