A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
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Evangelho: Lc 3, 21-38; 4, 1-13
21 Ora aconteceu que,
recebendo o baptismo todo o povo, foi baptizado também Jesus, e estando em
oração, abriu-se o céu 22 e desceu sobre Ele o Espírito Santo em
forma corpórea como uma pomba. E ouviu-se do céu esta voz: «Tu és o Meu Filho
muito amado; em Ti pus as Minhas complacências». 23 Jesus, quando
começou o Seu ministério, tinha cerca de trinta anos, sendo filho, como se
julgava, de José, filho de Heli, filho de Matã, 24 filho de Levi,
filho de Melqui, filho de Jane, filho de José, 25 filho de Matatias,
filho de Amós, filho de Naum, filho de Hesli, filho de Nagé, 26
filho de Maat, filho de Matatias, filho de Semei, filho de Josech, filho de
Jodá, 27 filho de Joanão, filho de Resa, filho de Zorobabel, filho
de Salatiel, filho de Neri, 28 filho de Melqui, filho de Adi, filho
de Cosão, filho de Elmadão, filho de Er, 29 filho de Jesus, filho de
Eliezer, filho de Jorim, filho de Matã, filho de Levi, 30 filho de
Simeão, filho de Judá, filho de José, filho de Jonão, filho de Eliacim, 31
filho de Meleá, filho de Mená, filho de Matatão, filho de Natão, filho de
David, 32 filho de Jessé, filho de Obed, filho de Booz, filho de
Salá, filho de Naasson, 33 filho de Aminadab, filho de Admin, filho
de Arni, filho de Esron, filho de Farés, filho de Judá, 34 filho de
Jacob, filho de Isaac, filho de Abraão, filho de Taré, filho de Nacor, 35
filho de Seruch, filho de Ragau, filho de Falec, filho de Eber, filho de Salá, 36
filho de Cainão, filho de Arfaxad, filho de Sem, filho de Noé, filho de Lamech,
37 filho de Matusalém, filho de Henoch, filho de Jared, filho de
Maleleel, filho de Cainão, 38 filho de Enós, filho de Set, filho de
Adão, filho de Deus.
4 1 Jesus, cheio do Espírito Santo, partiu do Jordão e foi
conduzido pelo Espírito ao deserto, 2 onde esteve quarenta dias, e
foi tentado pelo demónio. Não comeu nada nestes dias; passados eles, teve fome.
3 Então o demónio disse-Lhe: «Se és filho de Deus, diz a esta pedra
que se converta em pão». 4 Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: “Nem
só de pão vive o homem”». 5 O demónio conduziu-O então a um alto
monte, mostrou-Lhe, num momento, todos os reinos da terra, 6 e
disse-Lhe: «Dar-Te-ei o poder de tudo isto, e a glória destes reinos, porque
eles foram-me dados, e eu dou-os a quem quiser. 7 Portanto, se Tu me
adorares, todos eles serão Teus». 8 Jesus respondeu-lhe: «Está
escrito: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás”». 9
Levou-O também a Jerusalém, pô-l'O sobre o pináculo do templo, e disse-Lhe: «Se
és filho de Deus, lança-Te daqui abaixo; 10 porque está escrito que
“Deus mandou aos Seus anjos que Te guardem, 11 e que Te sustenham em
suas mãos, para não magoares o Teu pé em nenhuma pedra”». 12 Jesus
respondeu-lhe: «Também foi dito: “Não tentarás o Senhor teu Deus”». 13
Terminada toda esta espécie de tentação, o demónio retirou-se d'Ele até outra
ocasião.
C. I. C. nr. 1786 a 1821
III. Decidir em
consciência
1786.
Perante a necessidade de decidir moralmente, a consciência pode emitir um juízo
recto, de acordo com a razão e a lei de Deus, ou, pelo contrário, um juízo
erróneo, que se afaste delas.
1787.
Por vezes, o homem vê-se confrontado com situações que tornam o juízo moral
menos seguro e a decisão difícil. Mas deve procurar sempre o que é justo e bom
e discernir a vontade de Deus expressa na lei divina.
1788.
Para isso, o homem esforça-se por interpretar os dados da experiência e os
sinais dos tempos, graças à virtude da prudência, aos conselhos de pessoas
sensatas e à ajuda do Espírito Santo e dos seus dons.
1789.
