A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
Para ver, clicar SFF.
Para ver, clicar SFF.
Evangelho:
Mc 11, 1-26
1 Quando
estavam já perto de Jerusalém, nas proximidades de Betfagé e de Betânia, perto
do monte das Oliveiras, enviou dois dos Seus discípulos, 2 e
disse-lhes: «Ide à aldeia que está diante de vós. Logo que entrardes nela,
encontrareis preso um jumentinho, em que ainda não montou homem algum; soltai-o
e trazei-o. 3 Se alguém vos disser: “Porque fazeis isto?”,
dizei-lhe: “O Senhor tem necessidade dele”; e logo o deixará trazer». 4
Indo eles, encontraram o jumentinho preso fora da porta, numa encruzilhada; e
soltaram-no. 5 Alguns dos que estavam ali disseram-lhes: «Que fazeis
a desatar o jumentinho?». 6 Eles responderam-lhes como Jesus tinha
mandado, e deixaram-no levar. 7 Levaram o jumentinho a Jesus,
puseram sobre ele os mantos, e Jesus montou em cima. 8 Muitos
estenderam os seus mantos pelo caminho, outros cortavam ramos das árvores nos
campos e juncavam com eles a estrada. 9 Os que iam adiante, e os que
seguiam atrás, clamavam, dizendo: «Hossana! Bendito O que vem em nome do
Senhor! 10 Bendito o reino do nosso pai David que vem! Hossana no
mais alto dos céus!». 11 Entrou em Jerusalém, no templo, e, tendo
observado tudo, como fosse já tarde, foi para Betânia com os doze. 12 Ao outro dia, depois de sairem de Betânia, teve fome. 13
Vendo ao longe uma figueira que tinha folhas, foi lá ver se encontrava nela
algum fruto. Aproximando-Se, nada encontrou senão folhas, porque não era tempo
de figos. 14 Então disse à figueira: «Nunca mais alguém coma
fruto de ti». Os discípulos ouviram-n'O. 15 Chegaram a Jerusalém.
Tendo entrado no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no
templo e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam as pombas.
16 E não consentia que ninguém transportasse nenhum objecto pelo
templo; 17 e os ensinava dizendo: «Porventura não está escrito: “A
minha casa será chamada casa de oração por todas as gentes”? Mas vós fizestes
dela “um covil de ladrões”». 18 Ouvindo isto os príncipes dos
sacerdotes e os escribas procuravam o modo de O matar; porque O temiam, visto
todo o povo admirar a Sua doutrina. 19 Quando se fez tarde, sairam
da cidade. 20 No outro dia pela manhã, ao passarem, viram a figueira
seca até às raízes. 21 Então Pedro, recordando-se, disse-Lhe: «Olha,
Mestre, como se secou a figueira que amaldiçoaste». 22 Jesus,
respondendo-lhe, disse-lhes: «Tende fé em Deus. 23 Em verdade vos
digo que todo aquele que disser a este monte: “Tira-te daí e lança-te no mar”,
e não hesitar no seu coração, mas tiver fé de que tudo o que disse será feito,
assim acontecerá. 24 Por isso vos digo: Tudo o que pedirdes na
oração, crede que o haveis de conseguir e o obtereis. 25 Quando
estiverdes a orar, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que
também vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe os vossos pecados. 26
Porque, se vós não perdoardes, também o vosso Pai que está nos céus, não
perdoará os vossos pecados.
C. I. C. nr. 1232 a 1270
1232.
O II Concílio do Vaticano restaurou, para a Igreja latina, «o catecumenato dos
adultos, distribuído em várias fases» (31). O respectivo ritual encontra-se no
Ordo initiationis christianae adultorum (1972). Aliás, o Concílio permitiu que,
«para além dos elementos de iniciação próprios da tradição cristã», se admitam,
em terras de missão, «os elementos de iniciação usados por cada um desses
povos, na medida em que puderem integrar-se no rito cristão» (32).
1233.
