30/03/2013

Resumos sobre a Fé cristã 67

1. Creio no Espírito Santo 2

1.2. A Missão do Espírito Santo

A Terceira Pessoa da Santíssima Trindade age juntamente com o Pai e Filho, desde o princípio até à consumação do desígnio da nossa salvação; mas nos “últimos tempos”, inaugurados com a Encarnação redentora do Filho, na qual que Ele é revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa (cf. Catecismo, 686). Por obra do Espírito, o Filho de Deus tomou carne nas entranhas puríssimas da Virgem Maria. O Espírito ungiu-o desde o início; por isso Jesus Cristo é o Messias desde o início da sua humanidade, quer dizer, desde a própria Encarnação (cf. Lc 1, 35). Jesus Cristo revela o Espírito no seu ensino, cumprindo a promessa feita aos antepassados (cf. Lc 4, 18s), e comunica-O à Igreja nascente, soprando sobre os Apóstolos depois da Ressurreição (cf. Compêndio, 143). No Pentecostes, o Espírito foi enviado para permanecer desde então na Igreja, Corpo místico de Cristo, vivificando-a e guiando-a com os seus dons e com a sua presença. Por isso, também se diz que a Igreja é Templo do Espírito Santo, e que o Espírito Santo é como que a alma da Igreja.

No dia de Pentecostes, o Espírito desceu sobre os Apóstolos e os primeiros discípulos, mostrando com sinais externos a vivificação da Igreja fundada por Cristo. «A Missão de Cristo e do Espírito torna-se a Missão da Igreja, enviada a anunciar e a difundir o mistério da comunhão trinitária» (Compêndio, 144). O Espírito faz entrar o mundo nos “últimos tempos”, no tempo da Igreja.

A animação da Igreja pelo Espírito Santo garante que se aprofunde, se conserve sempre vivo e sem perda tudo o que Cristo disse e ensinou nos dias que viveu na terra até à Ascensão [1; além disso, pela celebração e administração dos sacramentos, o Espírito santifica a Igreja e os fiéis, fazendo com que ela continue sempre a levar as almas para Deus 2.

«Na Trindade indivisível, o Filho e o Espírito são distintos mas inseparáveis porque. De facto, desde o princípio até ao final dos tempos, quando o Pai envia o seu Filho, envia também o Seu Espírito que nos une a Cristo na fé, para, como filhos adoptivos, podermos chamar Deus “Pai” (Rm 8, 15). O Espírito é invisível, mas nós conhecemo-lo através da sua acção quando nos revela o Verbo e quando age na Igreja» (Compêndio, 137).

Miguel de Salis Amaral

Bibliografia:

Catecismo da Igreja Católica, 683-688; 731-741.
Compêndio do Catecismo de la Igreja Católica, 136-146.
João Palo II, Enc. Dominum et Vivificantem, 18-V-1986, 3-26.
João Paulo II, Catequese sobre o Espírito Santo, 8-XII-1989.
São Josemaria, Homilia «O Grande Desconhecido», em Cristo que Passa, 127-138.

Leituras recomendadas:

Catecismo da Igreja Católica, 748-945.
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 147-193.
São Josemaria, Homilia «Lealdade à Igreja», em Amar a Igreja, Rei dos Livros, Lisboa 1986.

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Notas:
1 Cf. Concílio Vaticano II, Const. Dei Verbum, 8.
2 «A vinda solene do Espírito no dia de Pentecostes não foi um acontecimento isolado.

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