Algumas regras aplicam-se a todos os casos:
–
nunca é permitido fazer mal para que daí resulte um bem;
–
a «regra de ouro» é: «Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam, fazei-lho,
de igual modo, vós também» (Mt 7, 12) (56).
–
a caridade passa sempre pelo respeito do próximo e da sua consciência: «Ao
pecardes assim contra os irmãos, ao ferir-lhes a consciência é contra Cristo
que pecais» (1 Cor 8, 12). «O que é bom é não [...] [fazer] nada em que o teu
irmão possa tropeçar, cair ou fraquejar» (Rm 14, 21).
IV. O juízo erróneo
1790.
O ser humano deve obedecer sempre ao juízo certo da sua consciência. Agindo
deliberadamente contra ele, condenar-se-ia a si mesmo. Mas pode acontecer que a
consciência moral esteja na ignorância e faça juízos erróneos sobre actos a
praticar ou já praticados.
1791.
Muitas vezes, tal ignorância pode ser imputada à responsabilidade pessoal.
Assim acontece «quando o homem pouco se importa de procurar a verdade e o bem e
quando a consciência se vai progressivamente cegando, com o hábito do pecado»
(57). Nesses casos, a pessoa é culpada do mal que comete.
1792.
A ignorância a respeito de Cristo e do seu Evangelho, os maus exemplos dados
por outros, a escravidão das paixões, a pretensão de uma mal entendida
autonomia da consciência, a rejeição da autoridade da Igreja e do seu ensino, a
falta de conversão e de caridade, podem estar na origem dos desvios do juízo na
conduta moral.
1793.
Se, pelo contrário, a ignorância é invencível, ou o juízo erróneo sem
responsabilidade do sujeito moral, o mal cometido pela pessoa não pode ser-lhe
imputado. Mas nem por isso deixa de ser um mal, uma privação, uma desordem. É
preciso trabalhar, portanto, para corrigir dos seus erros a consciência moral.
1794.
A consciência boa e pura é iluminada pela fé verdadeira. Porque a caridade
procede, ao mesmo tempo, «dum coração puro, de uma boa consciência e de uma fé
sincera» (1 Tm 1, 5) (58).
«Quanto
mais prevalecer a recta consciência, tanto mais as pessoas e os grupos estarão
longe da arbitrariedade cega e procurarão conformar-se com as normas objectivas
da moralidade» (59).
Resumindo:
1795.
«A consciência é o núcleo mais secreto e
o sacrário do homem, no qual ele se encontra a sós com Deus, cuja voz ressoa na
intimidade do seu ser» (60).
1796.
A consciência moral é um juízo da razão,
pelo qual a pessoa humana reconhece a qualidade moral dum acto concreto.
1797.
Para o homem que procedeu mal, o
veredicto da consciência é um penhor de conversão e de esperança.
1798.
Uma consciência bem formada é recta e
verídica. Formula os seus juízos segundo a razão e em conformidade com o
verdadeiro bem, querido pela sabedoria do Criador. Cada qual deve procurar os
meios para formar a sua consciência.
1799.
Perante a necessidade de decidir
moralmente, a consciência pode formular um juízo recto, de acordo com a razão e
a lei divina, ou, pelo contrário, um juízo erróneo, que das mesmas se afasta.
1800.
O ser humano deve obedecer sempre ao
juízo certo da sua consciência.
1801.
A consciência moral pode permanecer na
ignorância ou fazer juízos erróneos. Tal ignorância e erros nem sempre são
isentos de culpabilidade.
1802.
A Palavra de Deus é luz para os nossos
passos. Devemos assimilá-la na fé e na oração e pô-la em prática. É assim que
se forma a consciência moral.
AS VIRTUDES
1803.
«Tudo o que é verdadeiro, nobre e justo, tudo o que é puro, amável e de boa
reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor, isto deveis ter no
pensamento» (Fl 4, 8).
A
virtude é uma disposição habitual e firme para praticar o bem. Permite à pessoa
não somente praticar actos bons, mas dar o melhor de si mesma. A pessoa
virtuosa tende para o bem com todas as suas forças sensíveis e espirituais;
procura o bem e opta por ele em actos concretos.
«O
fim duma vida virtuosa consiste em tornar-se semelhante a Deus» (61).
I. As virtudes humanas
1804.