Hoje em dia, portanto, em todos os ritos latinos e orientais, a iniciação
cristã dos adultos começa com a sua entrada no catecumenato, para atingir o
ponto culminante na celebração única dos três sacramentos, Baptismo,
Confirmação e Eucaristia (33). Nos ritos orientais, a iniciação cristã das
crianças na infância começa no Baptismo, seguido imediatamente da Confirmação e
da Eucaristia, enquanto no rito romano a mesma iniciação prossegue durante os
anos de catequese, para terminar, mais tarde, com a Confirmação e a Eucaristia,
ponto culminante da sua iniciação cristã (34).
A MISTAGOGIA DA CELEBRAÇÃO
1234.
O sentido e a graça do sacramento do Baptismo aparecem claramente nos ritos da
sua celebração. Seguindo, com participação atenta, os gestos e as palavras
desta celebração, os fiéis são iniciados nas riquezas que este sacramento
significa e realiza em cada novo baptizado.
1235.
O sinal da cruz, no princípio da celebração, manifesta a marca de Cristo
impressa naquele que vai passar a pertencer-Lhe, e significa a graça da
redenção que Cristo nos adquiriu pela sua cruz.
1236.
O anúncio da Palavra de Deus ilumina com a verdade revelada os candidatos e a
assembleia e suscita a resposta da fé, inseparável do Baptismo. Na verdade, o
Baptismo é, de modo particular, o «sacramento da fé», uma vez que é a entrada
sacramental na vida da fé.
1237.
E porque o Baptismo significa a libertação do pecado e do diabo, seu
instigador, pronuncia-se sobre o candidato um ou vários exorcismos. Ele é
ungido com o óleo dos catecúmenos ou, então, o celebrante impõe-lhe a mão e ele
renuncia expressamente a Satanás. Assim preparado, pode professar a fé da
Igreja, à qual será «confiado» pelo Baptismo (35).
1238.
A água baptismal é então consagrada por uma oração de epiclese (ou no próprio
momento, ou na Vigília Pascal). A Igreja pede a Deus que, pelo seu Filho, o
poder do Espírito Santo desça a esta água, para que os que nela forem
baptizados «nasçam da água e do Espírito» (Jo 3, 5).
1239.
Segue-se o rito essencial do sacramento: o baptismo propriamente dito, que
significa e realiza a morte para o pecado e a entrada na vida da Santíssima
Trindade, através da configuração com o mistério pascal de Cristo. O Baptismo é
realizado, do modo mais significativo, pela tríplice imersão na água baptismal;
mas, desde tempos antigos, pode também ser conferido derramando por três vezes
água sobre a cabeça do candidato.
1240.
Na Igreja latina, esta tríplice infusão é acompanhada pelas palavras do
ministro: «N., eu te baptizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».
Nas liturgias orientais, estando o catecúmeno voltado para o Oriente, o
sacerdote diz: «O servo de Deus N. é baptizado em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo»; e à invocação de cada pessoa da Santíssima Trindade,
mergulha-o e retira-o da água.
1241.
A unção com o santo crisma, óleo perfumado que foi consagrado pelo bispo,
significa o dom do Espírito Santo ao novo baptizado. Ele tornou-se cristão,
quer dizer, «ungido» pelo Espírito Santo, incorporado em Cristo, que foi ungido
sacerdote, profeta e rei (36).
1242.
Na liturgia das Igrejas do Oriente, a unção pós-baptismal é o sacramento da
Crismação (Confirmação). Na liturgia romana, anuncia uma segunda unção com o
santo Crisma, que será dada pelo bispo: o sacramento da Confirmação que, por
assim dizer, «confirma» e completa a unção baptismal.
1243.
A veste branca simboliza que o baptizado «se revestiu de Cristo» (37):
ressuscitou com Cristo. A vela, acesa no círio pascal, significa que Cristo
iluminou o neófito. Em Cristo, os baptizados são «a luz do mundo» (Mt 5, 14)
(38).
O
recém-baptizado é agora filho de Deus no seu Filho Único e pode dizer a oração
dos filhos de Deus: O Pai-Nosso.
1244.
