4. A castidade no matrimónio
A
grandeza do acto pelo qual o homem e a mulher cooperam livremente com a acção
criadora de Deus exige estritas condições morais, justamente devido à
importância antropológica que possui: a capacidade de gerar uma nova vida
humana chamada à eternidade. É este o motivo pelo qual o homem não deve separar
voluntariamente as dimensões unitiva e procriativa do referido acto, como é o
caso da contracepção 15.
Os
esposos castos saberão descobrir os momentos mais adequados para viver a união
corporal, de modo que reflicta sempre, em cada acto, o que o dom de si
significa 16.
Diferentemente
da dimensão procriadora, que se pode actualizar de modo verdadeiramente humano
somente através do acto conjugal, a dimensão afectiva e unitiva própria desse
acto pode e deve manifestar-se de muitos outros modos. Isto explica que, se
devido a determinadas condições de saúde ou de outro tipo, os esposos não podem
realizar a união conjugal, ou decidem que é preferível abster-se temporariamente
(ou definitivamente em situações especialmente graves) do acto próprio do
matrimónio, podem e devem continuar a actualizar esse dom de si, que faz
crescer o amor verdadeiramente pessoal, do qual a união dos corpos é
manifestação.
pablo requena
Bibliografia básica:
Catecismo da Igreja Católica,
2331-2400.
Bento XVI, Enc. Deus Caritas est,
25-XII-2005, 1-18.
João Paulo II, Ex. Ap. Familiaris
Consortio, 22-XI-1981.
Leituras recomendadas:
S. Josemaria, Homilia «Porque verão a
Deus», em Amigos de Deus, 175-189; «O matrimonio, vocação cristã», em Cristo
que Passa, 22-30.
Congregação para a Doutrina da Fé,
Decl. Persona Humana, 29-XII-1975.
Congregação para a Educação Católica,
Orientações educativas sobre o amor humano, 1-XI-1983.
Conselho Pontifício para a Família,
Sexualidade Humana: Verdade e Significado, 8-XII-1995.
Conselho Pontifício para a Família,
Lexicon de términos ambiguos y discutidos sobre familia, vida y cuestiones
éticas (2003). (Tem especial interesse para os pais e educadores a entrada
«Educación sexual» de Aquilino Polaino-Lorente).
(Resumos da Fé cristã: © 2013,
Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
______________________
Notas:
14
João Paulo II, Familiaris Consortio, 11.
15
Na fecundação artificial também se produz a ruptura entre estas dimensões
próprias da sexualidade humana, como ensina claramente a Instrução Donum Vitae
(1987).
16
Como ensina o Catecismo, o prazer que deriva da união conjugal é algo bom e
querido por Deus (cf. Catecismo, 2362).
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