As virtudes humanas são atitudes firmes, disposições estáveis, perfeições
habituais da inteligência e da vontade, que regulam os nossos actos, ordenam as
nossas paixões e guiam o nosso procedimento segundo a razão e a fé. Conferem
facilidade, domínio e alegria para se levar uma vida moralmente boa. Homem
virtuoso é aquele que livremente pratica o bem.
As
virtudes morais são humanamente adquiridas. São os frutos e os germes de actos
moralmente bons e dispõem todas as potencialidades do ser humano para comungar
no amor divino.
DISTINÇÃO DAS VIRTUDES
CARDEAIS
1805.
Há quatro virtudes que desempenham um papel de charneira. Por isso, se chamam
«cardeais»; todas as outras se agrupam em torno delas. São: a prudência, a
justiça, a fortaleza e a temperança. «Se alguém ama a justiça, o fruto dos seus
trabalhos são as virtudes, porque ela ensina a temperança e a prudência, a
justiça e a fortaleza» (Sb 8, 7). Com estes ou outros nomes, estas virtudes são
louvadas em numerosas passagens da Sagrada Escritura.
1806.
A prudência é a virtude que dispõe a razão prática para discernir, em qualquer
circunstância, o nosso verdadeiro bem e para escolher os justos meios de o
atingir. «O homem prudente vigia os seus passos» (Pr 14, 15). «Sede ponderados
e comedidos, para poderdes orar» (1 Pe 4, 7). A prudência é a «recta norma da
acção», escreve São Tomás (62) seguindo Aristóteles. Não se confunde, nem com a
timidez ou o medo, nem com a duplicidade ou dissimulação. É chamada «auriga
virtutum – condutor das virtudes», porque guia as outras virtudes,
indicando-lhes a regra e a medida. É a prudência que guia imediatamente o juízo
da consciência. O homem prudente decide e ordena a sua conduta segundo este
juízo. Graças a esta virtude, aplicamos sem erro os princípios morais aos casos
particulares e ultrapassamos as dúvidas sobre o bem a fazer e o mal a evitar.
1807.
A justiça é a virtude moral que consiste na constante e firme vontade de dar a
Deus e ao próximo o que lhes é devido. A justiça para com Deus chama-se
«virtude da religião». Para com os homens, a justiça leva a respeitar os
direitos de cada qual e a estabelecer, nas relações humanas, a harmonia que
promove a equidade em relação às pessoas e ao bem comum. O homem justo, tantas
vezes evocado nos livros santos, distingue-se pela rectidão habitual dos seus
pensamentos e da sua conduta para com o próximo. «Não cometerás injustiças nos
julgamentos. Não favorecerás o pobre, nem serás complacente para com os
poderosos. Julgarás o teu próximo com imparcialidade» (Lv 19, 15). «Senhores,
dai aos vossos escravos o que é justo e equitativo, considerando que também vós
tendes um Senhor no céu» (Cl 4, 1).
1808.
A fortaleza é a virtude moral que, no meio das dificuldades, assegura a firmeza
e a constância na prossecução do bem. Torna firme a decisão de resistir às
tentações e de superar os obstáculos na vida moral. A virtude da fortaleza dá
capacidade para vencer o medo, mesmo da morte, e enfrentar a provação e as
perseguições. Dispõe a ir até à renúncia e ao sacrifício da própria vida, na
defesa duma causa justa. «O Senhor é a minha fortaleza e a minha glória» (Sl
118, 14). «No mundo haveis de sofrer tribulações: mas tende coragem! Eu venci o
mundo!» (Jo 16, 33).
1809.
A temperança é a virtude moral que modera a atracção dos prazeres e proporciona
o equilíbrio no uso dos bens criados. Assegura o domínio da vontade sobre os
instintos e mantém os desejos nos limites da honestidade. A pessoa temperante
orienta para o bem os apetites sensíveis, guarda uma sã discrição e não se
deixa arrastar pelas paixões do coração (63). A temperança é muitas vezes
louvada no Antigo Testamento: «Não te deixes levar pelas tuas más inclinações e
refreia os teus apetites» (Sir 18, 30). No Novo Testamento, é chamada
«moderação», ou «sobriedade». Devemos «viver com moderação, justiça e piedade
no mundo presente» (Tt 2, 12).