A primeira Comunhão eucarística. Tornado filho de Deus, revestido da veste
nupcial, o neófito é admitido «ao banquete das núpcias do Cordeiro» e recebe o
alimento da vida nova, o corpo e sangue de Cristo. As Igrejas orientais
conservam uma consciência viva da unidade da iniciação cristã, dando a sagrada
Comunhão a todos os novos baptizados e confirmados, mesmo às criancinhas,
lembrando a palavra do Senhor: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as
estorveis» (Mc 10, 14). A Igreja latina, que reserva o acesso à sagrada
Comunhão para aqueles que atingiram o uso da razão, exprime a abertura do
Baptismo em relação à Eucaristia aproximando do altar a criança recém-baptizada
para a oração do Pai Nosso.
1245.
A celebração do Baptismo conclui-se com a bênção solene. Aquando do Baptismo de
recém-nascidos, a bênção da mãe ocupa um lugar especial.
IV. Quem pode receber o
Baptismo?
1246.
«Todo o ser humano ainda não baptizado – e só ele – é capaz de receber o
Baptismo» (39)
O BAPTISMO DOS ADULTOS
1247.
Desde os princípios da Igreja, o Baptismo dos adultos é a situação mais
corrente nas terras onde o anúncio do Evangelho ainda é recente. O catecumenato
(preparação para o Baptismo) tem, nesse caso, um lugar importante; sendo
iniciação na fé e na vida cristã, deve dispor para o acolhimento do dom de Deus
no Baptismo, Confirmação e Eucaristia.
1248.
O catecumenato, ou formação dos catecúmenos, tem por finalidade permitir a
estes, em resposta à iniciativa divina e em união com uma comunidade eclesial,
conduzir à maturidade a sua conversão e a sua fé. Trata-se duma «formação e de
uma aprendizagem de toda a vida cristã», mediante a qual os discípulos se unem
com Cristo seu mestre. Por conseguinte, sejam os catecúmenos convenientemente
iniciados no mistério da salvação, na prática dos costumes evangélicos, e, com
ritos sagrados a celebrar em tempos sucessivos, sejam introduzidos na vida da
fé, da Liturgia e da caridade do povo de Deus» (40).
1249.
Os catecúmenos «estão já unidos à Igreja», já são da casa de Cristo, e, não
raro, eles levam já uma vida de fé, de esperança e de caridade» (41). «A mãe
Igreja já os abraça como seus, com amor e solicitude» (42).
O BAPTISMO DAS CRIANÇAS
1250.
Nascidas com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, as
crianças também têm necessidade do novo nascimento no Baptismo para serem
libertas do poder das trevas e transferidas para o domínio da liberdade dos
filhos de Deus (44), a que todos os homens são chamados. A pura gratuidade da
graça da salvação é particularmente manifesta no Baptismo das crianças. Por
isso, a Igreja e os pais privariam, a criança da graça inestimável de se tornar
filho de Deus, se não lhe conferissem o Baptismo pouco depois do seu nascimento
(45).
1251.
Os pais cristãos reconhecerão que esta prática corresponde, também, ao seu
papel de sustentar a vida que Deus lhes confiou (46).
1252.
A prática de baptizar as crianças é tradição imemorial da Igreja.
Explicitamente atestada desde o século II, é no entanto bem possível que, desde
o princípio da pregação apostólica, quando «casas» inteiras receberam o
Baptismo se tenham baptizado também as crianças (48).
FÉ E BAPTISMO
1253.
O Baptismo é o sacramento da fé (49). Mas a fé tem necessidade da comunidade
dos crentes. Só na fé da Igreja é que cada um dos fiéis pode crer. A fé que se
requer para o Baptismo não é uma fé perfeita e amadurecida, mas um princípio
chamado a desenvolver-se. Ao catecúmeno ou ao seu padrinho pergunta-se: «Que
pedis à Igreja de Deus?» E ele responde: «A fé!».
1254.
Em todos os baptizados, crianças ou adultos, a fé deve crescer depois do
Baptismo. É por isso que a Igreja celebra todos os anos, na Vigília Pascal, a
renovação das promessas do Baptismo. A preparação para o Baptismo conduz apenas
ao umbral da vida nova. O Baptismo é a fonte da vida nova em Cristo, donde
jorra toda a vida cristã.
1255.
Para que a graça baptismal possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais.
Esse é também o papel do padrinho ou da madrinha, que devem ser pessoas de fé
sólida, capazes e preparados para ajudar o novo baptizado, criança ou adulto,
no seu caminho de vida cristã (50). O seu múnus é um verdadeiro ofício eclesial
(51). Toda a comunidade eclesial tem uma parte de responsabilidade no
desenvolvimento e na defesa da graça recebida no Baptismo.
