TEMA 18. O Baptismo e a
Confirmação 3
Baptismo 3
3. Necessidade
A
catequese neotestamentária afirma categoricamente de Cristo que «não há no Céu
outro nome dado aos homens pelo qual sejamos salvos». E visto que ser
«baptizados em Cristo» equivale a ser «revestido de Cristo» (Gl 3, 27),
devem entender-se com toda a sua força aquelas palavras de Jesus segundo as
quais «quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será
condenado» (Mc 16, 16). Daqui deriva a fé da Igreja sobre a
necessidade do Baptismo para a salvação.
Deve-se
entender esta última afirmação segundo a cuidadosa formulação do Magistério: «O
Baptismo é necessário para a salvação de todos aqueles a quem o Evangelho foi
anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sacramento (cf. Mc
16, 16). A Igreja não conhece outro meio a não ser o Baptismo para
garantir a entrada na bem-aventurança eterna. Por isso, tem cuidado em não
negligenciar a missão que recebeu do Senhor de fazer “renascer da água e do
Espírito” todos os que podem ser baptizados. Deus ligou a salvação ao
sacramento do Baptismo; mas Ele próprio não está prisioneiro dos seus
sacramentos» (Catecismo, 1257).
Com
efeito, existem situações especiais nas quais os principais frutos do Baptismo
se podem adquirir sem a mediação sacramental. Mas precisamente porque não há
signo sacramental, não existe a certeza da graça conferida. O que a tradição
eclesial chamou Baptismo de sangue e Baptismo de desejo não são «actos
recebidos», mas um conjunto de circunstâncias que concorrem num sujeito,
determinando as condições para que se possa falar de salvação. Entende-se assim
«a firme convicção de que aqueles que sofrem a morte por causa da fé, sem terem
recebido o Baptismo, são baptizados pela sua morte por Cristo e com Cristo» (Catecismo,
1258). De modo análogo, a Igreja afirma que «todo o homem que, na
ignorância do Evangelho de Cristo e da sua Igreja, procura a verdade e faz a
vontade de Deus conforme o conhecimento que dela tem, pode salvar-se. Podemos
supor que tais pessoas teriam desejado explicitamente o Baptismo se dele
tivessem conhecido a necessidade» (Catecismo, 1260).
As
situações de Baptismo de sangue e de desejo não incluem as crianças mortas sem
Baptismo. A essas, «a Igreja não pode senão confiá-las à misericórdia de Deus,
como o faz no rito do respectivo funeral. De facto, a grande misericórdia de
Deus, “que quer que todos os homens se salvem” (1 Tm 2, 4) (...)
permite-nos esperar que haja um caminho de salvação para as crianças que morrem
sem Baptismo» (cf. Catecismo, 1261).
philip goyret
Bibliografia
básica:
Catecismo
da Igreja Católica, 1212-1321.
Compêndio
do Catecismo da Igreja Católica 251-270.
(Resumos da Fé cristã: © 2013,
Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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