5. A defesa da paz
«Por causa dos males e injustiças que
toda a guerra traz consigo, a Igreja exorta instantemente a todos para que orem
e actuem para que a Bondade divina nos livre da antiga escravidão da guerra
(cf. Concílio do Vaticano II, Const. past. Gaudium et Spes, 81, 4)» (Catecismo,
2307).
Existe a «legítima defesa pela força
das armas». Mas «a gravidade duma tal decisão submete-a a condições rigorosas
de legitimidade moral» (Catecismo, 2309) 25.
«As injustiças, as excessivas
desigualdades de ordem económica ou social, a inveja, a desconfiança e o
orgulho que grassam entre os homens e as nações, são uma constante ameaça à paz
e provocam as guerras. Tudo o que se fizer para superar estas desordens contribui
para edificar a paz e evitar a guerra» (Catecismo, 2317).
«Ama a tua pátria: o patriotismo é uma
virtude cristã. Mas, se o patriotismo se converte num nacionalismo que leva a
encarar outros povos, outras nações, com desinteresse, com desprezo – sem caridade
cristã nem justiça –, é um pecado» 26.
pau agulles simó
Bibliografia
básica:
Catecismo
da Igreja Católica, 2258-2330.
João
Paulo II, Enc. Evangelium Vitae, 25-III-95, cap. III.
Leituras
recomendadas:
L.
Ciccone, La vita umana, Ares, Milano 2000.
L.
Melina, Corso di Bioetica. Il Vangelo della Vita, Piemme, Casale Monferrato
1996.
(Resumos da Fé cristã: © 2013,
Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
___________________________
Notas:
24
Cf. S. Josemaria, Cristo que Passa, 124.
25
«É necessário, ao mesmo tempo:
- que o prejuízo causado pelo agressor à nação
ou comunidade de nações seja duradouro, grave e certo;
- que todos os outros meios de lhe pôr fim se
tenham revelado impraticáveis ou ineficazes;
- que estejam reunidas condições sérias de
êxito;
- que o emprego das armas não traga consigo
males e desordens mais graves do que o mal a eliminar. O poder dos meios
modernos de destruição tem um peso gravíssimo na apreciação desta condição.
Estes
são os elementos tradicionalmente apontados na doutrina da chamada “guerra
justa”.
A
apreciação destas condições de legitimidade moral pertence ao juízo prudencial
daqueles que têm o encargo do bem comum» (Catecismo, 2309). Além disso, «é-se
moralmente obrigado a resistir às ordens para praticar um genocídio»
(Catecismo, 2313).
«A
corrida aos armamentos não garante a paz. Longe de eliminar as causas da
guerra, corre o risco de as agravar. O dispêndio de fabulosas riquezas na
preparação de armas sempre novas impede que se auxiliem as populações
indigentes, e trava o desenvolvimento dos povos» (Catecismo, 2315). «A corrida
aos armamentos é um terrível flagelo para a humanidade e prejudica os pobres
dum modo intolerável» (Concílio Vaticano II, Const. Gaudium et Spes, 81). As
autoridades têm o direito e o dever de regulamentar a produção e o comércio de
armas (cf. Catecismo, 2316).
26
S. Josemaria, Sulco, 315. Cf. S. Josemaria, Forja, 879; Caminho, 525.
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