V. Quem pode baptizar?
1256.
São ministros ordinários do Baptismo o bispo e o presbítero, e, na Igreja
latina, também o diácono (52). Em caso de necessidade, qualquer pessoa, mesmo
não baptizada, desde que tenha a intenção requerida, pode baptizar utilizando a
fórmula baptismal trinitária (53). A intenção requerida é a de querer fazer o
que faz a Igreja quando baptiza. A Igreja vê a razão desta possibilidade na
vontade salvífica universal de Deus (54) e na necessidade do Baptismo para a
salvação (55).
VI. A necessidade do
Baptismo
1257.
O próprio Senhor afirma que o Baptismo é necessário para a salvação (56). Por
isso, ordenou aos seus discípulos que anunciassem o Evangelho e baptizassem
todas as nações (57). O Baptismo é necessário para a salvação de todos aqueles
a quem o Evangelho foi anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este
sacramento (58). A Igreja não conhece outro meio senão o Baptismo para garantir
a entrada na bem-aventurança eterna. Por isso, tem cuidado em não negligenciar
a missão que recebeu do Senhor de fazer «renascer da água e do Espírito» todos
os que podem ser baptizados. Deus ligou a salvação ao sacramento do Baptismo; mas
Ele próprio não está prisioneiro dos seus sacramentos.
1258.
Desde sempre, a Igreja tem a firme convicção de que aqueles que sofrem a morte
por causa da fé, sem terem recebido o Baptismo, são baptizados pela sua morte
por Cristo e com Cristo. Este Baptismo de sangue, tal como o desejo do Baptismo
ou Baptismo de desejo, produz os frutos do Baptismo, apesar de não ser
sacramento.
1259.
Para os catecúmenos que morrem antes do Baptismo, o seu desejo explícito de o
receber, unido ao arrependimento dos seus pecados e à caridade, garante-lhes a
salvação, que não puderam receber pelo sacramento.
1260.
«Com efeito, já que Cristo morreu por todos e a vocação última de todos os
homens é realmente uma só, a saber, a divina, devemos manter que o Espírito
Santo a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal, por
um modo só de Deus conhecido» (59). Todo o homem que, na ignorância do
Evangelho de Cristo e da sua Igreja, procura a verdade e faz a vontade de Deus
conforme o conhecimento que dela tem, pode salvar-se. Podemos supor que tais
pessoas teriam desejado explicitamente o Baptismo se dele tivessem conhecido a
necessidade.
1261.
Quanto às crianças que morrem sem
Baptismo, a Igreja não pode senão confiá-las à misericórdia de Deus,
como o faz no rito do respectivo funeral. De facto, a grande misericórdia de
Deus, «que quer que todos os homens se salvem» (1 Tm 2, 4), e a ternura de
Jesus para com as crianças, que O levou a dizer: «Deixai vir a Mim as
criancinhas, não as estorveis» (Mc 10, 14), permitem-nos esperar que haja um
caminho de salvação para as crianças que morrem sem Baptismo. Por isso, é mais
premente ainda o apelo da Igreja a que não se impeçam as criancinhas de virem a
Cristo, pelo dom do santo Baptismo.
VII. A graça do Baptismo
1262.
Os diferentes efeitos do Baptismo são significados pelos elementos sensíveis do
rito sacramental. A imersão na água evoca os simbolismos da morte e da
purificação, mas também da regeneração e da renovação. Os dois efeitos
principais são, pois, a purificação dos pecados e o novo nascimento no Espírito
Santo (60).
PARA A REMISSÃO DOS
PECADOS
1263.
Pelo Baptismo todos os pecados são perdoados: o pecado original e todos os
pecados pessoais, bem como todas as penas devidas ao pecado (61). Com efeito,
naqueles que foram regenerados, nada resta que os possa impedir de entrar no
Reino de Deus: nem o pecado de Adão, nem o pecado pessoal, nem as consequências
do pecado, das quais a mais grave é a separação de Deus.
1264.
