Tu...
soberba? – De quê? (Caminho, 600)
Quando
o orgulho se apodera da alma, não é estranho que atrás dele, como pela arreata,
venham todos os vícios: a avareza, as intemperanças, a inveja, a injustiça. O
soberbo procura inutilmente arrancar Deus – que é misericordioso com todas as
criaturas – do seu trono para se colocar lá ele, que actua com entranhas de
crueldade.
Temos
de pedir ao Senhor que não nos deixe cair nesta tentação. A soberba é o pior
dos pecados e o mais ridículo. Se consegue atormentar alguém com as suas
múltiplas alucinações, a pessoa atacada veste-se de aparências, enche-se de
vazio, envaidece-se como o sapo da fábula, que inchava o papo, cheio de
presunção, até que rebentou. A soberba é desagradável, mesmo humanamente,
porque o que se considera superior a todos e a tudo está continuamente a contemplar-se
a si mesmo e a desprezar os outros, que lhe pagam na mesma moeda, rindo-se da
sua fatuidade. (Amigos de Deus, 100)
A
vossa vocação humana é uma parte da vossa vocação divina
Jesus,
nosso Senhor e nosso Modelo, crescendo e vivendo como um de nós, revela-nos que
na existência humana – a tua –, as ocupações correntes e vulgares têm um
sentido divino, de eternidade. (Forja, 688)
A
fé e a vocação de cristãos afectam toda a nossa existência e não só uma parte
dela. As relações com Deus são necessariamente relações de entrega e assumem um
sentido de totalidade. A atitude de um homem de fé é olhar para a vida, em
todas as suas dimensões, com uma perspectiva nova: a que nos é dada por Deus.
Vós,
que hoje celebrais comigo esta festa de S. José, sois todos homens dedicados ao
trabalho em diversas profissões humanas, formais diversos lares, pertenceis a
diferentes nações, raças e línguas. Adquiristes formação em centros de ensino,
em oficinas ou escritórios, tendes exercido durante anos a vossa profissão,
estabelecestes relações profissionais e pessoais com os vossos companheiros,
participastes na solução dos problemas colectivos das vossas empresas e da
sociedade.
Pois
bem: recordo-vos, mais uma vez, que nada disso é alheio aos planos divinos. A
vossa vocação humana é uma parte, e parte importante, da vossa vocação divina.
Esta
é a razão pela qual vos haveis de santificar, contribuindo ao mesmo tempo para
a santificação dos outros, vossos iguais, precisamente santificando o vosso
trabalho e o vosso ambiente: a profissão ou ofício que enche os vossos dias,
que dá fisionomia peculiar à vossa personalidade humana, que é a vossa maneira
de estar no mundo: o vosso lar, a vossa família; e a nação em que nascestes e
que amais. (Cristo que passa, 46)
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