TEMA 18. O Baptismo e a
Confirmação 7
Confirmação 2
2. Significação litúrgica
e efeitos sacramentais
O
crisma, composto de azeite e bálsamo, é consagrado pelo bispo ou patriarca, e
só por ele, durante a missa crismal de quinta-feira santa. A unção do
confirmando com o santo crisma é sinal da sua consagração. «Pela Confirmação,
os cristãos, quer dizer, os que são ungidos, participam mais na missão de Jesus
Cristo e na plenitude do Espírito Santo de que Ele está repleto, a fim de que
toda a sua vida espalhe “o bom odor de Cristo” (cf. 2 Cor 2, 15).
Por esta unção, o confirmando recebe “a marca”, o selo do Espírito Santo» (Catecismo,
1294-1295).
Esta
unção é liturgicamente precedida – quando se realiza separadamente do Baptismo
– da renovação das promessas do Baptismo e a profissão de fé dos confirmandos.
«Assim se evidencia claramente que a Confirmação se situa na continuação do
Baptismo» (Catecismo, 1298). Na liturgia romana, continua-se com a
extensio manuum para todos os confirmandos do bispo, enquanto se pronuncia uma
oração em voz alta de grande conteúdo epiclético (isto é, de invocação e
súplica). Chega-se assim ao rito especificamente sacramental, que se realiza
«pela unção do santo crisma sobre a fronte, feita com a imposição da mão, e por
estas palavras: “Accipe signaculum doni Spiritus Sancti – Recebe por este sinal
o Espírito Santo, o Dom de Deus”». Nas igrejas orientais, a unção faz-se sobre
as partes mais significativas do corpo, acompanhada cada uma pela fórmula:
«Selo do dom que é o Espírito Santo» (Catecismo, 1300). O rito
termina com o beijo da paz, como manifestação da comunhão eclesial com o bispo (cf.
Catecismo, 1301).
Assim,
a Confirmação possui uma unidade intrínseca com o Baptismo, mesmo que não se
expresse necessariamente no mesmo ricto. Com ela, o património baptismal do
candidato completa-se com os dons sobrenaturais característicos da maturidade
cristã. A Confirmação é dada uma só vez, pois «imprime na alma uma marca
espiritual indelével, o “carácter”, que é sinal de que Jesus Cristo marcou um
cristão com o selo do seu Espírito, revestindo-o da fortaleza do Alto, para que
seja sua testemunha» (Catecismo, 1304). Através dela, os cristãos
recebem com particular abundância os dons do Espírito Santo, ficam mais
estreitamente vinculados à Igreja, «e deste modo ficam obrigados a difundir e
defender a fé por palavras e obras» 3.
philip goyret
Bibliografia
básica:
Catecismo
da Igreja Católica, 1212-1321.
Compêndio
do Catecismo da Igreja Católica 251-270.
(Resumos da Fé cristã: © 2013,
Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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Notas:
3
Concílio Vaticano II, Const. Lumen Gentium, 11.
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