«Viver
bem é amar a Deus de todo o coração, com toda a alma e com todo o proceder
[...], de tal modo que se lhe dedica um amor incorrupto e íntegro (pela
temperança), que mal algum poderá abalar (fortaleza), que a ninguém mais serve
(justiça), que cuida de discernir todas as coisas para não se deixar
surpreender pela astúcia e pela mentira (prudência)» (64).
AS VIRTUDES E A GRAÇA
1810.
As virtudes humanas, adquiridas pela educação, por actos deliberados e por uma
sempre renovada perseverança no esforço, são purificadas e elevadas pela graça
divina. Com a ajuda de Deus, forjam o carácter e facilitam a prática do bem. O
homem virtuoso sente-se feliz ao praticá-las.
1811.
Não é fácil, ao homem ferido pelo pecado, manter o equilíbrio moral. O dom da
salvação, que nos veio por Cristo, dá-nos a graça necessária para perseverar na
busca das virtudes. Cada qual deve pedir constantemente esta graça de luz e de
força, recorrer aos sacramentos, cooperar com o Espírito Santo e seguir os seus
apelos a amar o bem e acautelar-se do mal.
II. As virtudes teologais
1812.
As virtudes humanas radicam nas virtudes teologais, que adaptam as faculdades
do homem à participação na natureza divina (65). De facto, as virtudes
teologais referem-se directamente a Deus e dispõem os cristãos para viverem em
relação com a Santíssima Trindade. Têm Deus Uno e Trino por origem, motivo e
objecto.
1813.
As virtudes teologais fundamentam, animam e caracterizam o agir moral do
cristão, Informam e vivificam todas as virtudes morais. São infundidas por Deus
na alma dos fiéis para os tornar capazes de proceder como filhos seus e assim
merecerem a vida eterna. São o penhor da presença e da acção do Espírito Santo
nas faculdades do ser humano. São três as virtudes teologais: fé, esperança e
caridade (66).
A FÉ
1814.
A fé é a virtude teologal pela qual cremos em Deus e em tudo o que Ele nos
disse e revelou e que a santa Igreja nos propõe para acreditarmos, porque Ele é
a própria verdade. Pela fé, «o homem entrega-se total e livremente a Deus»
(67). E por isso, o crente procura conhecer e fazer a vontade de Deus. «O justo
viverá pela fé» (Rm 1, 17). A fé viva «actua pela caridade» (Gl 5, 6).
1815.
O dom da fé permanece naquele que não pecou contra ela (68). Mas, «sem obras, a
fé está morta» (Tg 2, 26): privada da esperança e do amor, a fé não une
plenamente o fiel a Cristo, nem faz dele um membro vivo do seu corpo.
1816.
O discípulo de Cristo, não somente deve guardar a fé e viver dela, como ainda
professá-la, dar firme testemunho dela e propagá-la: «Todos devem estar
dispostos a confessar Cristo diante dos homens e a segui-Lo no caminho da cruz,
no meio das perseguições que nunca faltam à Igreja» (69). O serviço e
testemunho da fé são requeridos para a salvação: «A todo aquele que me tiver
reconhecido diante dos homens, também Eu o reconhecerei diante do meu Pai que
está nos céus. Mas àquele que me tiver negado diante dos homens, também Eu o
negarei diante do meu Pai que está nos céus» (Mt 10, 32-33).
A ESPERANÇA
1817.
A esperança é a virtude teologal pela qual desejamos o Reino dos céus e a vida
eterna como nossa felicidade, pondo toda a nossa confiança nas promessas de
Cristo e apoiando-nos, não nas nossas forças, mas no socorro da graça do
Espírito Santo. «Conservemos firmemente a esperança que professamos, pois
Aquele que fez a promessa é fiel» (Heb 10, 23). «O Espírito Santo, que Ele
derramou abundantemente sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador,
para que, justificados pela sua graça, nos tornássemos, em esperança, herdeiros
da vida eterna» (Tt 3, 6-7).
1818.
A virtude da esperança corresponde ao desejo de felicidade que Deus colocou no
coração de todo o homem; assume as esperanças que inspiram as actividades dos
homens, purifica-as e ordena-as para o Reino dos céus; protege contra o
desânimo; sustenta no abatimento; dilata o coração na expectativa da
bem-aventurança eterna. O ânimo que a esperança dá preserva do egoísmo e conduz
à felicidade da caridade.
1819.