No baptizado permanecem, no entanto, certas consequências temporais do pecado,
como os sofrimentos, a doença, a morte, ou as fragilidades inerentes à vida,
como as fraquezas de carácter, etc., assim como uma inclinação para o pecado a
que a Tradição chama concupiscência ou, metaforicamente, a «isca» ou «aguilhão»
do pecado («fomes peccati»): «Deixada para os nossos combates, a concupiscência
não pode fazer mal àqueles que, não consentindo nela, resistem corajosamente
pela graça de Cristo. Bem pelo contrário, "aquele que tiver combatido
segundo as regras será coroado" (2 Tm 2, 5)» (62).
«UMA NOVA CRIATURA»
1265
O Baptismo não somente purifica de todos os pecados, como faz também do neófito
«uma nova criatura» (63), um filho adoptivo de Deus (64), tornado «participante
da natureza divina» (65), membro de Cristo (66) e co-herdeiro com Ele (67),
templo do Espírito Santo (68).
1266.
A Santíssima Trindade confere ao baptizado a graça santificante, a graça da
justificação, que
–
o torna capaz de crer em Deus, esperar n'Ele e O amar, pelas virtudes
teologais;
–
lhe dá o poder de viver e agir sob a moção do Espírito Santo e pelos dons do
Espírito Santo;
–
lhe permite crescer no bem, pelas virtudes morais. Assim, todo o organismo da vida
sobrenatural do cristão tem a sua raiz no santo Baptismo.
INCORPORADOS NA IGREJA,
CORPO DE CRISTO
1267.
O Baptismo faz de nós membros do corpo de Cristo. «Desde então [...], somos nós
membros uns dos outros.» (Ef 4, 25). O Baptismo incorpora na Igreja. Das fontes
baptismais nasce o único povo de Deus da Nova Aliança, que ultrapassa todos os
limites naturais ou humanos das nações, das culturas, das raças e dos sexos:
«Por isso é que todos nós fomos baptizados num só Espírito, para formarmos um
só corpo» (1 Cor 12, 13).
1268.
Os baptizados tornaram-se «pedras vivas» para «a edificação dum edifício
espiritual, para um sacerdócio santo» (1 Pe 2, 5). Pelo Baptismo, participam no
sacerdócio de Cristo, na sua missão profética e real, são «raça eleita, sacerdócio
de reis, nação santa, povo que Deus tornou seu», para anunciar os louvores
d'Aquele que os «chamou das trevas à sua luz admirável» (1 Pe 2, 9). O Baptismo
confere a participação no sacerdócio comum dos fiéis.
1269.
Feito membro da Igreja, o baptizado já não se pertence a si próprio (69) mas
Aquele que morreu e ressuscitou por nós (70). A partir daí, é chamado a
submeter-se aos outros (71), a servi-los (72) na comunhão da Igreja, a ser
«obediente e dócil» aos chefes da Igreja (73) e a considerá-los com respeito e
afeição (74). Assim como o Baptismo é fonte de responsabilidade e deveres,
assim também o baptizado goza de direitos no seio da Igreja: direito a receber
os sacramentos, a ser alimentado com a Palavra de Deus e a ser apoiado com
outras ajudas espirituais da Igreja (75).
1270.
Os baptizados, «regenerados [pelo Baptismo] para serem filhos de Deus, devem
confessar diante dos homens a fé que de Deus receberam por meio da Igreja» e
participar na actividade apostólica e missionária do povo de Deus (77).
____________________________
Notas:
31.
II Concílio do Vaticano, Const. Sacrosanctum Concilium, 64: AAS 56 (1964) 117.
32.
II Concílio do Vaticano, Const. Sacrosanctum Concilium, 65: AAS 56 (1964) 117;
cf. Ibid., 37-40: AAS 56 (1964) 110-111.
33.
Cf. II Concílio do Vaticano, Decr. Ad gentes, 14: AAS 58 (1966) 963: CIC can. 851.865 866.
34. Cf. CIC can. 851, 2. 868.
35. Cf. Rm 6, 17.
36.
Cf. Ordo Baptismi parvulorum, 62 (Typis Polyglottis Vaticanis 1969) p. 32
[Celebração do Baptismo das crianças, 62, Segunda edição típica (Coimbra,
Gráfica de Coimbra – Conferência Episcopal Portuguesa, 1994), p.61).
