Art. 6 — Se a juventude e a embriaguez são causas da esperança.
(Infra,
q. 45, a . 3).
O
sexto discute-se assim. — Parece que a juventude e a embriaguez não são causas
da esperança.
2.
Demais — O que aumenta o poder é por excelência causa da esperança, como já se
disse 2. Ora, a juventude e a embriaguez implicam falta de firmeza.
Logo, não são causas da esperança.
3.
Demais — A experiência é causa da esperança, como já se disse 3.
Ora, aos jovens falta a experiência. Logo, a juventude não é causa da
esperança.
Mas,
em contrário, diz o Filósofo, que estavam ébrios de esperança no sucesso 4,
e que, os jovens têm esperanças no sucesso 5.

Ora,
duas destas condições também existem nos ébrios, a saber, o ardor e a multiplicação
dos espíritos, por causa do vinho, e a inconsideração dos perigos e das
deficiências próprias. E pela mesma razão também todos os estultos e os que
agem sem deliberação tentam tudo e vivem cheios de esperança.
DONDE
A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Embora os jovens e os ébrios não tenham a
firmeza, realmente, têm-na contudo, segundo a estimativa deles, pois julgam terem
certamente de conseguir o que esperam.
E
semelhantemente, devemos responder à segunda objecção, que os jovens e os
ébrios têm, por certo, falta de firmeza, na realidade das coisas, mas, como não
conhecem as suas deficiências, julgam terem firmeza.
RESPOSTA
À SEGUNDA. — Não só a experiência, mas também a inexperiência é, de certo modo,
causa da esperança, como já dissemos 8.
Nota:
Revisão da tradução portuguesa por ama.
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Notas:
1. Heb. 6, 19.
2. Q. 40, a. 5.
3. Q. 40, a. 5.
4. III Ethic. (lect. XVII).
5. II Rhetoric. (cap. XII).
6. II Rhetoric. (ibid).
7. Q. 40, a. 1.
8. Q. 40, a. 5, ad 3.
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