A esperança cristã retorna e realiza a esperança do povo eleito, que tem a sua
origem e modelo na esperança de Abraão, o qual, em Isaac, foi cumulado das
promessas de Deus e purificado pela provação do sacrifício (70). «Contra toda a
esperança humana, Abraão teve esperança e acreditou. Por isso, tornou-se pai de
muitas nações» (Rm 4, 18).
1820.
A esperança cristã manifesta-se, desde o princípio da pregação de Jesus, no
anúncio das bem-aventuranças. As bem-aventuranças elevam a nossa esperança para
o céu, como nova tema prometida e traçam-lhe o caminho através das provações
que aguardam os discípulos de Jesus. Mas, pelos méritos do mesmo Jesus Cristo e
da sua paixão, Deus guarda-nos na «esperança que não engana» (Rm 5, 5). A
esperança é «a âncora da alma, inabalável e segura» que penetra [...]«onde
entrou Jesus como nosso precursor» (Heb 6, 19-20). É também uma arma que nos
protege no combate da salvação: «Revistamo-nos com a couraça da fé e da
caridade, com o capacete da esperança da salvação» (1 Ts 5, 8). Proporciona-nos
alegria, mesmo no meio da provação: «alegres na esperança, pacientes na
tribulação» (Rm 12, 12). Exprime-se e nutre-se na oração, particularmente na
oração do Pai-Nosso, resumo de tudo o que a esperança nos faz desejar.
1821.
Podemos, portanto, esperar a glória do céu prometida por Deus àqueles que O
amam (71) e fazem a sua vontade (72). Em todas as circunstâncias, cada qual
deve esperar, com a graça de Deus, «permanecer firme até ao fim» (73) e
alcançar a alegria do céu, como eterna recompensa de Deus pelas boas obras
realizadas com a graça de Cristo. É na esperança que a Igreja pede que «todos
os homens se salvem» (1 Tm 2, 4) e ela própria aspira a ficar, na glória do
céu, unida a Cristo, seu Esposo:
«Espera,
espera, que não sabes quando virá o dia nem a hora. Vela com cuidado, que tudo
passa com brevidade, embora o teu desejo faça o certo duvidoso e longo o tempo
breve. Olha que quanto mais pelejares, mais mostrarás o amor que tens a teu
Deus, e mais te regozijarás com teu Amado em gozo e deleite que não pode ter
fim» (74).
_________________
Notas:
56.
Cf. Lc 6, 31; Tb 4, 15.
57.
II Concílio do Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 16: AAS 58 (1966) 1037.
58. Cf. 1 Tm 3, 9; 2 Tm 1, 3; 1
Pe 3, 21; Act 24, 16.
59.
II Concílio do Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 16: AAS 58 (1966) 1037.
60.
II Concílio do Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 16: AAS 58 (1966) 1037.
61.
São Gregório de Nissa, De Beatitudinibus, oratio 1: Gregorii Nysseni opera. ed.
W. Jaeger, v. 7/2 (Leiden 1992) p. 82 (PG 44, 1200).
62.
São Tomás de Aquino, Summa theologiae, 2-2, q. 47. a. 2. sed contra: Ed. Leon.
8, 349.
63.
Cf. Sir 5, 2; 37, 27-31.
64.
Santo Agostinho, De moribus Ecclesiae catholicae, 1, 25, 46: CSEL 90, 51 (PL
32, 1330-1331).
65.
Cf. 2 Pe 1, 4.
66.
Cf. 1 Cor 13, 13.
67.
II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Dei Verbum, 5: AAS 58 (1966) 819.
68.
Cf. Concílio de Trento, Sess. 6ª, Decretum de iustificatione, c. 15: DS 1544.
69.
II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 42: AAS 57 (1965) 48: cf. ID., Decl. Dignitatis
humanae, 14: AAS 58 (1966) 940.
70.
Cf. Gn 17, 4-8; 22, 1-18.
71.
Cf. Rm 8, 28-30.
72.
Cf. Mt 7, 21.
73.
Cf. Mt 10, 22: Concílio de Trento, Sess. 5ª, Decretum de iustificatione, c. 13:
DS 1541.
74.
Santa Teresa de Jesus, Exclamaciones del alma a Dios, 15, 3: Biblioteca Mística
Carmelitana, v. 4 (Burgos 1917) p. 290. [Exclamações, XV. 3: Obras Completas
(Paço de Arcos. Edições Carmelo 1994) p. 959).
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