37. Cf. Gl 3, 27.
38. Cf. Fl 2, 15.
39. CIC can.864; cf. CCEO.
can.679.
40.
II Concílio do Vaticano, Decr. Ad gentes, 14: AAS 58 (1966) 962-963; cf. Ordo
initiationis christianae adultorum, Praenotanda 19 (Typis Polyglottis Vaticanis
1972) p. 11 Iniciação cristã dos adultos. Segunda Edição, Preliminares, 19
(Coimbra, Gráfica de Coimbra - Conferência Episcopal Portuguesa. 1996) p.
26-27); Ibid., De tempore catechumenatus eiusque ritibus 98, p. 36 [Ibid.. O
tempo do catecumenado e os seus ritos 98. p. 66].
41.
II Concílio do Vaticano, Decr. Ad gentes, 14: AAS 58 (1966) 963.
42.
II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 14: AAS 57 (1965) 19: cf. CIC can. 206.788.
43.
Cf. Concílio de Trento, Sess. 5ª, Decretum de peccato originali, can. 4: DS
1514.
44. Cf. Cl 1, 12-14.
45. Cf. CIC can. 867: CCEO can.
868. §
1.
46.
Cf. II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 11: AAS 57 (1965) 15-16; Ibid., 41: AAS
57 (1965) 47; Id., Const. past. Gaudium et spes, 48: AAS 58 (1966)
1067-1069; CIC can. 774. § 2. 1136.
47.
Cf. Act 16, 15. 33; 18, 8; 1 Cor 1, 16.
48.
Cf. Sagrada Congregação da Doutrina da Fé, Instr. Pastoralis actio, 4: AAS 72
(1980) 1139.
49.
Cf. Mc 16, 16.
50.
Cf. CIC can. 872-874.
51.
Cf. II Concílio do Vaticano, Const. Sacrosanctum Concilium, 67: AAS 56 (1964) 118.
52. Cf. CIC can. 861, § 1; CCEO
can. 677, § 1.
53. Cf. CIC can. 861, § 2.
54. Cf. 1 Tm 2, 4.
55 Cf. Mc 16, 16.
56. Cf. Jo 3, 5.
57.
Cf. Mt 28, 20. Cf. Concílio de Trento, Sess. 7°, Decretum de sacramentis,
Canones de sacramento Baptismi, can. 5: DS 1618; II Concílio do Vaticano,
Const. dogm. Lumen Gentium, 14:
AAS 57 (1965) 18: ID., Decr. Ad gentes, 5: AAS 58 (1966) 951-952.
58. Cf. Mc 16, 16.
59.
II Concílio do Vaticano, Const. past. Gaudium et spes. 22: AAS 58 (1966) 1043; cf. In.. Const. dogm. Lumen
Gentium, 16: AAS 57 (1965) 20; In. Decr. Ad gentes, 7: AAS 58 (1966) 955.
60.
Cf. Act 2, 38: Jo 3, 5.
61.
Cf. Concílio de Florença, Decretum pro Armenis: DS 1316.
62.
Concílio de Trento, Decretum de peccato originali, can. 5: DS 1515.
63. Cf. 2 Cor 5, 17.
64. Cf. Gl 4, 5-7.
65. Cf. 2 Pe 1, 4.
66. Cf. 1 Cor 6, 15; 12, 27.
67. Cf. Rm 8, 17.
68. Cf. 1 Cor 6, 19.
69. Cf. 1 Cor 6, 19.
70. Cf. 2 Cor 5, 15.
71. Cf. Ef 5, 21: 1 Cor 16,
15-16.
72. Cf. Jo 13, 12-15.
73.
Cf. Heb 13, 17.
74.
Cf. 1 Ts 5, 12-13.
75.
Cf. II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 37: AAS 57 (1965) 42-43; CIC can.
208-223: CCEO can 675, § 2.
76.
II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium. 11: AAS 57 (1965) 16.
77.
Cf. II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 17: AAS 57 (1965) 21; Id., Decr. Ad
gentes. 7: AAS 58 (1966) 956; Ibid., 23: AAS 58 (1966) 974-975.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.