1. Creio no Espírito Santo
2
1.2. A Missão do Espírito
Santo
A
Terceira Pessoa da Santíssima Trindade age juntamente com o Pai e Filho, desde
o princípio até à consumação do desígnio da nossa salvação; mas nos “últimos
tempos”, inaugurados com a Encarnação redentora do Filho, na qual que Ele é
revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa (cf. Catecismo, 686). Por
obra do Espírito, o Filho de Deus tomou carne nas entranhas puríssimas da
Virgem Maria. O Espírito ungiu-o desde o início; por isso Jesus Cristo é o
Messias desde o início da sua humanidade, quer dizer, desde a própria
Encarnação (cf. Lc 1, 35). Jesus Cristo revela o Espírito no seu ensino,
cumprindo a promessa feita aos antepassados (cf. Lc 4, 18s), e comunica-O à
Igreja nascente, soprando sobre os Apóstolos depois da Ressurreição (cf.
Compêndio, 143). No Pentecostes, o Espírito foi enviado para permanecer desde
então na Igreja, Corpo místico de Cristo, vivificando-a e guiando-a com os seus
dons e com a sua presença. Por isso, também se diz que a Igreja é Templo do
Espírito Santo, e que o Espírito Santo é como que a alma da Igreja.
No
dia de Pentecostes, o Espírito desceu sobre os Apóstolos e os primeiros
discípulos, mostrando com sinais externos a vivificação da Igreja fundada por Cristo.
«A Missão de Cristo e do Espírito torna-se a Missão da Igreja, enviada a
anunciar e a difundir o mistério da comunhão trinitária» (Compêndio, 144). O
Espírito faz entrar o mundo nos “últimos tempos”, no tempo da Igreja.
A
animação da Igreja pelo Espírito Santo garante que se aprofunde, se conserve
sempre vivo e sem perda tudo o que Cristo disse e ensinou nos dias que viveu na
terra até à Ascensão [1; além disso, pela celebração e administração
dos sacramentos, o Espírito santifica a Igreja e os fiéis, fazendo com que ela
continue sempre a levar as almas para Deus 2.
«Na
Trindade indivisível, o Filho e o Espírito são distintos mas inseparáveis
porque. De facto, desde o princípio até ao final dos tempos, quando o Pai envia
o seu Filho, envia também o Seu Espírito que nos une a Cristo na fé, para, como
filhos adoptivos, podermos chamar Deus “Pai” (Rm 8, 15). O Espírito é
invisível, mas nós conhecemo-lo através da sua acção quando nos revela o Verbo
e quando age na Igreja» (Compêndio, 137).
Miguel de Salis Amaral
Bibliografia:
Catecismo da Igreja Católica, 683-688;
731-741.
Compêndio do Catecismo de la Igreja
Católica, 136-146.
João Palo II, Enc. Dominum et
Vivificantem, 18-V-1986, 3-26.
João Paulo II, Catequese sobre o
Espírito Santo, 8-XII-1989.
São Josemaria, Homilia «O Grande
Desconhecido», em Cristo que Passa, 127-138.
Leituras recomendadas:
Catecismo da Igreja Católica, 748-945.
Compêndio do Catecismo da Igreja
Católica, 147-193.
São Josemaria, Homilia «Lealdade à
Igreja», em Amar a Igreja, Rei dos Livros, Lisboa 1986.
_________________________
Notas:
1 Cf. Concílio Vaticano II, Const. Dei
Verbum, 8.
2 «A vinda solene do Espírito no dia
de Pentecostes não foi um acontecimento isolado.
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